Reunião entre Lula e Trump não será presencial, afirma Mauro Vieira
19:00 23.09.2025 (atualizado: 19:25 23.09.2025)
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta terça-feira (23) que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, devem realizar uma reunião virtual nos próximos dias.
Em entrevista à emissora norte-americana CNN durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Vieira declarou que o presidente Lula está disposto a dialogar com Trump e com qualquer outro líder mundial, mas que a agenda do petista acaba limitando estas datas, obrigando a conversa a ser por videoconferência ou ligação.
"O presidente Lula sempre esteve disposto a conversar com qualquer chefe de Estado que tem interesse em discutir questões com o Brasil. Mas nesse caso isso terá de ocorrer por videoconferência ou por telefone, porque o presidente volta para o Brasil amanhã e tem uma agenda muita cheia."
Outra preocupação do Itamaraty, informaram fontes à mídia brasileira, é aconteça um desentendimento entre Trump e Lula assim como ocorreu entre o presidente norte-americano e Vladimir Zelensky na Casa Branca em fevereiro deste ano.
A entrevista do ministro das Relações Exteriores aconteceu horas após Trump afirmar, durante discurso na Assembleia Geral da ONU, que fará uma reunião com Lula em breve.
"Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos. Nós concordamos que nos encontraremos na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Ele pareceu ser um homem muito legal, na verdade. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto."
O aceno acontece depois de meses de escalada das tensões entre os países com o tarifaço comercial imposto por Washington aos produtos brasileiros. Vieira afirmou que ficou feliz com a sinalização de Trump sobre uma conversa com Lula para discutir as relações dos países e que Brasília busca por este momento, ainda que o Palácio do Planalto veja as tarifas como "ilegais".
