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Plano dos EUA de paz na Ucrânia prevê saída ucraniana de Donbass, revela mídia

© AP Photo / Alex BrandonO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe o ucraniano Vladimir Zelensky na Casa Branca. Washington, D.C., outubro de 2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe o ucraniano Vladimir Zelensky na Casa Branca. Washington, D.C., outubro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 19.11.2025
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Washington elaborou um plano de paz de 28 pontos que prevê a retirada da Ucrânia de Donbass em troca de garantias de segurança oferecidas pelos Estados Unidos, revelaram veículos norte-americanos nesta quarta-feira (19).
A proposta seria inspirada no plano de paz na Faixa de Gaza, articulado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e está sendo discutido com Moscou, afirmou o portal norte-americano Axios.
Discutido nos bastidores entre a Rússia e os Estados Unidos, o plano seria estruturado em quatro eixos: paz na Ucrânia; garantias de segurança; estabilidade europeia; e futuro das relações entre EUA, Rússia e Ucrânia.
Pelo esboço, os Estados Unidos e outros países reconheceriam a soberania legítima russa dos territórios de Donbass, compostas pelas repúblicas de Lugansk e Donetsk, e da República da Crimeia, reintegrada à Federação da Rússia em 2014. Em Kherson e Zaporozhie, a fronteira seria delimitada nas posições atuais.
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A Ucrânia, entretanto, não seria obrigada a reconhecer a soberania russa nesses territórios. Em troca, Kiev receberia garantias de segurança dos Estados Unidos, diz a publicação.
Segundo o veículo, os elaboradores da proposta são o enviado especial da Casa Branca Steve Witkoff e o representante do Kremlin e diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo), Kirill Dmitriev.
O enviado russo visitou os Estados Unidos com uma delegação russa em 24 de outubro. Ele havia reportado anteriormente ao Axios que seus encontros com autoridades norte-americanas trataram de questões humanitárias, como possíveis trocas de prisioneiros.
À Sputnik, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta quarta (19) que Witkoff poderia chegar à Rússia a qualquer momento para continuar as negociações. Anteriormente, o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, enfatizou que a Rússia está pronta para discutir os aspectos políticos da solução com a Ucrânia e trabalhar em qualquer formato.
O documento de Trump também prevê que Kiev reduza seu efetivo militar e abra mão de parte de seu arsenal, acrescentou a Reuters. Segundo a agência, a Casa Branca deixou claro para Vladimir Zelensky que ele deve concordar com os principais pontos.
Por sua vez, a revista britânica Financial Times noticia que a proposta norte-americano ainda estipula a oficialização do russo como idioma oficial da Ucrânia e o reconhecimento do status canônico da Igreja Ortodoxa Ucraniana, e não a cismática Igreja Ortodoxa da Ucrânia.
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A ideia, no entanto, foi rejeitada por Zelensky, que teve sua reunião prevista com Steve Witkoff, na Turquia, cancelada. Segundo o Financial Times, outras autoridades ucranianas também rejeitaram o plano de paz.
Fontes do Axios indicam que o ucraniano voltou atrás em acordos feitos por seu próprio secretário do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia, Rustem Umerov, que foi autorizado por Zelensky a discutir termos. Sem demonstrar interesse em discutir a a iniciativa de paz de Trump, o ucraniano teria chegado a Ancara com uma proposta alternativa, construída com aliados europeus.
A Alemanha, uma das maiores financiadoras da Kiev, informou através de seu ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul, não ter participado do da elaboração do plano de paz.
Além da Rússia e dos Estados Unidos, também estariam envolvidos nas negociações os governos do Catar e da Turquia, que também auxiliaram Trump a por um fim no conflito na Faixa de Gaza. No último fim de semana, um enviado do Catar teria participado de uma reunião com Witkoff e Umerov.
A emissora norte-americana CBS afirmou que o secretário do Exército dos EUA, Daniel Driscoll, chegou a Kiev para uma reunião com Zelensky, na qual pretende discutir a proposta de paz norte-americana. A chegada da delegação foi confirmada pela Embaixada dos EUA em Kiev.
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