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A corrida eleitoral no Brasil: analista explica desafios e movimentos estratégicos para 2026
A corrida eleitoral no Brasil: analista explica desafios e movimentos estratégicos para 2026
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A corrida para as eleições presidenciais de 2026 já está em plena efervescência no Brasil, com um cenário político polarizado e dinâmicas intensas no Congresso... 17.10.2025, Sputnik Brasil
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A reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a busca por um sucessor à altura estão no centro das discussões políticas do Brasil. Segundo Elton Gomes, doutor em ciência política e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), a oposição enfrenta grandes dificuldades para encontrar uma figura capaz de substituir Bolsonaro e, ao mesmo tempo, herdar seu legado eleitoral. "A oposição tem muita dificuldade em viabilizar um candidato que possa, ao mesmo tempo, substituir Bolsonaro e dar continuidade ao seu ativo eleitoral", afirmou o professor.O jogo político também está bem tensionado no Congresso, disse o especialista em entrevista à Sputnik Brasil, como evidenciado pela tentativa de alteração do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que encontrou forte resistência entre os parlamentares, que rejeitaram medidas fiscais mais agressivas.No entanto, há uma flexibilidade em relação a pautas mais populares, como a redução de impostos para a classe média e o abrandamento de penas, particularmente no caso dos réus do 8 de Janeiro, que continuam sendo um ponto de controvérsia.Estratégias eleitorais: assistencialismo e políticas de conciliaçãoEnquanto o Congresso resiste às pressões fiscais, o governo federal tem investido em políticas públicas voltadas para a população de baixa renda, ampliando programas sociais e assistenciais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, afirmou Gomes.Ele destacou ainda iniciativas como o "pacote de bondades", incluindo a promessa de isenção de passagens de ônibus nas grandes cidades e outros programas de transferência de recursos.Esse movimento é visto como uma tentativa de consolidar o apoio popular, principalmente entre os segmentos mais pobres da população. Porém a estratégia tem um preço: o aumento dos gastos públicos sem a correspondente elevação das receitas pode colocar o país em uma situação fiscal insustentável no futuro.A polarização política também continua a ser um fator determinante. O especialista observou que o governo tem intensificado uma retórica de confronto, mantendo a divisão entre seus eleitores e os da oposição, "o que resulta em uma disputa eleitoral acirrada, com grandes chances de um resultado apertado e passível de contestação", explicou.No entanto, essa estratégia também tem seu impacto sobre as classes médias e o setor evangélico, segmentos que tradicionalmente têm apoiado a direita. O governo tem tentado atrair a classe média com iniciativas como concursos e programas voltados para a estabilidade no serviço público.Enquanto o governo fortalece suas bases eleitorais, a oposição parece perdida, sem uma liderança clara. Gomes mencionou o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, como uma das opções mais viáveis para a direita, mas apontou que o político tem evitado se posicionar publicamente como candidato. "Ele tem sido muito cauteloso e evita se lançar como candidato agora, pois isso poderia resultar em um grande desgaste", afirmou o professor.Essa indefinição dentro da oposição contribui para o vácuo político que o governo parece explorar, ampliando suas promessas assistenciais e buscando uma base de apoio sólida entre os mais vulneráveis. Contudo, como ressalta Gomes, essa estratégia tem suas limitações.
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A corrida eleitoral no Brasil: analista explica desafios e movimentos estratégicos para 2026
17:45 17.10.2025 (atualizado: 18:39 17.10.2025) Redação
Equipe da Sputnik Brasil
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A corrida para as eleições presidenciais de 2026 já está em plena efervescência no Brasil, com um cenário político polarizado e dinâmicas intensas no Congresso e no Executivo.
A reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a busca por um sucessor à altura estão no centro das discussões políticas do Brasil. Segundo Elton Gomes, doutor em ciência política e professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), a oposição enfrenta grandes dificuldades para encontrar uma figura capaz de substituir Bolsonaro e, ao mesmo tempo, herdar seu legado eleitoral.
"A oposição tem muita dificuldade em viabilizar um candidato que possa, ao mesmo tempo, substituir Bolsonaro e dar continuidade ao seu ativo eleitoral", afirmou o professor.
O jogo político também está bem tensionado no Congresso, disse o especialista em entrevista à
Sputnik Brasil, como evidenciado pela
tentativa de alteração do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que encontrou forte resistência entre os parlamentares, que rejeitaram medidas fiscais mais agressivas.
"O parlamento tem resistido ao governo, especialmente nas pautas de aumento de arrecadação."
No entanto, há uma flexibilidade em relação a pautas mais populares, como a redução de impostos para a classe média e o abrandamento de penas, particularmente no caso dos réus do 8 de Janeiro, que continuam sendo um ponto de controvérsia.
Estratégias eleitorais: assistencialismo e políticas de conciliação
Enquanto o Congresso resiste às pressões fiscais, o governo federal tem investido em políticas públicas voltadas para a população de baixa renda, ampliando programas sociais e assistenciais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, afirmou Gomes.
Ele destacou ainda iniciativas como o "pacote de bondades", incluindo a promessa de isenção de passagens de ônibus nas grandes cidades e outros programas de transferência de recursos.
Esse movimento é visto como uma
tentativa de consolidar o apoio popular, principalmente entre os segmentos mais pobres da população. Porém a estratégia tem um preço: o aumento dos gastos públicos sem a correspondente elevação das receitas pode colocar o país em uma situação fiscal insustentável no futuro.
"Estamos na iminência de um colapso fiscal brasileiro, com os principais especialistas dizendo que isso é quase inevitável até 2027."
A polarização política também continua a ser um fator determinante. O especialista observou que o governo tem intensificado uma retórica de confronto, mantendo a divisão entre seus eleitores e os da oposição, "o que resulta em uma disputa eleitoral acirrada, com grandes chances de um resultado apertado e passível de contestação", explicou.
No entanto, essa estratégia também tem seu impacto sobre as classes médias e o setor evangélico, segmentos que tradicionalmente têm apoiado a direita. O governo tem tentado atrair a classe média com
iniciativas como concursos e programas voltados para a estabilidade no serviço público.
"A classe média brasileira, especialmente os profissionais de nível superior, vê no serviço público uma tábua de salvação, devido à falta de oportunidades e remuneração no setor privado", analisou.
Enquanto o governo fortalece suas bases eleitorais, a oposição parece perdida, sem uma liderança clara. Gomes mencionou o nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, como uma das opções mais viáveis para a direita, mas apontou que o político tem evitado se posicionar publicamente como candidato. "Ele tem sido muito cauteloso e evita se lançar como candidato agora, pois isso poderia resultar em um grande desgaste", afirmou o professor.
Essa indefinição dentro da oposição contribui para o vácuo político que o governo parece explorar, ampliando suas promessas assistenciais e buscando uma base de apoio sólida entre os mais vulneráveis. Contudo, como ressalta Gomes, essa estratégia tem suas limitações.
"O governo sabe que o teto para trabalhar com as igrejas protestantes e evangélicas é muito baixo, e essas iniciativas ainda não repercutiram de maneira significativa", observou.
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