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Israel ameaça viabilidade de Estado palestino com novo assentamento em Jerusalém, diz mídia

© AP Photo / Ali MahmoudMenino palestino diante de edifícios destruídos por bombardeio israelense em Al-Zahra, nos arredores da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023
Menino palestino diante de edifícios destruídos por bombardeio israelense em Al-Zahra, nos arredores da cidade de Gaza, em 20 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 14.08.2025
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Israel anunciou a retomada do projeto E1, um assentamento que dividirá a Cisjordânia e isolará Jerusalém Oriental, medida que, segundo o ministro Bezalel Smotrich, "enterrará" a ideia de um Estado palestino. A decisão reacende tensões diplomáticas e pode inviabilizar uma solução de dois Estados.
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou o início do projeto E1, um assentamento que dividiria a Cisjordânia e isolaria Jerusalém Oriental, medida que, segundo seu gabinete, "enterraria" a possibilidade de um Estado palestino. A iniciativa representa uma escalada significativa na política de assentamentos israelenses, na contramão de tudo o que tem sido defendido na comunidade internacional sobre uma saída para o fim da guerra em Gaza.

Smotrich afirmou que o plano tem apoio do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do presidente dos EUA Donald Trump, embora nenhum dos dois tenha confirmado publicamente. "Quem quer que esteja tentando reconhecer um Estado palestino hoje receberá nossa resposta em campo [...] com fatos", declarou Smotrich, enfatizando a construção como resposta política.

De acordo com a Reuters, o projeto E1, que prevê 3.401 casas para colonos entre Maale Adumim e Jerusalém, havia sido congelado em 2012 e novamente em 2020, devido à oposição internacional. A retomada ocorre em meio a crescentes tensões diplomáticas, com aliados ocidentais condenando ações militares israelenses em Gaza e reconhecendo o Estado palestino.
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A construção de assentamentos na Cisjordânia se intensificou após o ataque do Hamas em 2023, e os palestinos temem que isso inviabilize a criação de um Estado próprio. O Ministério das Relações Exteriores da Palestina classificou o plano como parte de crimes de genocídio e anexação, acusações que Israel nega, alegando legítima defesa.
O Hamas denunciou o projeto como uma política "colonial e extremista" e conclamou os palestinos à resistência. A Jordânia também condenou a iniciativa, chamando-a de violação flagrante do direito internacional, ampliando o isolamento diplomático de Israel.
A organização Peace Now (Paz Agora) alertou que o plano ainda precisa passar por etapas burocráticas, como a aprovação do Alto Conselho de Planejamento. Se aprovado, a infraestrutura pode começar em poucos meses, com a construção das casas prevista para cerca de um ano.

Em comunicado contundente, a Peace Now afirmou que "o plano E1 é mortal para o futuro de Israel e para qualquer chance de alcançar uma solução pacífica de dois Estados. Estamos à beira de um abismo, e o governo está nos impulsionando a todo vapor".

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