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A proposta de instalar bases estrangeiras no Equador 'foi feita sob medida' para Washington
A proposta de instalar bases estrangeiras no Equador 'foi feita sob medida' para Washington
Sputnik Brasil
O Equador votará neste domingo (16) referendo e consulta popular decisivos que poderiam permitir novamente a presença de bases militares estrangeiras em seu... 16.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-16T03:09-0300
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A proposta busca eliminar a proibição constitucional vigente desde 2008, introduzida na Constituição sancionada durante o governo de Rafael Correa (2007-2017), que expulsou Washington da base de Operações Avançada (FOL) na Base Aérea de Manta, programa que funcionou de 1999 a 2009.O embaixador dos EUA no Equador, Art Brown, esteve no arquipélago de Galápagos, em março de 2025, e salientou a importância de fazer acordos de cooperação em segurança — alguns meses após o Conselho de Governo das Galápagos ter aprovado, pela primeira vez, a entrada de navios de guerra norte-americanos nas ilhas, sob a justificativa de combate ao narcotráfico.O presidente equatoriano, Daniel Noboa, afirma que a cooperação internacional — com ênfase nos EUA — é indispensável para enfrentar o avanço do crime organizado em um contexto marcado por uma crescente onda de insegurança.Consultado também por este meio, o analista político equatoriano Esteban Santos afirmou que "a questão das bases estrangeiras é um ponto muito sensível, mas é importante lembrar que o Equador já possui acordos amplos com Washington".Ambos os analistas concordaram que o tema foi criado para reforçar o vínculo com a Casa Branca. Carrión afirmou que "este ponto foi feito sob medida" para Washington, enquanto Santos apontou que "Noboa tenta fazer com que os Estados Unidos ocupem agora o lugar de parceiro estratégico que em outro momento teria sido de países da região, como a Colômbia."
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A proposta de instalar bases estrangeiras no Equador 'foi feita sob medida' para Washington
O Equador votará neste domingo (16) referendo e consulta popular decisivos que poderiam permitir novamente a presença de bases militares estrangeiras em seu território, uma mudança que teria efeitos internos e geopolíticos.
A proposta busca eliminar a proibição constitucional vigente desde 2008, introduzida na Constituição sancionada durante o governo de Rafael Correa (2007-2017), que expulsou Washington da base de Operações Avançada (FOL) na Base Aérea de Manta, programa que funcionou de 1999 a 2009.
O embaixador dos EUA no Equador, Art Brown, esteve no arquipélago de Galápagos, em março de 2025, e salientou a importância de fazer
acordos de cooperação em segurança — alguns meses após o Conselho de Governo das Galápagos ter aprovado, pela primeira vez, a entrada de navios de guerra norte-americanos nas ilhas, sob a
justificativa de combate ao narcotráfico.O
presidente equatoriano, Daniel Noboa, afirma que a cooperação internacional — com ênfase nos EUA — é
indispensável para enfrentar o avanço do crime organizado em um contexto marcado por uma crescente onda de insegurança.
"É uma estratégia de distração que busca transferir para um país estrangeiro a responsabilidade pela insegurança", disse à Sputnik a cientista política e advogada constitucionalista equatoriana Melania Carrión. Segundo a especialista, a proposta do governo não responde apenas ao avanço do narcotráfico, mas também à necessidade de construir um "discurso que justifique uma reforma de grande impacto institucional".
Consultado também por este meio, o analista político equatoriano Esteban Santos afirmou que "a questão das bases estrangeiras é um ponto muito sensível, mas é importante lembrar que o Equador já possui acordos amplos com Washington".
Ambos os analistas concordaram que o tema
foi criado para reforçar o vínculo com a Casa Branca. Carrión afirmou que
"este ponto foi feito sob medida" para Washington, enquanto Santos apontou que "Noboa tenta fazer com que os Estados Unidos ocupem agora o lugar de parceiro estratégico que em outro momento teria sido de países da região, como a Colômbia."
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