https://noticiabrasil.net.br/20251120/era-do-dominio-do-dolar-chega-ao-fim-e-sul-global-perde-fe-na-moeda-estadunidense-afirma-midia-45356581.html
Era do domínio do dólar chega ao fim e Sul Global perde fé na moeda estadunidense, afirma mídia
Era do domínio do dólar chega ao fim e Sul Global perde fé na moeda estadunidense, afirma mídia
Sputnik Brasil
O Sul Global está perdendo a confiança na moeda norte-americana, os países do golfo Pérsico estão reorientando seus investimentos e a China, juntamente com a... 20.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-20T13:35-0300
2025-11-20T13:35-0300
2025-11-20T21:49-0300
panorama internacional
golfo pérsico
china
rússia
eua
dólar
dólares
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/07/0f/41364503_0:200:3072:1928_1920x0_80_0_0_e0ac75fcb67da82676395908d472d9da.jpg
Os autores do artigo publicado citam como razões para a crescente desconfiança no dólar a imposição de sanções pela Casa Branca a países tanto aliados quanto adversários, a intimidação do próprio banco central dos EUA, o aumento da dívida pública, a concorrência crescente com a China e outros fatores.O artigo observa que, na virada dos séculos XX e XXI, o dólar representava mais de 70% das reservas cambiais de todo o mundo, mas hoje esse percentual está abaixo de 60%.O texto destaca ainda a reorientação da política cambial de Pequim: as reservas internacionais da China atingiram um pico de 4 trilhões de dólares (R$ 21,3 trilhões) em 2014, mas desde então caíram para 3,3 trilhões de dólares (R$ 17,5 trilhões). A adoção de uma taxa de câmbio mais flexível reduz a necessidade de acumular dólares, explica o artigo.Como fator relevante, os autores mencionam também os esforços acelerados da Rússia para romper sua vinculação à moeda americana. Entre 2016 e 2021, a parcela do dólar nas reservas russas caiu de 40% para 11%.A China também está liderando a rejeição do dólar no comércio global, já que mercados emergentes utilizam cada vez mais moedas locais. A participação do yuan no faturamento comercial chinês subiu de 2% em 2010 para 25% em 2023, destacam especialistas.Os interesses chineses e americanos estão se distanciando cada vez mais, alimentando em Pequim temores sobre a segurança de seus investimentos no Ocidente.Quanto ao Oriente Médio, os autores do artigo afirmam que os governantes dos países do golfo Pérsico estão investindo bilhões em megaprojetos domésticos e já não direcionam seus ativos para títulos do Tesouro dos EUA.Outro fator negativo é o uso da moeda norte-americana como instrumento de pressão política, uma prática considerada inaceitável pelas maiores economias do mundo.Especialistas avaliam que essa medida provou que Washington está disposto a usar sua moeda como alavanca geopolítica, um aviso que a China e os países do golfo Pérsico não podem ignorar.A era em que poupanças externas fluíam facilmente para ativos em dólar reduzindo os custos de empréstimos dos EUA e conferindo a Washington uma poderosa ferramenta de sanções está lentamente chegando ao fim, conclui a publicação.O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou repetidamente que quase todas as operações de comércio exterior entre Rússia e China são realizadas em rublos e yuans.
https://noticiabrasil.net.br/20251103/russia-e-china-reforcam-cooperacao-economica-apesar-da-instabilidade-global-afirma-premie-russo-44835858.html
https://noticiabrasil.net.br/20251117/resiliencia-do-sul-global-a-tarifas-dos-eua-sinaliza-que-antigo-centro-esta-em-queda-45266936.html
golfo pérsico
china
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
2025
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
notícias
br_BR
Sputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
https://cdn.noticiabrasil.net.br/img/07e9/07/0f/41364503_182:0:2913:2048_1920x0_80_0_0_2f7e2430e44a94cfd87266452419ac4a.jpgSputnik Brasil
contato.br@sputniknews.com
+74956456601
MIA „Rossiya Segodnya“
golfo pérsico, china, rússia, eua, dólar, dólares
golfo pérsico, china, rússia, eua, dólar, dólares
Era do domínio do dólar chega ao fim e Sul Global perde fé na moeda estadunidense, afirma mídia
13:35 20.11.2025 (atualizado: 21:49 20.11.2025) O Sul Global está perdendo a confiança na moeda norte-americana, os países do golfo Pérsico estão reorientando seus investimentos e a China, juntamente com a Rússia, está reduzindo suas reservas em dólares, tudo isso indica o fim gradual da era do domínio do dólar, segundo o jornal americano Bloomberg.
