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Vencedor das eleições bolivianas, Rodrigo Paz não ousará fortes guinadas, afirma analista
Vencedor das eleições bolivianas, Rodrigo Paz não ousará fortes guinadas, afirma analista
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Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, Clayton Cunha Filho explica que Rodrigo Paz, novo presidente da Bolívia, deve atender aos ideais... 20.10.2025, Sputnik Brasil
2025-10-20T18:30-0300
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O candidato Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), venceu no último domingo (19) as eleições para a presidência da Bolívia, derrotando Jorge Tuto Quiroga, do Aliança Livre, no segundo turno. Com mais de 97% das urnas apuradas, o político do PDC possuía mais de 54% dos votos válidos, contra 45% do concorrente.Paz é filho do ex-presidente da Bolívia Jaime Paz Zamora, que comandou o país entre 1989 e 1993. O novo presidente boliviano, de centro-direita, já foi senador e prefeito de Tarija.Com a vitória, Paz coloca fim aos 20 anos de governos do Movimento ao Socialismo (MAS), liderados por Evo Morales e, mais recentemente, por Luis Arce.Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, Clayton Cunha Filho, professor de ciência política da Universidade Federal do Ceará (UFC), declarou que os bolivianos podem esperar mudanças significativas no país com a mudança de comando, especialmente em comparação às últimas duas décadas.Para Cunha Filho, Paz deve abrir um maior espaço para o liberalismo no país, retirando o Estado do papel de ator central da economia boliviana. É possível que algumas estatais sejam privatizadas e outras, com um lucro menor ou que dão prejuízos, fechadas. Essa mudança financeira de La Paz, inclusive, pode ser uma oportunidade para o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco do BRICS. "Desde que seja viável, se for oferecido em condições que ele julgue melhor."Em declaração nesta segunda (20), Paz classificou o BRICS como "um bom grupo comercial".O especialista espera sinalizações bolivianas em direção ao governo norte-americano, mas nada que impacte a relação do país com vizinhos da América Latina, uma vez que La Paz não tem uma economia pujante e tampouco alcance político.Fim da linha para Evo?Com um mandado de prisão em aberto, Evo não participou do pleito e assistiu, de longe, a derrocada do MAS, que elegeu apenas dois deputados nestas eleições. Um segundo turno formado por dois candidatos inclinados à direita era algo inimaginável até poucos anos atrás.Cunha Filho acredita em um desgaste do MAS e não uma rejeição. Os longos anos no poder, além dos problemas políticos e econômicos do país, fizeram aqueles que não são fiéis a Evo e companhia a se distanciarem das ideias do partido.Mesmo com Evo fora da jogada, não é certeza de que Paz comandará a Bolívia com tranquilidade. Por não ter maioria no Congresso, o novo presidente conta com a promessa de apoio do Unidade Nacional, de Samuel Doria Medina, para governar sem entraves na Câmara.O analista, no entanto, não ousa em se arriscar em um prognóstico sobre quais serão os próximos passos de Evo. Apesar de enxergar uma chama política no ex-presidente, não é possível decifrar qual será a próxima ação do principal líder boliviano das últimas décadas.
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Vencedor das eleições bolivianas, Rodrigo Paz não ousará fortes guinadas, afirma analista
18:30 20.10.2025 (atualizado: 21:20 20.10.2025) Especiais
Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, Clayton Cunha Filho explica que Rodrigo Paz, novo presidente da Bolívia, deve atender aos ideais liberais, mas que ação no país como presidente não deve alterar dinâmicas na América Latina.
O candidato
Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão (PDC), venceu no último domingo (19) as
eleições para a presidência da Bolívia, derrotando
Jorge Tuto Quiroga, do Aliança Livre, no segundo turno. Com mais de 97% das urnas apuradas, o político do PDC possuía mais de 54% dos votos válidos, contra 45% do concorrente.
Paz é filho do ex-presidente da Bolívia Jaime Paz Zamora, que comandou o país entre 1989 e 1993. O novo presidente boliviano, de centro-direita, já foi senador e prefeito de Tarija.
Com a vitória, Paz coloca
fim aos 20 anos de governos do Movimento ao Socialismo (MAS), liderados por
Evo Morales e, mais recentemente, por Luis Arce.
Em entrevista ao podcast Mundioka, da Sputnik Brasil, Clayton Cunha Filho, professor de ciência política da Universidade Federal do Ceará (UFC), declarou que os bolivianos podem esperar mudanças significativas no país com a mudança de comando, especialmente em comparação às últimas duas décadas.
"Essas são as eleições que encerram, a gente pode dizer, em alguns momentos, uma hegemonia política do partido de esquerda MAS. E agora você vai ter uma mudança para uma figura nova da política boliviana."
Para Cunha Filho, Paz deve abrir um maior espaço para o liberalismo no país, retirando o Estado do papel de ator central da economia boliviana. É possível que algumas estatais sejam privatizadas e outras, com um lucro menor ou que dão prejuízos, fechadas.
Essa mudança financeira de La Paz, inclusive,
pode ser uma oportunidade para o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o Banco do BRICS. "Desde que seja viável, se for oferecido em condições que ele julgue melhor."
Em declaração nesta segunda (20), Paz classificou o BRICS como "um bom grupo comercial".
O especialista espera sinalizações bolivianas em direção ao governo norte-americano, mas nada que impacte a relação do país com vizinhos da
América Latina, uma vez que
La Paz não tem uma economia pujante e tampouco alcance político.
"É de interesse da Bolívia manter [boa relação com o Mercosul] porque a economia da Bolívia é muito pequena, mesmo para parâmetros regionais, se você comparar aqui na América do Sul. Então, não acredito, pelo que vi da campanha, pelo que sei da trajetória do Paz e pelo que conheço de como está a Bolívia, que ele vá fazer uma guinada muito forte."
Com um mandado de prisão em aberto, Evo não participou do pleito e assistiu, de longe, a derrocada do MAS, que elegeu apenas dois deputados nestas eleições. Um segundo turno formado por dois candidatos inclinados à direita era algo inimaginável até poucos anos atrás.
Cunha Filho acredita em um desgaste do MAS e não uma rejeição. Os longos anos no poder, além dos problemas políticos e econômicos do país, fizeram aqueles que não são fiéis a Evo e companhia a se distanciarem das ideias do partido.
"Esse governo do Arce foi um governo de crise em muitos sentidos. Uma crise política provocada por essa briga do Evo de querer recuperar o controle do partido e ser o único candidato possível, assim como uma crise econômica também, de um modelo que mais ou menos se esgotou. Há um teto nas reservas de gás declinantes e que não conseguia mais se sustentar. E o governo não conseguia ou não queria, ou até não podia resolver por conta da própria crise política que o enfraquecia."
Mesmo com Evo fora da jogada, não é certeza de que Paz comandará a Bolívia com tranquilidade. Por não ter maioria no Congresso, o novo presidente conta com a promessa de apoio do Unidade Nacional, de Samuel Doria Medina, para governar sem entraves na Câmara.
O analista, no entanto, não ousa em se arriscar em um prognóstico sobre quais serão os próximos passos de Evo. Apesar de enxergar uma chama política no ex-presidente, não é possível decifrar qual será a próxima ação do principal líder boliviano das últimas décadas.
"É fato que Evo, aparentemente, ainda nutre aspirações de importância política. Até mesmo, acredito, de ser candidato no futuro novamente, de alguma forma. Então, acho que vai depender muito de qual é a estratégia que ele esteja pensando agora."
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