Sul Global determinará futuro do mundo, pois Ocidente é fraco, aponta cientista canadense

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Os resultados das mudanças econômicas no mundo serão determinados pelos países do Sul Global, não os Estados Unidos ou os países da União Europeia (UE), afirmou à Sputnik Alan Freeman, cientista político canadense e codiretor do Grupo de Pesquisa em Economia Geopolítica da Universidade de Manitoba.
Freeman apontou que hoje em dia os Estados Unidos e os países da Europa não têm capacidade de agir em conjunto.
Neste contexto, o analista destacou que a cooperação dos países do Sul Global sob auspícios do BRICS e da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) continua aumentando.

"O Sul Global, a maioria dos países do mundo, ou os países onde a maioria da população mundial vive, estão estabelecendo seus próprios laços através do BRICS, da OCX, e a interconexão econômica da Eurásia está aumentando, eles estão criando seus próprios sistemas comerciais, sistemas financeiros e construindo seus próprios relacionamentos", ressaltou.

Dessa forma, sublinhou, é necessário entender que o futuro da economia mundial vai depender não dos EUA, mas do Sul Global.
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Segundo o especialista, com isso em mente, o presidente dos EUA, Donald Trump, não precisa conduzir negociações separadas com a Rússia, a China ou o Irã agora.
Em vez disso, elaborou, Trump deve estabelecer relações com toda a comunidade desses Estados e seus parceiros.
Além disso, o cientista político destacou que os europeus enfrentam um problema sério, pois a Europa hoje é muito diferente da era vitoriana.
Segundo ele, os países europeus não têm poder político para competir com os Estados Unidos e não conseguem cooperar devido a desentendimentos internos.
O cientista lembrou que na Europa continuam aumentando conflitos semelhantes às guerras antigas, e forças políticas como o partido alemão Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão) criam obstáculos adicionais para a unidade.

"Se [os europeus] tentam trabalhar juntos, há uma oposição em seus próprios países que eles não podem controlar e, portanto, estão se tornando mais ditatoriais em seus métodos, menos democráticos", finalizou.

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