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Crise política e vendas de reservas abalam peso argentino e ameaçam plano cambial de Milei
Crise política e vendas de reservas abalam peso argentino e ameaçam plano cambial de Milei
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O Banco Central argentino vendeu mais de US$ 1 bilhão em três dias para conter a queda do peso, em meio à crise política que enfraquece Javier Milei. A... 20.09.2025, Sputnik Brasil
2025-09-20T04:47-0300
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O Banco Central da Argentina interveio pela terceira vez na semana no mercado de câmbio, vendendo US$ 678 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões) na sexta-feira (19) para sustentar o peso. Ao longo de três dias, a autoridade monetária vendeu mais de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,3 bilhões), em meio a uma crescente crise política que enfraquece o governo de Javier Milei e gera instabilidade nos mercados financeiros.Essas vendas ocorreram após o peso atingir o limite inferior da banda cambial estabelecida por Milei em abril, como parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que garantiu um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 106,4 bilhões). Esse montante agora representa a maior parte das reservas internacionais do país, estimadas em US$ 39 bilhões (aproximadamente R$ 207,5 bilhões), incluindo fundos que respaldam depósitos bancários.O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que o governo está disposto a vender "até o último dólar" para manter o peso dentro da faixa estipulada. No entanto, de acordo com o Financial Times (FT), o ritmo acelerado das intervenções cambiais levantou preocupações entre investidores sobre a viabilidade do regime de bandas, especialmente diante da escassez de dólares e da pressão sobre a atividade econômica.Gabriel Caamaño, da consultoria Outlier, alertou à mídia britânica que a atual dinâmica não é sustentável, não apenas pelo risco de esgotamento das reservas, mas pelo impacto negativo na economia causado pela retirada de pesos em circulação. A desvalorização da moeda já alcançou 9% nas últimas duas semanas, agravada pela derrota do partido de Milei nas eleições locais na província de Buenos Aires.Essa derrota, vista como um referendo sobre a liderança de Milei, abalou a confiança dos investidores na continuidade de sua agenda liberal. A volatilidade cambial, comum em períodos eleitorais na Argentina, se intensificou às vésperas das eleições nacionais de meio de mandato, marcadas para 26 de outubro.Em resposta, Milei acusou a oposição de fomentar um "pânico político" que estaria contaminando os mercados. Em paralelo, o presidente argentino enfrenta dificuldades para sustentar seu plano de austeridade, com o Congresso aprovando aumentos de gastos e um escândalo de corrupção envolvendo sua irmã Karina, chefe de gabinete, afetando sua popularidade.A instabilidade política e econômica também impactou os títulos soberanos argentinos, cujos preços caíram após a sequência de vendas de reservas. Os rendimentos da dívida em dólar subiram 5,5%, alcançando 14,5% acima dos títulos do Tesouro dos EUA, refletindo o aumento do risco percebido pelos investidores.Ainda segundo o FT, analistas apontam que o governo precisa demonstrar força política ou encontrar novas fontes de dólares para conter a desvalorização do peso. Caso contrário, poderá ser forçado a rever seu regime cambial, o que comprometeria sua credibilidade e poderia afetar negativamente seu desempenho nas urnas.
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Crise política e vendas de reservas abalam peso argentino e ameaçam plano cambial de Milei
04:47 20.09.2025 (atualizado: 20:59 20.09.2025) O Banco Central argentino vendeu mais de US$ 1 bilhão em três dias para conter a queda do peso, em meio à crise política que enfraquece Javier Milei. A intervenção cambial, somada à derrota eleitoral e escândalos no governo, abala a confiança dos mercados e ameaça a estabilidade econômica.
O Banco Central da Argentina
interveio pela terceira vez na semana no mercado de câmbio, vendendo US$ 678 milhões (cerca de R$ 3,6 bilhões) na sexta-feira (19) para
sustentar o peso. Ao longo de três dias, a autoridade monetária vendeu mais de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,3 bilhões), em meio a uma crescente crise política que enfraquece o governo de Javier Milei e gera instabilidade nos mercados financeiros.
Essas vendas ocorreram após o peso atingir o limite inferior da banda cambial estabelecida por Milei em abril, como
parte de um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que
garantiu um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 106,4 bilhões). Esse montante agora representa a maior parte das reservas internacionais do país, estimadas em US$ 39 bilhões (aproximadamente R$ 207,5 bilhões), incluindo fundos que respaldam depósitos bancários.
O ministro da Economia,
Luis Caputo, afirmou que o governo
está disposto a vender "até o último dólar" para manter o peso dentro da faixa estipulada. No entanto, de
acordo com o Financial Times (FT), o ritmo acelerado das intervenções cambiais levantou preocupações entre investidores sobre a viabilidade do regime de bandas, especialmente diante da escassez de dólares e da pressão sobre a
atividade econômica.
Gabriel Caamaño, da consultoria Outlier, alertou à mídia britânica que a
atual dinâmica não é sustentável, não apenas pelo risco de esgotamento das reservas, mas pelo impacto negativo na economia causado pela retirada de pesos em circulação. A desvalorização da moeda já alcançou 9% nas últimas duas semanas, agravada pela derrota do
partido de Milei nas eleições locais na província de Buenos Aires.
Essa derrota, vista como um referendo sobre a liderança de Milei, abalou a confiança dos investidores na continuidade de sua agenda liberal. A volatilidade cambial, comum em
períodos eleitorais na Argentina,
se intensificou às vésperas das eleições nacionais de meio de mandato, marcadas para 26 de outubro.
Em resposta, Milei acusou a oposição de
fomentar um "pânico político" que estaria contaminando os mercados. Em paralelo, o presidente argentino enfrenta dificuldades para sustentar seu plano de austeridade, com o Congresso aprovando aumentos de gastos e um
escândalo de corrupção envolvendo sua irmã Karina, chefe de gabinete, afetando sua popularidade.
A instabilidade política e econômica também impactou os títulos soberanos argentinos, cujos preços caíram após a sequência de vendas de reservas. Os rendimentos da dívida em dólar subiram 5,5%, alcançando 14,5% acima dos títulos do Tesouro dos EUA, refletindo o aumento do risco percebido pelos investidores.
Ainda segundo o FT, analistas apontam que o
governo precisa demonstrar força política ou encontrar novas fontes de dólares para
conter a desvalorização do peso. Caso contrário, poderá ser forçado a rever seu regime cambial, o que comprometeria sua credibilidade e poderia afetar negativamente seu desempenho nas urnas.
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