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Inverno pode ser usado como desculpa para iminente vitória russa na Ucrânia, avalia analista
Inverno pode ser usado como desculpa para iminente vitória russa na Ucrânia, avalia analista
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Em entrevista à Sputnik Brasil, especialista explica que o frio do inverno foi usado durante a Segunda Guerra Mundial para diminuir o mérito do Exército... 25.11.2025, Sputnik Brasil
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O fim do ano se aproxima, e com ele chega o forte calor no Brasil, com termômetros registrando temperaturas próximas aos 40 °C ao longo dos dias de verão. No Hemisfério Norte, porém, é o momento de tirar os casacos mais pesados dos armários e tentar de todas as formas se aquecer diante do frio do inverno.Em uma realidade distante da brasileira, é comum entre os europeus utilizar gás e eletricidade como fonte de calor para as residências. Sem esses recursos, é difícil suportar os três meses de temperaturas negativas.A Ucrânia, por sua vez, tem um inverno gelado. Entre dezembro e fevereiro, o país tem uma média de −3 °C, sendo vital para a população o uso de aquecedores. O problema para os ucranianos é que tanto gás como eletricidade não são mais itens de fácil acesso.A então ministra da Energia da Ucrânia, Svetlana Grinchuk, descreveu os apagões massivos de várias horas no país como uma situação "muito complicada". Já o vice-diretor do Instituto Nacional de Energia da Rússia, Aleksandr Frolov, afirmou que Kiev paga pelo gás europeu mais que o dobro do que pagava pelo russo (se considerada a desvalorização da moeda ucraniana, o gasto é dez vezes maior).Em entrevista à Sputnik Brasil, James Onnig, analista internacional e professor de geopolítica do Laboratório de Pesquisa em Relações Internacionais das Faculdades de Campinas (Facamp), explicou que o frio não pode ser usado como pretexto para justificar uma iminente vitória russa na operação militar especial na Ucrânia.Segundo Onnig, esse argumento não é novo e foi utilizado na Segunda Guerra Mundial para deslegitimar a vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista.Assim como o frio não pode ser usado como desculpa para o fracasso militar, ele não pode virar justificativa para problemas de aquecimento. A Ucrânia vive um dos maiores escândalos de corrupção de sua história, com o surgimento de investigações na indústria de energia do país envolvendo nomes próximos a Zelensky, como o empresário Timur Mindich — conhecido como a "carteira de Zelensky".De acordo com o relatório do Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em ucraniano), Mindich teria se aproveitado do estado de guerra e da proximidade com Zelensky e outros altos funcionários para enriquecimento ilícito por meio da organização de crimes em diferentes áreas da economia.Sacos de dinheiro foram encontrados durante a execução de mandados de busca e apreensão, cheios de moeda estrangeira. Segundo a mídia internacional, o dinheiro é fruto de esquemas de desvio de fundos no setor energético na Ucrânia, que foram legalizados através do escritório da liderança ucraniana em Kiev.Ademais, para o especialista, é curioso que os aliados da Ucrânia, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não estejam enviando itens como combustível para abastecer os estoques do país. "Mas por que os aliados também não enviam energia, fazem um mutirão, algo gigante, para abastecer a Ucrânia?", questiona.Zelensky na miraA pressão internacional para que Vladimir Zelensky aceite um acordo de paz com a Rússia aumenta a cada dia, com o plano de 28 pontos elaborado pelos Estados Unidos. O frio, para Onnig, pode acelerar esse processo de mudança política em Kiev, diante do clamor popular por aquecimento.Para Onnig, se Kiev não abrir mão do conflito e priorizar a população, será preciso fazer malabarismos para manter a indústria bélica ativa em meio à necessidade de aquecer os ucranianos.
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rússia, europa, vladimir zelensky, ucrânia, kiev, brasil, exército vermelho, organização do tratado do atlântico norte, exclusiva, conflito ucraniano, crise ucraniana, corrupção, energia, crise energética
Inverno pode ser usado como desculpa para iminente vitória russa na Ucrânia, avalia analista
14:00 25.11.2025 (atualizado: 19:16 25.11.2025) Especiais
Em entrevista à Sputnik Brasil, especialista explica que o frio do inverno foi usado durante a Segunda Guerra Mundial para diminuir o mérito do Exército Vermelho diante dos nazistas.
