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Mídia: crise global de chips ameaça parar montadoras no Brasil e acende alerta na indústria nacional

© Marcelo Camargo/Agência BrasilPátio de montadora em São Bernardo do Campo
Pátio de montadora em São Bernardo do Campo - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2025
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A indústria automotiva brasileira pode parar em até três semanas por falta de semicondutores, após uma crise global desencadeada por tensões entre China e Europa. Montadoras já enfrentam escassez de peças, e o setor pede ação diplomática urgente ao governo para evitar o colapso da produção.
A indústria automotiva brasileira enfrenta risco iminente de paralisação devido à escassez global de semicondutores. A causa, sobretudo, se deve às tensões geopolíticas envolvendo a China e a Europa. Segundo a Folha de S.Paulo, em até três semanas, montadoras podem interromper suas linhas de produção, conforme alerta da Anfavea, associação que representa os fabricantes de veículos no país.
O presidente da Anfavea, Igor Calvet, informou à apuração que o setor já recebe notificações sobre a interrupção no fornecimento de peças essenciais. Em reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, Calvet sugeriu que o governo brasileiro negociasse diretamente com autoridades chinesas para liberar exportações de chips ao Brasil.
A crise teve início após o governo holandês assumir o controle da fabricante Nexperia, subsidiária chinesa, sob suspeita de transferência indevida de tecnologia. A China reagiu impondo restrições à exportação de componentes produzidos pela empresa, afetando fábricas em diversos países — inclusive fornecedores brasileiros.
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Como o Brasil depende quase totalmente de semicondutores importados, o impacto já se faz sentir. O Sindipeças, que representa a indústria de autopeças, enviou carta ao governo alertando para a queda na disponibilidade de componentes eletrônicos e o risco de paralisação de montadoras como Volkswagen, GM, Toyota e Hyundai.

"Esses componentes não possuem, no curto prazo, alternativas de fornecimento local ou regional", afirma o sindicato, que pede gestões diplomáticas urgentes para garantir a continuidade da cadeia automotiva e eletrônica nacional, de acordo com a Folha. A crise também ameaça setores como telefonia, informática e eletrodomésticos.

Segundo Calvet, "sem semicondutores, não há carro. Da mesma forma que não há celular ou qualquer sistema eletrônico que funcione". Ele destaca que veículos modernos usam entre mil e 3.000 chips, e que a produção global está concentrada na Ásia, especialmente em Taiwan, Coreia do Sul e na China continental.
A expectativa é de que o tema seja abordado durante a viagem oficial do presidente Lula à Ásia. A disputa por semicondutores reflete uma corrida global por minerais críticos, como as terras raras, cuja produção é dominada pela China. O país controla mais de 90% do refino desses insumos, essenciais para tecnologias avançadas e para a segurança energética mundial.
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