https://noticiabrasil.net.br/20250828/milei-classificar-suposto-caso-de-corrupcao-como-operacao-politica-e-insuficiente-diz-analista-42796909.html
Milei classificar suposto caso de corrupção como 'operação política' é insuficiente, diz analista
Milei classificar suposto caso de corrupção como 'operação política' é insuficiente, diz analista
Sputnik Brasil
Tanto o presidente argentino quanto seu chefe de gabinete denunciaram a "difamação de autoridades com acusações infundadas" após a crescente pressão sobre o... 28.08.2025, Sputnik Brasil
2025-08-28T09:12-0300
2025-08-28T09:12-0300
2025-08-28T09:12-0300
panorama internacional
américas
américa latina
javier milei
buenos aires
congresso
casa rosada
crise política
política
argentina
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/08/15/42580324_350:110:1024:489_1920x0_80_0_0_e332a2a81f28f1c4ca339382dbda2960.jpg
O governo de Javier Milei lançou sua primeira resposta conjunta às alegações de corrupção na Agência Nacional para a Deficiência, desencadeada pela divulgação de gravações de áudio de Diego Spagnuolo — ex-diretor da agência — relatando pagamentos de propina na área. Durante um pronunciamento ao Congresso, o chefe de gabinete, Guillermo Francos, denunciou a operação como uma "operação política" orquestrada com base em "acusações infundadas".Horas depois, o presidente Milei afirmou que o que o ex-funcionário havia dito nas gravações de áudio "é mentira" e anunciou que abordaria a questão na Justiça para "provar que mentiu". As declarações do presidente ocorreram durante um passeio pela região metropolitana de Buenos Aires, em meio à sua campanha eleitoral para as eleições de 7 de setembro em Buenos Aires e as eleições nacionais de 26 de outubro.Minutos após as declarações de Milei, um grupo de manifestantes começou a atirar pedras no veículo em que o presidente viajava, o que levou à suspensão do passeio. Horas depois, o presidente publicou a imagem de uma das pedras atiradas em suas redes sociais, acompanhando a foto com a mensagem "civilização ou barbárie".As declarações de Francos e Milei ocorrem uma semana após o caso vir à tona com o vazamento de gravações atribuídas a Spagnuolo, nas quais ele menciona supostos retornos ilegais entre 3% e 8% em contratos com empresas farmacêuticas. Ele aponta Karina Milei — irmã do presidente e chefe da Secretaria-Geral da Presidência, efetivamente a segunda em comando no atual governo — como a suposta destinatária desses pagamentos.Nesse contexto, o juiz federal Sebastián Casanello ordenou mais de uma dúzia de buscas em residências particulares, repartições públicas e na sede da Droguería Suizo Argentina, fornecedora farmacêutica estatal mencionada nas gravações de áudio explosivas. Durante as operações, foram apreendidos celulares, documentação interna e mais de US$ 260.000 (cerca de R$ 1,3 milhão) em dinheiro em espécie encontrados em posse de um dos empresários investigados. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada.A Casa Rosada agiu rapidamente nos primeiros dias: demitiu Spagnuolo e outro funcionário mencionado nas gravações, Daniel Garbellini, e ordenou a intervenção da Agência Nacional de Deficiência (ANDIS). No entanto, a demora em apresentar uma narrativa unificada alimentou críticas da oposição — incluindo a da ex-presidente Cristina Kirchner (2007–2015) — que acusou o Poder Executivo de tentar ocultar o caso.Emergindo do Choque"A resposta chega um pouco tarde em comparação com o que se esperaria, dada a grande discussão pública sobre o assunto. O timing da Justiça não é o mesmo da política, e é preciso maior clareza", enfatizou o especialista.A interpretação de Cruz é compartilhada por diversos especialistas. Consultado pela Sputnik, o analista político Maximiliano Reina concordou que "o governo só conseguiu dar uma explicação uma semana depois. A ideia de uma operação política poderia ter surgido desde o início, mas parece que houve uma falta significativa de coordenação. A resposta parece insuficiente".Esperança da OposiçãoUma característica particular do escândalo emergente é de que ele não parece estar sendo capitalizado pela oposição na preparação para as próximas eleições legislativas. Segundo Reina, "hoje, o peronismo não é o lugar para onde vai o voto desiludido. Há certo desencanto com a política e tudo é menos linear do que antes".Ambos os analistas concordaram que, se fosse transferido para a esfera eleitoral, o efeito poderia se manifestar mais em um aumento da abstenção do que em apoio direto à oposição. Reina afirmou que "o novo fenômeno desta era é o absenteísmo e, por enquanto, não parece que vá desaparecer. Na verdade, esse tipo de caso pode aumentar o desinteresse em votar".
https://noticiabrasil.net.br/20250827/milei-e-atacado-a-pedradas-em-carreata-na-periferia-da-capital-argentina-42780721.html
https://noticiabrasil.net.br/20250825/escandalo-de-corrupcao-envolvendo-irma-de-milei-silencia-governo-argentino-42721641.html
américa latina
buenos aires
argentina
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/08/15/42580324_373:103:1024:591_1920x0_80_0_0_f0f27d91cb10ace6254fac64acba7b61.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
américas, américa latina, javier milei, buenos aires, congresso, casa rosada, crise política, política, argentina, análise
américas, américa latina, javier milei, buenos aires, congresso, casa rosada, crise política, política, argentina, análise
Milei classificar suposto caso de corrupção como 'operação política' é insuficiente, diz analista
Tanto o presidente argentino quanto seu chefe de gabinete denunciaram a "difamação de autoridades com acusações infundadas" após a crescente pressão sobre o Executivo por supostos pagamentos de propina no setor de pessoas com deficiência. "A resposta chega um pouco tarde", disse um especialista à Sputnik.