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Operação militar especial russa
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Analista russo explica o que significa libertação de Kupyansk nos termos políticos e militares

© Sputnik / Sergey Bobylev / Acessar o banco de imagensUma equipe de obuseiro Giatsint-B realiza operações de combate no setor de Kupyansk da frente de batalha, em novembro de 2025
Uma equipe de obuseiro Giatsint-B realiza operações de combate no setor de Kupyansk da frente de batalha, em novembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 21.11.2025
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A viagem recente ao front do presidente russo Vladimir Putin indica que a operação militar especial continuará independentemente do processo de negociação entre a Ucrânia e a Rússia, bem como entre a Rússia e os Estados Unidos, disse à Sputnik Aleksei Leonkov, especialista militar russo.
Leonkov sublinhou que, com a visita à sede do agrupamento russo Zapad (Oeste), o presidente russo demonstrou que a Rússia vai alcançar seus objetivos na prática.

"A propósito, [Putin] observou que, apesar do que está acontecendo fora do país, a operação continuará até que todos os objetivos estabelecidos sejam cumpridos", ressaltou.

O significado da libertação de Kupyansk

O analista apontou que a libertação recente da cidade de Kupyansk, na região de Carcóvia, é de alta importância estratégica e política.
Conforme explicou o interlocutor da agência, Kupyansk é um ponto crucial, uma cidade-fortaleza estrategicamente importante que a Ucrânia deveria manter a qualquer custo até novembro de 2026, quando ocorrerão as eleições no Congresso dos EUA.
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Neste contexto, o especialista enfatizou que existe um acordo tácito entre o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky e a coalizão que deseja sua vitória.
Neste esquema, Zelensky mantém a linha de frente enquanto a chamada "coalizão de dispostos" realiza ações subversivas contra a Rússia, como sanções e sabotagens, cada lado assumindo responsabilidades específicas, como ajuda militar ou compartilhamento de inteligência.

Como Kiev e seus doadores ocidentais tentam interromper negociações de paz?

De acordo com Leonkov, as tentativas de empurrar a Rússia e os EUA de frente para a frente continuam, assim como as tentativas de danificar o processo de negociação entre eles e o ataque com mísseis contra Voronezh faz parte da estratégia de "interromper as negociações".
Segundo ele, quando alguém tenta dizer que o presidente dos EUA, Donald Trump, ou sua administração fizeram este ataque, isso não é verdade.

"Trump não é estúpido para comprometer seu próprio processo de negociação", especificou o especialista.

Esta sabotagem foi orquestrada pelos aliados do Reino Unido e a provocação falhou porque nem a Rússia nem os Estados Unidos reagiram como os britânicos esperavam.
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Plano pacífico de Trump e posição de Moscou

Leonkov elaborou que o plano de paz de 28 pontos, que não foi preparado pessoalmente por Trump, é considerado inaceitável para a Rússia por várias razões-chave:
O congelamento imediato da linha de contato de combate levará à entrada de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no território da Ucrânia;
As regiões de Zaporozhie e Kherson incluídas na Constituição russa não podem ser abandonadas, e é inaceitável a proposta de aumentar o número das Forças Armadas da Ucrânia para 600 mil pessoas em 2,5 vezes o número do Exército da Ucrânia antes da operação especial.
Qualquer resposta ao bombardeio de cidades russas é proibida pelo plano estadunidense, e os ativos congelados em bancos ocidentais devem ser usados para reconstruir a Ucrânia, o que é percebido como a rendição da Rússia.
Como resultado, afirmou o analista, o plano anula todos os êxitos militares russos e exige concessões inaceitáveis.

Situação no campo de batalha e perspectivas do conflito

Leonkov elaborou que a Rússia está agora ganhando, analistas ocidentais reconhecem o colapso do projeto ucraniano e estão procurando maneiras de manter o Exército ucraniano através de negociações.
Depois de romper a linha das cidades-fortalezas, a resistência será mínima, já que os militares ucranianos perderão a oportunidade de se esconder entre os civis.
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Então, as hostilidades continuarão até que as tarefas da operação militar especial sejam totalmente concluídas, especialmente considerando o despreparo da Ucrânia para o período de inverno europeu.
A força aérea russa, por sua vez, ganhou vantagem no ar e continua atacando as linhas de frente e a retaguarda do inimigo.
Ao mesmo tempo, a escassez de operadores qualificados de drones e a escassez de explosivos estão se intensificando na Ucrânia, o que piora drasticamente a capacidade de defesa do inimigo.

Perspetivas para a atual liderança ucraniana

O analista lembrou que Putin chamou a liderança da Ucrânia de um grupo ilegítimo que tomou o poder, o que mais uma vez confirma que o plano de paz de Trump não tem força.
"Agora, o lado russo enfatiza que não há autoridade legítima na Ucrânia, concentrando a atenção, em particular, em Zelensky", explicou.
Dessa forma, continuou, Zelensky, em sua qualidade atual, não é um parceiro para a Rússia no processo de negociação.
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Todo mundo entende que Zelensky é uma figura que está saindo, e suas assinaturas ou qualquer outra coisa não têm força legal.
"Em primeiro lugar, ele é ilegítimo e, em segundo lugar, o plano de paz de Trump diz o seguinte: ele deveria ser assinado imediatamente e as eleições deveriam ocorrer 100 dias após a assinatura", destacou.
Então, 100 dias depois que o plano fosse assinado na forma de algum tipo de acordo de paz ou tratado, o novo governo da Ucrânia poderia protestar completamente todos esses acordos, chamando-os de ilegítimos, ou seja, sem força legal ou real.
Portanto, finalizou o especialista, Putin enfatiza que Zelensky é ilegítimo e não é um parceiro, porque deve haver um representante legítimo da Ucrânia, isto é, um representante legal, que não é observado na Ucrânia agora.
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