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Europeus reconhecem Palestina como Estado, mas avanço é principalmente simbólico, afirmam analistas

© AP Photo / Abdel Kareem HanaFumaça sobe após ataque aéreo israelense na região central da Faixa de Gaza, 18 de maio de 2024
Fumaça sobe após ataque aéreo israelense na região central da Faixa de Gaza, 18 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 21.09.2025
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A decisão de vários países, incluindo o Reino Unido e a França, de reconhecer a Palestina na sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) marcada para 22 de setembro, não representará uma mudança radical nos eventos atuais, disseram à Sputnik especialistas em política internacional.
Esse reconhecimento é mais um passo simbólico e não é suficiente para proteger os palestinos, disseram.

"A intenção dos países europeus de reconhecer o Estado da Palestina chegou tarde […]. Essa medida foi resultado do desenvolvimento da situação política, incluindo a guerra israelense na Faixa de Gaza e o crescimento do movimento mundial em apoio à causa palestina, o que forçou esses países a ajustarem suas posições", sublinhou Khaled Abdel Majid, diretor do centro palestino de sustentabilidade.

Neste contexto, ele alertou que não se deve supervalorizar esse reconhecimento.
O reconhecimento, continuou, não trará resultados imediatos e palpáveis, mas pode servir aos interesses da luta nacional palestina a longo prazo.
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Por sua vez, Makram Khoury, especialista em relações internacionais e mídia, disse à Sputnik que o reconhecimento da Palestina exige condições claras, incluindo o reconhecimento das fronteiras de 1967, Jerusalém Oriental como capital e o direito de retorno dos refugiados conforme as resoluções da ONU.
Sem isso, apontou, o reconhecimento pode promover um acordo injusto no contexto da tensão palestino-israelense.
Conforme ele, ao contrário do Reino Unido, a França não tem responsabilidade histórica direta e age a partir de uma posição política e moral diferente.
Outro interlocutor da agência, Mahmoud Ahmad Marei, enfatizou que o crescente reconhecimento internacional é uma consequência direta da agressão brutal israelense na Faixa de Gaza, quando os crimes cometidos, incluindo assassinatos, provocação da fome e destruição, forçaram o mundo a reconsiderar seu apoio incondicional a Israel.
Por isso, ele está convencido de que Israel está cada vez mais isolado internacionalmente, e o reconhecimento da Palestina por mais de 140 países intensifica essa tendência.
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Por sua vez, Nidal al-Taani, cientista político jordaniano, opinou à Sputnik que o reconhecimento por parte do Reino Unido tem um profundo significado simbólico, pois este passo representa uma reformulação da Declaração de Balfour, mas em apoio aos direitos dos palestinos.
Assim, finalizou, a guerra em Gaza e a incapacidade do direito internacional de impedir o genocídio forçaram o Reino Unido, juntamente com os países da Commonwealth, a tomar uma posição firme.
A Palestina é reconhecida por 147 países, incluindo a Rússia. Em 2024, os EUA vetaram a adesão plena do Estado à ONU. Desde 2024, dez países reconheceram a Palestina, incluindo a Irlanda, Noruega, Espanha e Armênia.
De acordo com a posição da Rússia, a resolução do conflito é possível apenas com base na fórmula aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, com a criação do Estado da Palestina nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital.
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