- Sputnik Brasil, 1920
Panorama internacional
Notícias sobre eventos de todo o mundo. Siga informado sobre tudo o que se passa em diferentes regiões do planeta.

EUA enviam seu maior porta-aviões para o Caribe: isso deve gerar preocupação na América Latina?

© Foto / Marinha dos EUA / Jackson AdkinsPorta-aviões USS Gerald R. Ford durante teste de resistência na costa leste dos EUA
Porta-aviões USS Gerald R. Ford durante teste de resistência na costa leste dos EUA - Sputnik Brasil, 1920, 11.11.2025
Nos siga no
O USS Gerald Ford — o maior porta-aviões do mundo — se juntará ao destacamento militar dos EUA no Caribe, que, segundo a Casa Branca, visa combater o tráfico de drogas, informou o Departamento de Defesa dos EUA. O anúncio gerou preocupação na América Latina, especialmente na Venezuela.
O destacamento, que agora inclui este porta-aviões e teve início em setembro, também abrange navios de guerra, caças e tropas norte-americanasestacionadas em várias partes da região, como Porto Rico e Panamá.
Washington usou o pretexto de combater os cartéis de drogas para realizar essas operações e atacar pequenas embarcações que, segundo as autoridades dos Estados Unidos, transportavam drogas e supostamente vinham do território venezuelano.
Até o momento, as forças norte-americanas bombardearam 20 embarcações, matando 76 pessoas. No entanto, os EUA nunca provaram que essas embarcações operavam para o crime organizado, e até mesmo o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou que esse tipo de ataque poderia ser considerado uma "execução extrajudicial".
"O grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald R. Ford entrou na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA. A chegada das forças navais ocorre após a ordem do secretário de Guerra Pete Hegseth ao grupo de ataque do porta-aviões para apoiar a diretiva do presidente [Donald Trump] de desmantelar organizações criminosas transnacionais", disse o Pentágono em um comunicado.
O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, mencionou que o destacamento "fortalecerá a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e interromper agentes e atividades ilícitas que comprometem a segurança e a prosperidade do território americano e nossa segurança no Hemisfério Ocidental".
O destróier de mísseis guiados da classe Arleigh Burke da Marinha dos EUA, USS Sampson (DDG 102), realizou um trânsito de rotina no estreito de Taiwan na terça-feira, 26 de abril de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 01.09.2025
Panorama internacional
EUA reúnem factoides para justificar cerco e corroer legitimidade do governo venezuelano (VÍDEOS)
Com mais de 4.000 fuzileiros navais e dezenas de caças a bordo, o USS Gerald R. Ford pode catapultar e recuperar simultaneamente aeronaves de asa fixa em seu convés de voo, tanto de dia quanto de noite, de acordo com o governo dos EUA.

O que está por trás desta ação?

A Venezuela afirma que o verdadeiro objetivo do destacamento de Washington é provocar uma "mudança de regime" no país, derrubando o presidente Nicolás Maduro. Além disso, as movimentações militares dos EUA no Caribe e no Pacífico Oriental têm sido criticadas por outros países da região, como México, Colômbia, Brasil e Chile, que defendem a América Latina como uma zona de paz, conforme estabelecido por diversos tratados internacionais.
Antecipando a chegada do porta-aviões USS Gerald Ford, Caracas anunciou um novo destacamento militar em resposta às ameaças de Washington. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, anunciou uma mobilização maciça de forças terrestres, aéreas, navais e de mísseis, com a participação ativa de mais de 200 mil soldados. O país sul-americano tem reiteradamente afirmado estar preparado para se defender contra qualquer agressão.
Manifestante segura placa com os dizeres em espanhol Eles atacam por petróleo, durante marcha convocada pelo governo em apoio à estatal petrolífera PDVSA, em Caracas. Venezuela, 31 de janeiro de 2019 - Sputnik Brasil, 1920, 10.11.2025
Notícias do Brasil
Análise: fragmentação na América Latina impede união em defesa da Venezuela ante ameaças dos EUA
"A Venezuela precisa saber que tem uma Venezuela salvaguardada, protegida e defendida", disse Padrino, que acusou os EUA de "assassinarem pessoas indefesas, sejam elas traficantes de drogas ou não", referindo-se aos ataques das forças norte-americanas na região nas últimas semanas.
Maduro, durante uma reunião com membros do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e da ala jovem do partido, ressaltou que "se o imperialismo tentasse um golpe de Estado e causasse danos, desde o momento em que a ordem para as operações fosse decretada, [teríamos] mobilização e combate de todo o povo da Venezuela".
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала