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Confiança na democracia caiu porque não conseguimos enfrentar a desigualdade, diz Dweck à Sputnik
Confiança na democracia caiu porque não conseguimos enfrentar a desigualdade, diz Dweck à Sputnik
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Às vésperas da COP30, em seminário sediado na Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (6), a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, e o... 06.10.2025, Sputnik Brasil
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Na mesa de abertura do "States of the Future 2", nesta manhã, a ministra chamou a atenção para os desafios que se colocam para os Estados em diferentes âmbitos, desde situações como a pandemia de COVID-19 ao evento climático extremo que causou enchentes e devastação em pelo menos 90% do Rio Grande do Sul.Nesse sentido, ela descreve a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) como um momento fundamental para solidificar a preparação do Estado, a partir de uma cúpula que promova a implementação de acordos outrora firmados, desde a Rio-92 ao Acordo de Paris.Para isso, segundo Dweck, outras pastas estão trabalhando em conjunto com a Gestão, inclusive a Fazenda, que articula com homólogos de outros países a viabilidade do investimento na implementação de acordos firmados.O presidente da COP endossou a exposição da ministra e ressaltou, também, o trabalho para instituir os três pilares no âmbito da conferência citados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre eles, o embaixador destacou a defesa do multilateralismo, já enfatizada em diversas ocasiões pelo chefe do Planalto.Democracia é desafio na América LatinaDurante o evento, Dweck mediou a mesa de lançamento com especialistas que contribuíram para o relatório "Estado, democracia e desigualdade: uma perspectiva latino-americana".Em sua exposição, ela ressaltou que o estudo mostra que a confiança na democracia diminuiu entre 2008 e 2023, e que a metade das pessoas aceitaria governos não democráticos se estes resolvessem os seus problemas.Após a mesa, em conversa com a Sputnik Brasil, a chefe da Gestão destacou o conteúdo do relatório.A mesa de lançamento contou com Leonardo Avritzer, cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Claudio Providas, representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil; Fernando Filgueira, professor da Universidad de la República, no Uruguai; e Michelle Fernandez, cientista política e professora da Universidade de Brasília (UnB).Os especialistas destacaram problemas, evidenciados a partir do relatório, ao observar como a população na América Latina se relaciona com a democracia.Para os estudiosos, a desigualdade desempenha papel fundamental na descrença com o sistema político e a burocracia estatal afasta, muitas vezes, a população dos governos.Enquanto Avritzer ressaltou o ideário comum na América Latina de construir uma democracia sólida e estável, que esbarra nos desafios expostos e na apropriação dessas deficiências para atacar o sistema, Filgueira apontou os problemas na região mais desigual do mundo, ressaltando que desigualdades de gênero têm impactos enormes e que a América Latina é a região onde as pessoas envelhecem mais pobres no mundo.
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À Sputnik Brasil, ministra diz que desigualdade ainda ameaça a democracia na América Latina
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brasil, esther dweck, conferência das nações unidas sobre as mudanças climáticas de 2025 (cop30), ministério da gestão e da inovação em serviços públicos, américa latina, leonardo avritzer, democracia, desigualdade, acordos, meio ambiente, estado, exclusiva
Confiança na democracia caiu porque não conseguimos enfrentar a desigualdade, diz Dweck à Sputnik
15:29 06.10.2025 (atualizado: 17:36 06.10.2025) Especiais
Às vésperas da COP30, em seminário sediado na Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta segunda-feira (6), a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, e o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, promoveram um diálogo com especialistas sobre desenvolvimento sustentável e desafios enfrentados por Estados e democracias.
Na mesa de abertura do "States of the Future 2", nesta manhã, a ministra chamou a atenção para os desafios que se colocam para os Estados em diferentes âmbitos, desde situações como a pandemia de COVID-19 ao evento climático extremo que causou enchentes e devastação em pelo menos 90% do Rio Grande do Sul.
Nesse sentido, ela descreve a
Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) como um
momento fundamental para solidificar a preparação do Estado, a partir de uma cúpula que promova a implementação de acordos outrora firmados, desde a Rio-92 ao Acordo de Paris.
"Uma das coisas mais importantes é como implementar os acordos, como implementar as decisões, porque os países estão se definindo em metas", disse.
Para isso,
segundo Dweck, outras pastas estão trabalhando em conjunto com a Gestão, inclusive a Fazenda, que articula com homólogos de outros países a viabilidade do investimento na implementação de acordos firmados.
O presidente da COP endossou a exposição da ministra e ressaltou, também, o trabalho para instituir os três pilares no âmbito da conferência citados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre eles, o embaixador destacou a defesa do multilateralismo, já enfatizada em diversas ocasiões pelo chefe do Planalto.
"Fortalecer o multilateralismo não é uma frase, assim, leviana, diplomática. É extremamente importante. É a democracia. Da mesma maneira que o presidente defendeu a democracia lá no discurso de Nova York, a democracia interna nos países, a defesa do multilateralismo é a defesa da democracia internacional."
Democracia é desafio na América Latina
Durante o evento, Dweck mediou a mesa de lançamento com especialistas que contribuíram para o relatório "Estado, democracia e desigualdade: uma perspectiva latino-americana".
Em sua exposição, ela ressaltou que o estudo mostra que a confiança na democracia diminuiu entre 2008 e 2023, e que a metade das pessoas aceitaria governos não democráticos se estes resolvessem os seus problemas.
Após a mesa, em conversa com a Sputnik Brasil, a chefe da Gestão destacou o conteúdo do relatório.
"A gente reestudou o tema a partir de um relatório que tinha sido publicado em 2004, na nossa região, sobre esse tema, vendo o que avançou nesses últimos 20 anos. E o que a gente percebe? Que, apesar de a gente ter tido uma consolidação, de certa forma, do regime democrático na região, as democracias ainda são ameaçadas. Infelizmente a confiança da população no regime democrático caiu, em parte porque a gente não conseguiu enfrentar, talvez, a nossa maior dificuldade na região, que são as grandes desigualdades. A gente teve mais inclusão, mas não foi suficiente para, de fato, deixar de ser a região mais desigual do mundo."
A mesa de lançamento contou com Leonardo Avritzer, cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Claudio Providas, representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil; Fernando Filgueira, professor da Universidad de la República, no Uruguai; e Michelle Fernandez, cientista política e professora da Universidade de Brasília (UnB).
Os especialistas destacaram problemas, evidenciados a partir do relatório, ao observar como a população na América Latina se relaciona com a democracia.
Para os estudiosos, a desigualdade desempenha papel fundamental na descrença com o sistema político e a burocracia estatal afasta, muitas vezes, a população dos governos.
Enquanto Avritzer ressaltou o
ideário comum na América Latina de construir uma democracia sólida e estável, que esbarra nos desafios expostos e na
apropriação dessas deficiências para atacar o sistema, Filgueira apontou os problemas na região mais desigual do mundo, ressaltando que
desigualdades de gênero têm impactos enormes e que a América Latina é a região onde as pessoas envelhecem mais pobres no mundo.
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