Os autores do artigo publicado
citam como razões para a
crescente desconfiança no dólar a imposição de sanções pela Casa Branca a países
tanto aliados quanto adversários, a intimidação
do próprio banco central dos EUA, o aumento da
dívida pública, a concorrência crescente com a
China e outros fatores.
O artigo observa que, na virada dos séculos XX e XXI, o dólar representava mais de 70% das reservas cambiais de todo o mundo, mas hoje esse percentual está abaixo de 60%.
"Se a zona do euro não fosse tão fragmentada e o sistema financeiro chinês tão fechado, as alternativas seriam mais atraentes e o declínio [do dólar] mais rápido", afirma a publicação.
O texto destaca ainda a reorientação da
política cambial de Pequim: as reservas internacionais da China atingiram um pico de
4 trilhões de dólares (R$ 21,3 trilhões) em 2014, mas desde então caíram para
3,3 trilhões de dólares (R$ 17,5 trilhões). A adoção de uma taxa de câmbio mais flexível
reduz a necessidade de acumular dólares, explica o artigo.
"Não mais. A China já parou de comprar dólares. No futuro, pode começar a vendê-los", alerta a publicação.
Como fator relevante, os autores mencionam também os esforços acelerados da Rússia para romper sua vinculação à moeda americana. Entre 2016 e 2021, a parcela do dólar nas reservas russas caiu de 40% para 11%.
"Se a China seguir um caminho semelhante, suas reservas em ativos em dólar encolherão para quase zero em um curto período de tempo", acreditam os autores.
A China também está liderando a rejeição do dólar no comércio global, já que
mercados emergentes utilizam cada vez mais moedas locais.
A participação do yuan no faturamento comercial chinês subiu de 2% em 2010 para
25% em 2023, destacam especialistas.
Os interesses chineses e americanos estão se distanciando cada vez mais, alimentando em Pequim temores sobre a segurança de seus investimentos no Ocidente.
Quanto ao Oriente Médio, os autores do artigo afirmam que os governantes dos países do golfo Pérsico estão investindo bilhões em megaprojetos domésticos e já não direcionam seus ativos para títulos do Tesouro dos EUA.
"Com a receita comprimida e os gastos internos em alta, os fundos soberanos do golfo Pérsico estão aplicando seu capital em ações, minas e imóveis, em vez de simplesmente emprestá-lo ao governo dos EUA", diz a publicação.
Outro fator negativo é o uso da moeda norte-americana como instrumento de pressão política, uma prática considerada inaceitável pelas maiores economias do mundo.
"O dólar era um escudo. Agora é uma espada. [...] Os EUA e seus aliados congelaram 300 bilhões de dólares [R$ 1,5 trilhão] dos ativos de Moscou", afirma o texto.
Especialistas avaliam que essa medida provou que Washington está disposto a usar sua moeda como alavanca geopolítica, um aviso que a China e os países do golfo Pérsico não podem ignorar.
A era em que poupanças externas fluíam facilmente para ativos em dólar reduzindo os custos de empréstimos dos EUA e conferindo a Washington uma poderosa ferramenta de sanções está lentamente chegando ao fim, conclui a publicação.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou repetidamente que quase todas as operações de comércio exterior entre Rússia e China são realizadas em rublos e yuans.
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!
Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.
Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).