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Euro digital ganha fôlego na UE após avanço da lei sobre stablecoins nos EUA, diz mídia
Euro digital ganha fôlego na UE após avanço da lei sobre stablecoins nos EUA, diz mídia
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Aprovada nos EUA, uma nova lei sobre stablecoins acendeu o alerta na União Europeia (UE), que agora acelera os planos para lançar um euro digital. Autoridades... 24.08.2025, Sputnik Brasil
2025-08-24T07:34-0300
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As autoridades da UE estão acelerando os planos para lançar um euro digital, motivadas pela recente aprovação do Genius Act nos Estados Unidos, que regula o mercado de stablecoins. A nova legislação norte-americana, voltada para um setor avaliado em US$ 288 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) e dominado pelo dólar, gerou preocupações sobre a competitividade da moeda europeia no cenário digital global.As stablecoins são tokens digitais vinculados a moedas soberanas e garantidos por reservas, como títulos públicos. A aprovação da lei nos EUA provocou uma reavaliação dos planos europeus, com autoridades considerando agora a possibilidade de implementar o euro digital em blockchains públicas como a Ethereum ou Solana, em vez de redes privadas, como estava inicialmente previsto.O Banco Central Europeu (BCE) já trabalha há anos na criação de uma versão digital do euro, que seria gratuita e acessível em toda a Zona do Euro. A proposta visa oferecer uma alternativa segura ao dinheiro físico, promovendo o euro como moeda global em meio à crescente digitalização dos pagamentos.A preocupação da UE é que a nova legislação norte-americana incentive ainda mais o uso de stablecoins vinculadas ao dólar, ameaçando a autonomia estratégica da Europa. Falando ao Financial Times (FT), Piero Cipollone, do BCE, alertou que isso pode levar à transferência de depósitos em euros para os EUA e ao fortalecimento do dólar nas transações internacionais.Empresas como Circle e Tether já operam stablecoins em dólar, e bancos como o Citibank e JPMorgan Chase estudam lançar suas próprias. Embora existam stablecoins em euros, como a da Circle com US$ 225 milhões (mais de R$ 1,2 bilhão) em capitalização, um token oficial do BCE consolidaria o compromisso europeu com os ativos digitais e reduziria a dependência de soluções estrangeiras.A adoção de uma blockchain pública para o euro digital poderia ampliar sua circulação, mas levanta preocupações com a privacidade, já que as transações seriam visíveis. Ainda assim, as autoridades europeias estão considerando seriamente essa opção, buscando equilíbrio entre transparência, segurança e soberania monetária.O BCE afirmou que está explorando diferentes tecnologias — centralizadas e descentralizadas — para o desenvolvimento do euro digital, incluindo registros distribuídos. A decisão final sobre a arquitetura e implementação da moeda ainda está em aberto, mas o debate foi intensificado pela pressão regulatória e competitiva internacional.
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Euro digital ganha fôlego na UE após avanço da lei sobre stablecoins nos EUA, diz mídia
Aprovada nos EUA, uma nova lei sobre stablecoins acendeu o alerta na União Europeia (UE), que agora acelera os planos para lançar um euro digital. Autoridades consideram usar a tecnologia de blockchain pública para garantir a competitividade global e proteger a autonomia financeira da região.
As autoridades da UE estão
acelerando os planos para lançar um euro digital, motivadas pela recente aprovação do Genius Act nos Estados Unidos, que regula o mercado de stablecoins. A nova legislação norte-americana, voltada para um setor avaliado em US$ 288 bilhões (cerca de R$ 1,5 trilhão) e
dominado pelo dólar, gerou preocupações sobre a competitividade da moeda europeia no cenário digital global.
As stablecoins são tokens digitais vinculados a moedas soberanas e garantidos por reservas, como títulos públicos. A
aprovação da lei nos EUA provocou uma reavaliação dos planos europeus, com autoridades considerando agora a possibilidade de implementar o
euro digital em blockchains públicas como a Ethereum ou Solana, em vez de redes privadas, como estava inicialmente previsto.
O Banco Central Europeu (BCE) já trabalha há anos na criação de uma versão digital do euro, que seria gratuita e acessível em toda a Zona do Euro. A proposta
visa oferecer uma alternativa segura ao dinheiro físico, promovendo o euro como
moeda global em meio à crescente digitalização dos pagamentos.
A preocupação da UE é que a nova legislação norte-americana incentive ainda mais o uso de stablecoins vinculadas ao dólar, ameaçando a autonomia estratégica da Europa.
Falando ao Financial Times (FT), Piero Cipollone, do BCE, alertou que isso
pode levar à transferência de depósitos em euros para os EUA e ao fortalecimento do dólar nas
transações internacionais.
Empresas como Circle e Tether já operam stablecoins em dólar, e bancos como o Citibank e JPMorgan Chase estudam lançar suas próprias. Embora existam stablecoins em euros, como a da Circle com US$ 225 milhões (mais de R$ 1,2 bilhão) em capitalização, um token oficial do BCE
consolidaria o compromisso europeu com os ativos digitais e reduziria a dependência de
soluções estrangeiras.
A adoção de uma blockchain pública para o euro digital poderia ampliar sua circulação, mas levanta preocupações com a privacidade, já que as transações seriam visíveis. Ainda assim, as autoridades europeias estão considerando seriamente essa opção, buscando equilíbrio entre transparência, segurança e soberania monetária.
O BCE afirmou que está
explorando diferentes tecnologias — centralizadas e descentralizadas — para o desenvolvimento do euro digital, incluindo registros distribuídos. A
decisão final sobre a arquitetura e implementação da moeda ainda está em aberto, mas o debate foi intensificado pela pressão regulatória e competitiva internacional.
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