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Putin sobre as declarações de Trump sobre a cúpula na Hungria: trata-se mais de adiar a reunião

© SputnikO presidente russo, Vladimir Putin, responde às perguntas dos jornalistas no XVII Congresso da Sociedade Geográfica Russa em Moscou
O presidente russo, Vladimir Putin, responde às perguntas dos jornalistas no XVII Congresso da Sociedade Geográfica Russa  em Moscou - Sputnik Brasil, 1920, 23.10.2025
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É mais provável que se trate apenas de um adiamento do encontro, afirmou nesta quinta-feira (23) o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao comentar as declarações de seu homólogo americano, Donald Trump, sobre a cúpula que seria realizada na Hungria. A fala ocorreu após sua participação no XVII Congresso da Sociedade Geográfica Russa, em Moscou.
De acordo com o presidente da Federação da Rússia, na última conversa com Trump, a realização de uma cúpula em Budapeste foi proposta pela parte americana. Seria um erro abordar a cúpula em Budapeste sem preparação, observou o líder russo.
Novas sanções contra a Rússia não impactarão significativamente a situação econômica do país, sendo apenas uma tentativa de pressionar a Rússia, afirmou o presidente.
"Se falarmos sobre a parte política, claro que isso é uma atitude hostil em relação à Rússia, é uma coisa óbvia. E ele [o ato] não fortalece as relações russo-americanas, que estão apenas começando a se recuperar", disse Putin aos jornalistas.
Segundo Putin, nenhum país que se respeita jamais faz algo sob pressão, e a Rússia tem respeito por si mesma. Questionado sobre os possíveis impactos das restrições, Putin foi enfático: "Sim, são sérias para nós, claro, isso é evidente. E terão certas consequências, mas não terão um impacto significativo, especialmente sobre o nosso bem-estar econômico"
Comentando o cancelamento da reunião com Donald Trump em Budapeste, o líder russo afirmou que a Rússia defende sempre o diálogo.
"O diálogo é sempre melhor do que qualquer tipo de confrontação, do que quaisquer disputas, muito menos uma guerra. Por isso, sempre defendemos a continuação do diálogo", afirmou o presidente durante a coletiva de imprensa.
Vladimir Putin informou que conversou com seu homólogo americano Donald Trump sobre o impacto da situação do fornecimento de petróleo russo no mundo sobre os preços, inclusive nos EUA.
Além disso, de acordo com Putin, o líder estadunidense impôs o maior número de sanções contra a Rússia durante seu primeiro mandato.
Putin também ironizou a decisão da União Europeia de incluir até produtos sanitários na nova rodada de sanções. O 19º pacote de medidas proíbe, entre outros itens, a exportação de vasos sanitários para a Rússia — o que o presidente russo tratou com ironia: "O fato de terem cancelado nossas compras de vasos sanitários vai lhes custar caro. Acho que seriam bem úteis", disse.
O presidente da Rússia classificou como uma tentativa de escalada as conversas sobre a possibilidade de fornecimento de mísseis Tomahawk a Kiev.
"É uma tentativa de escalada, mas se todos os ataques ao território russo forem feitos com essa arma, a resposta será muito forte, para não dizer esmagadora. Que eles pensem sobre isso", disse Putin aos jornalistas, comentando as conversas sobre a possibilidade de fornecimento de mísseis Tomahawk a Kiev.
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Sanções podem causar impacto global no setor energético

Na última quarta (22), Washington anunciou um novo pacote de sanções contra Moscou, que inclui restrições a gigantes do petróleo como Rosneft e Lukoil, além de suas subsidiárias. Em resposta, Putin afirmou que é necessário "pensar para quem realmente trabalham" os responsáveis dentro da administração americana que sugerem sanções ao petróleo russo.
Durante entrevista coletiva em Moscou, o presidente destacou que a Rússia tem papel fundamental no equilíbrio energético mundial e que tentar minar esse sistema seria uma "tarefa ingrata" para qualquer país.
"Nosso papel no equilíbrio global de energia é muito significativo. Esse equilíbrio atende tanto aos interesses dos consumidores quanto dos produtores. Desestabilizá-lo é um esforço inútil, inclusive para aqueles que tentam fazê-lo", declarou Putin.
Putin comparou os níveis de produção e consumo de petróleo entre os principais produtores globais: os Estados Unidos produzem cerca de 13,5 milhões de barris por dia, mas consomem cerca de 20 milhões; a Arábia Saudita produz cerca de 10 milhões e a Rússia, aproximadamente 9,5 milhões. "Enquanto os EUA vendem uma parte e compram ainda mais, a Rússia e a Arábia Saudita vendem mais do que consomem", observou.
Putin também afirmou que já discutiu com Trump o impacto de eventuais cortes na oferta de petróleo russo no mercado internacional. "Se o volume de nosso petróleo e derivados cair drasticamente, os preços subirão. Isso afetará inclusive os postos de gasolina nos EUA", alertou.
Apesar das restrições, Putin afirmou que o setor de energia da Rússia segue confiante. "Para nós, o mais importante é que nos sentimos confiantes e estáveis, mesmo que certas perdas ocorram — e elas, claro, ocorrerão. Isso está relacionado a diversos fatores. Ainda assim, nosso setor energético se mantém bastante sólido", finalizou.
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