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Astrônomos descobrem galáxia que forma estrelas 180 vezes mais rápido que a Via Láctea

© Foto / NASA, ESA, CSA, STScI, J. Diego, J. D’Silva, A. Koekemoer, J. Summers & R. Windhorst e H. YanA galáxia Y1 brilha em vermelho intenso devido à poeira aquecida por novas estrelas
A galáxia Y1 brilha em vermelho intenso devido à poeira aquecida por novas estrelas - Sputnik Brasil, 1920, 12.11.2025
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Uma equipe internacional de astrônomos identificou uma galáxia extremamente distante que cria estrelas 180 vezes mais rápido do que a Via Láctea. A descoberta pode ajudar a explicar como as galáxias cresceram tão rapidamente nos primeiros bilhões de anos do Universo.
O estudo, publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, analisou a galáxia MACS0416_Y1, ou Y1, localizada a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra.

"Estamos observando uma época em que o Universo formava estrelas muito mais rapidamente do que hoje", explicou Tom Bakx, da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia.

Usando o telescópio ALMA, no Chile, os cientistas mediram a temperatura da galáxia, detectando poeira cósmica aquecida pela radiação estelar.
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"Ao observarmos o brilho intenso dessa galáxia em comparação com outros comprimentos de onda, soubemos imediatamente que estávamos diante de algo verdadeiramente especial", afirmou Bakx.

A poeira em Y1 atinge 90 Kelvin, cerca de –180 °C, o que a torna muito mais quente do que em outras galáxias semelhantes.
De acordo com Yoichi Tamura, da Universidade de Nagoya, no Japão, "isso confirmou que é realmente uma fábrica de estrelas de alto nível". Ele acredita que fenômenos como esse "podem ter sido comuns no Universo primitivo".
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A Y1 produz mais de 180 massas solares por ano, enquanto a Via Láctea cria apenas uma. Segundo Bakx, esse ritmo explosivo provavelmente é temporário, mas pode ter sido um estágio típico na formação das primeiras galáxias.
A pesquisadora Laura Sommovigo, do Flatiron Institute e da Universidade Columbia (EUA), destacou que a descoberta pode resolver outro mistério: o excesso de poeira nas galáxias jovens.

"Uma pequena quantidade de poeira quente pode ser tão brilhante quanto grandes quantidades de poeira fria, e é exatamente isso que estamos vendo no Y1. Embora essas galáxias ainda sejam jovens e não contenham muitos elementos pesados ou poeira, o que elas têm é calor e brilho intensos", explicou.

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