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Sem presença dos EUA, ministro cobra mais ambição global na COP30
Sem presença dos EUA, ministro cobra mais ambição global na COP30
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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta terça-feira (4), questionado pela Sputnik Brasil, que o principal... 04.11.2025, Sputnik Brasil
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"O que nós precisamos é aumentar a pressão para que todos avancem nas suas políticas de descarbonização, porque esse é o primeiro grande desafio da COP30", declarou o ministro, durante o Fórum Brasil-África: Alianças Globais para Agricultura Sustentável e Segurança Alimentar, realizado em São Paulo (SP).A fala de Teixeira ocorre após agências internacionais confirmarem que os EUA não enviarão representantes de alto nível à COP30, marcada para a próxima semana em Belém (PA).O ministro defendeu que, mesmo ausentes, as grandes economias "assumam os seus compromissos de diminuir as suas emissões". Teixeira enfatizou que não basta firmar metas ou discursos: "Os países precisam pôr dinheiro" e investir em adaptação às mudanças climáticas."O Brasil está assumindo compromissos muito maiores do que ele assumiu", disse, comentando que o país vem cumprindo metas mais ambiciosas que o previsto e espera o mesmo dos demais.Ele adiantou que o Brasil levará a Belém um programa robusto de reflorestamento, com espécies nativas coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente e espécies produtivas em áreas degradadas de assentamentos rurais.No mesmo evento, o ex-ministro José Graziano da Silva, idealizador do Fome Zero e ex-diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), afirmou à Sputnik Brasil que "sair do Mapa da Fome é uma obrigação", mas que o desafio agora é "procurar essas famílias que ainda passam fome", sobretudo na Amazônia e no Nordeste.Segundo Graziano, o Brasil chega à COP30 "com uma proposta muito importante de reflorestamento e mostrando uma redução no desmatamento na Amazônia e no Cerrado".Ele lembrou que o Cerrado, "mais importante do ponto de vista da produção de alimentos", vinha sendo esquecido, e defendeu que a preservação desses biomas deve caminhar junto com o combate à fome e a promoção da agricultura sustentável.O ex-ministro, que comandou a FAO entre 2012 e 2019, afirmou que a conferência em Belém precisa marcar uma inflexão na agenda global. Para ele, o encontro deve ser um "ponto de mudança nessa curva de destruição do planeta".Graziano também alertou para a crise de má alimentação no país. "O Brasil tem um problema além da fome de comer mal. Não é só não comer, é comer mal", afirmou, apontando o consumo de ultraprocessados e o aumento da obesidade infantil como sinais de alerta. "Uma criança obesa vai carregar esse fardo, literalmente, por resto da vida, comprometendo seu desenvolvimento motor e intelectual."
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Mesmo países que não vêm para a COP30 devem avançar na descarbonização, diz ministro
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'Sair do mapa da fome é uma obrigação' diz ex-ministro que criou o Fome Zero à Sputnik Brasil
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Sem presença dos EUA, ministro cobra mais ambição global na COP30
20:45 04.11.2025 (atualizado: 23:18 04.11.2025) O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta terça-feira (4), questionado pela Sputnik Brasil, que o principal desafio brasileiro na COP30 será pressionar países que queimam muito carbono, inclusive os Estados Unidos, que não confirmaram presença no evento.
"O que nós precisamos é aumentar a pressão para que todos avancem nas suas políticas de descarbonização, porque esse é o primeiro grande desafio da COP30", declarou o ministro, durante o Fórum Brasil-África: Alianças Globais para Agricultura Sustentável e Segurança Alimentar, realizado em São Paulo (SP).
A fala de Teixeira ocorre após agências internacionais confirmarem que os
EUA não enviarão representantes de alto nível à COP30, marcada para a próxima semana em Belém (PA).
O ministro defendeu que, mesmo ausentes, as grandes economias "assumam os seus compromissos de diminuir as suas emissões". Teixeira enfatizou que não basta firmar metas ou discursos: "Os países precisam pôr dinheiro" e investir em adaptação às mudanças climáticas.
"O Brasil está assumindo compromissos muito maiores do que ele assumiu", disse, comentando que o país vem cumprindo metas mais ambiciosas que o previsto e espera o mesmo dos demais.
Ele adiantou que o Brasil levará a Belém um programa robusto de reflorestamento, com espécies nativas coordenadas pelo Ministério do Meio Ambiente e espécies produtivas em áreas degradadas de assentamentos rurais.
O ministro acrescentou que o país pretende desafiar a comunidade internacional a vincular as políticas climáticas à soberania alimentar. "Nós temos que desafiar o mundo a fazer as mudanças climáticas e garantir a alimentação para todos."
No mesmo evento, o ex-ministro
José Graziano da Silva, idealizador do Fome Zero e ex-diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), afirmou à Sputnik Brasil que
"sair do Mapa da Fome é uma obrigação", mas que o desafio agora é
"procurar essas famílias que ainda passam fome", sobretudo na Amazônia e no Nordeste.
Segundo Graziano, o Brasil chega à COP30 "com uma proposta muito importante de reflorestamento e mostrando uma redução no desmatamento na Amazônia e no Cerrado".
Ele lembrou que o Cerrado, "mais importante do ponto de vista da produção de alimentos", vinha sendo esquecido, e defendeu que a preservação desses biomas deve caminhar junto
com o combate à fome e a promoção da agricultura sustentável.O ex-ministro, que comandou a FAO entre 2012 e 2019, afirmou que a conferência em Belém precisa marcar uma inflexão na agenda global. Para ele, o encontro deve ser um "ponto de mudança nessa curva de destruição do planeta".
"Faltam cinco anos, menos de cinco anos para 2030. A COP é uma grande oportunidade para reafirmar esse compromisso e acelerar o processo", disse.
Graziano também alertou para a crise de má alimentação no país. "O Brasil tem um problema além da fome de comer mal. Não é só não comer, é comer mal", afirmou, apontando o consumo de ultraprocessados e o aumento da obesidade infantil como sinais de alerta. "Uma criança obesa vai carregar esse fardo, literalmente, por resto da vida, comprometendo seu desenvolvimento motor e intelectual."
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