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'Atado à Casa Branca': EUA prometem US$ 40 bilhões a Milei para protegê-lo eleitoralmente
'Atado à Casa Branca': EUA prometem US$ 40 bilhões a Milei para protegê-lo eleitoralmente
Sputnik Brasil
Após as tensões causadas pelo condicionamento do resgate financeiro pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao resultado das eleições, o secretário do Tesouro... 16.10.2025, Sputnik Brasil
2025-10-16T02:56-0300
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A Casa Branca dobrou seu apoio ao presidente argentino, Javier Milei, confirmando que interveio novamente no mercado cambial argentino com a compra de pesos e que adiantará uma "linha de crédito" complementar de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 109 bilhões) para Buenos Aires, além do swap anunciado no mesmo valor.Assim, o apoio de Washington totalizaria US$ 40 bilhões (mais de R$ 218,01 bilhões) para acalmar a instabilidade cambial, dez dias antes das eleições legislativas nacionais.O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que sua pasta poderá comprar dívida argentina, caso a Casa Rosada exija mais financiamento.Bessent acrescentou que o apoio sem precedentes a Buenos Aires não é "uma questão eleitoral, mas sim política. Enquanto a Argentina continuar implementando boas políticas, terá o apoio dos Estados Unidos".Este esclarecimento é extremamente pertinente. Menos de 24 horas antes, o mercado financeiro do país sul-americano havia testemunhado um colapso nas ações e títulos soberanos após Trump alertar que "se ele [Javier Milei] perder, não seremos generosos com a Argentina". A reação imediata foi de pânico. Os operadores temiam que o apoio financeiro pudesse ser interrompido pela derrota eleitoral virtual de Milei nas eleições de meio de mandato de 26 de outubro.Nesse contexto, o próprio Milei garantiu em declarações televisionadas que a ajuda de Washington não depende do resultado das urnas. "Enquanto eu estiver no poder, terei o apoio dos Estados Unidos", enfatizou.A ratificação do apoio da Casa Branca teve um impacto imediato nos mercados. Os títulos soberanos argentinos se recuperaram ligeiramente após a queda do dia anterior, enquanto o dólar no atacado também caiu parcialmente, afastando-se mais uma vez do "teto" da faixa de flutuação cambial acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI).Esse apoio se dissipou e culminou na pior crise econômica da história recente da Argentina. O presidente Milei afirmou que as linhas de apoio recentemente oferecidas pelos Estados Unidos "não são resgates financeiros".A bússola aponta para Washington"Esta é uma situação sem precedentes: agora é seguro dizer que o destino do governo de Milei está diretamente ligado às decisões da Casa Branca. O que antes parecia apoio tornou-se uma situação de submissão", disse o analista político Santiago Giorgetta à Sputnik.A opinião do especialista foi compartilhada por Gonzalo Fiore Viani. Em entrevista à Sputnik, o analista internacional enfatizou que "o anúncio de Bessent se insere em um cenário de alinhamento total com os Estados Unidos, levando a uma situação de dependência nunca vista antes na história argentina".Nesse contexto, o pesquisador acrescentou que "o governo está subserviente aos ditames de Trump. Não há orientação geopolítica além do que Washington dita".Segundo o especialista, o conjunto de acordos firmados entre a Casa Branca e Buenos Aires "pode ter efeitos de integração geopolítica para além do comércio, o que é muito mais consolidado se considerarmos o caso da China, por exemplo. É claro que haverá impacto no curto prazo".Ruídos internosApesar da tranquilidade financeira que o apoio econômico dos EUA pode trazer à Argentina, para Giorgetta, os gestos de alinhamento absoluto do governo Milei com Washington podem afetar sua imagem.Segundo o especialista, "devemos considerar a possibilidade de que o que o partido governista ganha com a estabilidade econômica possa ser perdido devido à percepção de subserviência a uma potência estrangeira com o histórico dos EUA"."A prioridade central do governo é manter a taxa de câmbio sob controle e, nesse sentido, o apoio de Trump é essencial. O problema é que os custos que ele está assumindo para atingir esse objetivo podem ter um impacto ainda desconhecido", observou o analista.
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américas, economia, mundo, javier milei, donald trump, scott bessent, estados unidos, washington, argentina, tesouro, fundo monetário internacional, casa branca, casa rosada, política, política internacional
'Atado à Casa Branca': EUA prometem US$ 40 bilhões a Milei para protegê-lo eleitoralmente
02:56 16.10.2025 (atualizado: 06:01 16.10.2025) Após as tensões causadas pelo condicionamento do resgate financeiro pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao resultado das eleições, o secretário do Tesouro anunciou que uma linha de financiamento privado será adicionada ao swap cambial.