O fim do ano se aproxima, e com ele chega o forte calor no Brasil, com termômetros registrando temperaturas próximas aos 40 °C ao longo dos dias de verão. No Hemisfério Norte, porém, é o momento de tirar os casacos mais pesados dos armários e tentar de todas as formas se aquecer diante do frio do inverno.
Em uma realidade distante da brasileira, é comum entre os europeus utilizar gás e eletricidade como fonte de calor para as residências. Sem esses recursos, é difícil suportar os três meses de temperaturas negativas.
A Ucrânia, por sua vez, tem um inverno gelado. Entre dezembro e fevereiro, o país tem uma média de −3 °C, sendo vital para a população o uso de aquecedores. O problema para os ucranianos é que tanto gás como eletricidade não são mais itens de fácil acesso.
A então ministra da Energia da Ucrânia, Svetlana Grinchuk, descreveu os
apagões massivos de várias horas no país como uma situação
"muito complicada". Já o vice-diretor do Instituto Nacional de Energia da Rússia, Aleksandr Frolov, afirmou que Kiev paga pelo gás europeu mais que o dobro do que pagava pelo russo (se considerada a desvalorização da moeda ucraniana, o
gasto é dez vezes maior).Em entrevista à Sputnik Brasil, James Onnig, analista internacional e professor de geopolítica do Laboratório de Pesquisa em Relações Internacionais das Faculdades de Campinas (Facamp), explicou que o frio não pode ser usado como pretexto para justificar uma iminente vitória russa na operação militar especial na Ucrânia.
"Utilizar o argumento do clima como fator decisivo seria algo totalmente errado. Não é o clima que vai decidir, são as armas, são as mobilizações. Eles estão acostumados com o clima, sem dúvida alguma. Lógico, a situação não é fácil, mas não é o clima que vai decidir, de jeito nenhum."
Segundo Onnig, esse argumento não é novo e foi utilizado na Segunda Guerra Mundial para deslegitimar a vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazista.
"Isso me faz lembrar um mito, e é um mito muito sério, de que os nazistas perderam a guerra na Rússia para o frio. Sabe o que é isso? É uma explicação criada pelos capitalistas para tirar todo o mérito do Exército Vermelho, que foi lá e venceu os nazistas. O frio piora a situação, com certeza, mas ele não é o fator principal que pode acabar com uma guerra."
Assim como o frio não pode ser usado como desculpa para o fracasso militar, ele não pode virar justificativa para problemas de aquecimento. A Ucrânia vive um dos maiores escândalos de corrupção de sua história, com o surgimento de investigações na indústria de energia do país envolvendo
nomes próximos a Zelensky, como o empresário Timur Mindich — conhecido como a
"carteira de Zelensky".
De acordo com o relatório do
Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU, na sigla em ucraniano), Mindich teria se aproveitado do estado de guerra e da proximidade com Zelensky e outros altos funcionários para
enriquecimento ilícito por meio da organização de crimes em diferentes áreas da economia.
Sacos de dinheiro foram encontrados durante a execução de mandados de busca e apreensão, cheios de moeda estrangeira. Segundo a mídia internacional, o dinheiro é fruto de esquemas de desvio de fundos no setor energético na Ucrânia, que foram legalizados através do escritório da liderança ucraniana em Kiev.
Ademais, para o especialista, é curioso que os aliados da Ucrânia, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não estejam enviando itens como combustível para abastecer os estoques do país. "Mas por que os aliados também não enviam energia, fazem um mutirão, algo gigante, para abastecer a Ucrânia?", questiona.
"Me parece que estão criando um argumento para o fim da guerra. Não teria sido a vitória da Rússia, teria sido o inverno."
A pressão internacional para que
Vladimir Zelensky aceite um acordo de paz com a Rússia aumenta a cada dia, com o plano de 28 pontos elaborado pelos Estados Unidos. O frio, para Onnig, pode acelerar esse processo de mudança política em Kiev, diante do clamor popular por aquecimento.
"Até mesmo o nacionalismo ucraniano, que continua vivo, já está mais ponderado, porque o caminho é muito difícil. Então soma a pressão política pela aceitação de um plano de paz sobre Zelensky com a questão energética."
Para Onnig, se Kiev não abrir mão do conflito e priorizar a população, será preciso fazer malabarismos para manter a indústria bélica ativa em meio à necessidade de aquecer os ucranianos.
"Ao mesmo tempo que precisam abastecer a população, eles precisam também colocar em ação um plano para as fábricas de armas não pararem. Então, dessa vez, a situação com certeza pode se complicar."
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