A Casa Branca dobrou seu
apoio ao presidente argentino, Javier Milei, confirmando que interveio novamente no mercado cambial argentino com a compra de pesos e que
adiantará uma "linha de crédito" complementar de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 109 bilhões) para Buenos Aires, além do swap anunciado no mesmo valor.
Assim, o apoio de Washington
totalizaria US$ 40 bilhões (mais de R$ 218,01 bilhões) para acalmar a
instabilidade cambial, dez dias antes das eleições legislativas nacionais.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou que sua pasta poderá comprar dívida argentina, caso a Casa Rosada exija mais financiamento.
"Estamos trabalhando em uma linha de crédito de US$ 20 bilhões, que complementaria nossa linha de swap cambial com bancos privados e fundos soberanos, que acredito que seria mais voltada para o mercado de dívida", afirmou a autoridade norte-americana.
Bessent acrescentou que o apoio sem precedentes a Buenos Aires
não é "uma questão eleitoral, mas sim política. Enquanto a Argentina continuar implementando boas políticas,
terá o apoio dos Estados Unidos".
Este esclarecimento é extremamente pertinente. Menos de 24 horas antes, o mercado financeiro do
país sul-americano havia testemunhado um colapso nas ações e títulos soberanos após Trump alertar que "se ele [Javier Milei] perder, não seremos generosos com a Argentina". A reação imediata foi de pânico. Os operadores temiam que o apoio financeiro pudesse ser interrompido pela
derrota eleitoral virtual de Milei nas eleições de meio de mandato de 26 de outubro.
Nesse contexto, o próprio Milei garantiu em declarações televisionadas que a ajuda de Washington não
depende do resultado das urnas. "
Enquanto eu estiver no poder, terei o apoio dos Estados Unidos", enfatizou.
A ratificação do apoio da Casa Branca teve um impacto imediato nos mercados. Os títulos soberanos argentinos
se recuperaram ligeiramente após a queda do dia anterior, enquanto o dólar no atacado também caiu parcialmente, afastando-se mais uma vez do "teto" da
faixa de flutuação cambial acordada com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
No entanto, o valor anunciado levou os opositores na Casa Rosada a alertar sobre o precedente imediato para um valor semelhante: a "blindagem" de US$ 39,7 bilhões (cerca de R$ 216,3 bilhões) patrocinado por Washington em 2001 para o governo Fernando de la Rúa (1999-2001).
Esse apoio se dissipou e
culminou na pior crise econômica da história recente da Argentina. O presidente Milei afirmou que as linhas de apoio recentemente oferecidas pelos Estados Unidos "
não são resgates financeiros".
A bússola aponta para Washington
"Esta é uma situação sem precedentes: agora é seguro dizer que o destino do governo de Milei está
diretamente ligado às decisões da Casa Branca. O que antes parecia apoio tornou-se uma
situação de submissão", disse o analista político Santiago Giorgetta à Sputnik.
Segundo o especialista, o apoio oferecido pelos Estados Unidos "acaba condicionando não só a economia argentina, mas sobretudo a direção política deste governo em particular".
A opinião do especialista foi compartilhada por Gonzalo Fiore Viani. Em entrevista à Sputnik, o analista internacional enfatizou que "o anúncio de Bessent se insere em um cenário de alinhamento total com os Estados Unidos, levando a uma situação de dependência nunca vista antes na história argentina".
Nesse contexto, o pesquisador acrescentou que "o governo está subserviente aos ditames de Trump. Não há orientação geopolítica além do que Washington dita".
Segundo o especialista, o
conjunto de acordos firmados entre a Casa Branca e Buenos Aires "
pode ter efeitos de integração geopolítica para além do comércio, o que é muito mais consolidado se considerarmos o caso da China, por exemplo. É claro que haverá impacto no curto prazo".
Apesar da tranquilidade financeira que o apoio econômico dos EUA pode trazer à Argentina, para Giorgetta, os gestos de alinhamento absoluto do governo Milei com Washington podem afetar sua imagem.
"A opinião pública rejeita amplamente a ideia de a Casa Branca ditar políticas locais", afirmou o consultor.
Segundo o especialista, "devemos considerar a possibilidade de que o que o partido governista ganha com a estabilidade econômica possa ser perdido devido à
percepção de subserviência a uma potência estrangeira com o histórico dos EUA".
"A prioridade central do governo é manter a taxa de câmbio sob controle e, nesse sentido, o apoio de Trump é essencial. O problema é que os
custos que ele está assumindo para atingir esse objetivo
podem ter um impacto ainda desconhecido", observou o analista.
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