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Nova estratégia dos EUA contra Venezuela esconde verdadeiras intenções de Washington, diz analista
Nova estratégia dos EUA contra Venezuela esconde verdadeiras intenções de Washington, diz analista
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O governo da Venezuela rejeitou e qualificou como uma "mentira ridícula" a classificação do "inexistente Cartel dos Sóis" como organização terrorista. 25.11.2025, Sputnik Brasil
2025-11-25T03:21-0300
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O chanceler Yván Gil afirmou que Washington busca reeditar "uma mentira infame e vil para justificar uma intervenção ilegítima e ilegal" contra a nação sul-americana. A classificação do Departamento de Estado, impulsionada pelo secretário estadunidense Marco Rubio, mostra-se uma peça de teatro geopolítica fruto de desespero de Washington e sintomática do declínio dos EUA, para o especialista em relações internacionais e geopolítica Wilmer Depablos:Segundo Depablos, a farsa não é nova, mas revela tensões internas em Washington que se projetam para o exterior. O objetivo real: os recursos estratégicos Para além da retórica antinarcóticos e antiterrorista, Depablos identificou um motivo muito mais tangível e cobiçado: as riquezas naturais venezuelanas. Rubio e o Departamento de Estado dos EUA "buscam, definitivamente, apropriar-se das mais importantes reservas de petróleo do mundo, que estão na Venezuela", afirmou. Essa futura escassez, agravada pelo esgotamento das reservas estratégicas dos Estados Unidos durante o governo Biden (2021–2025), explicaria, segundo o especialista, a atual urgência. "O desespero em que se encontram é o que os obriga hoje a emitir panfletos vergonhosos como este que emana do Departamento de Estado", declarou. A ambição, no entanto, não se limita ao petróleo. A ficção expostaA credibilidade da narrativa sobre o inexistente "Cartel dos Sóis" se desfaz diante das próprias declarações de atores envolvidos em operações contra a Venezuela.Por exemplo, o ex-militar norte-americano Jordan Goudreau afirmou durante uma entrevista que "o Cartel dos Sóis foi criado pela CIA nos anos 90". Goudreau, conhecido por liderar a fracassada Operação Gedeón em 2020, sustentou que "a facilitação do tráfico de drogas por parte da CIA através desse grupo está bem documentada".Diante disso, o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou no mês passado que as acusações de narcotráfico impulsionadas por Washington fazem parte de um "relato fabricado" contra seu governo.A admissão de Goudreau revela o mecanismo de fabricação de pretextos. Não se trata de uma acusação nova, mas de um roteiro reciclado que agora é enquadrado sob o rótulo de "terrorismo" para justificar ações mais agressivas.Depablos classificou essas táticas como "operações psicológicas de quarta e quinta geração, ou guerra cognitiva", destinadas a afetar o povo venezuelano — uma estratégia que, segundo ele, fracassou rotundamente.A resposta necessáriaDiante dessa escalada, que ocorre no contexto de um aumento da presença militar norte-americana no Caribe, Depablos considerou imperativa uma resposta clara por parte das nações da região.Dissuasão venezuelana e isolamento de WashingtonQualquer cálculo sobre uma intervenção militar, advertiu Depablos, deve levar em conta a capacidade dissuasiva da Venezuela.Essa rede de alianças se complementa com uma preparação militar e popular sem precedentes."A Venezuela está preparada; não apenas as Forças Armadas e seus quatro componentes [...], mas também a Polícia Nacional Bolivariana em nível nacional, regional e local, e o povo organizado em milícias, que já somam mais de três milhões de cidadãos", assinalou o especialista.Além disso, a tática militar norte-americana carece de apoio interno em ambos os países, opinou ele. "Hoje, as pesquisas mostram que o povo dos EUA, em 70%, rejeita qualquer intervenção militar contra a Venezuela", destacou.A isso se soma um Congresso norte-americano "totalmente fragmentado" e a sombra de um possível processo de impeachment contra Trump. "Venezuela é um fator determinante para que Donald Trump dê um giro em sua economia. Mas isso não será possível sem diálogo e sem diplomacia." A versão do suposto "Cartel dos Sóis" colide com a realidade de um país que, apesar das agressões, celebra "18 meses de crescimento", "o maior crescimento da região" e projeções positivas para 2026.
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Nova estratégia dos EUA contra Venezuela esconde verdadeiras intenções de Washington, diz analista
03:21 25.11.2025 (atualizado: 07:18 25.11.2025) O governo da Venezuela rejeitou e qualificou como uma "mentira ridícula" a classificação do "inexistente Cartel dos Sóis" como organização terrorista.
O chanceler Yván Gil afirmou que Washington busca reeditar "uma mentira infame e vil para justificar uma intervenção ilegítima e ilegal" contra a nação sul-americana.
A classificação do Departamento de Estado, impulsionada pelo
secretário estadunidense Marco Rubio, mostra-se uma
peça de teatro geopolítica fruto de desespero de Washington e sintomática do declínio dos EUA, para o especialista em relações internacionais e geopolítica
Wilmer Depablos:
"As relações exteriores dos Estados Unidos estão tão desprestigiadas no nível internacional que hoje essa encenação, essa ficção de classificar uma organização inexistente como organização terrorista evidencia a decadência desse império norte-americano neste momento", afirmou ele em conversa com a Sputnik.
Segundo Depablos, a farsa não é nova, mas revela tensões internas em Washington que se projetam para o exterior.
"É Marco Rubio quem estaria criando o cenário perfeito para um processo de impeachment contra o presidente Donald Trump. Enquanto este propõe uma aproximação e diálogo com o presidente Nicolás Maduro — algo que já reiterou pela quarta vez nesta semana — Rubio parece ter autonomia e independência na política externa norte-americana, totalmente contrária às últimas mensagens do chefe de Estado norte-americano."
O objetivo real: os recursos estratégicos
Para além da retórica antinarcóticos e antiterrorista, Depablos identificou um motivo muito mais tangível e cobiçado: as riquezas naturais venezuelanas. Rubio e o Departamento de Estado dos EUA "buscam, definitivamente, apropriar-se das mais importantes reservas de petróleo do mundo, que estão na Venezuela", afirmou.
"Não é segredo para ninguém que, hoje, o mundo tem 70 países com petróleo. Dentro de uma década, logo ali, apenas cinco países terão petróleo. E, claro, no hemisfério [estão] Canadá e Venezuela. No Oriente Médio, a Arábia Saudita. Serão apenas outros dois países que contarão com reservas, e eles sabem disso", acrescentou Depablos.
Essa futura escassez, agravada pelo esgotamento das reservas estratégicas dos Estados Unidos durante o governo Biden (2021–2025), explicaria, segundo o especialista, a atual urgência.
"O desespero em que se encontram é o que os obriga hoje a emitir panfletos vergonhosos como este que emana do Departamento de Estado", declarou.
A ambição, no entanto, não se limita ao petróleo.
"No caso venezuelano, não se trata apenas de petróleo, mas também de gás, ouro, diamantes, bauxita, terras raras. Somos a economia com maior riqueza na região, os Estados Unidos sabem disso. Por isso, a ala belicista à qual responde Marco Rubio sempre fará o possível para obstruir qualquer tentativa de aproximação e diálogo."
A credibilidade da narrativa sobre o inexistente "Cartel dos Sóis" se desfaz diante das próprias declarações de atores envolvidos em operações contra a Venezuela.
Por exemplo, o ex-militar norte-americano Jordan Goudreau afirmou durante uma entrevista que "o Cartel dos Sóis foi criado pela CIA nos anos 90". Goudreau, conhecido por liderar a fracassada Operação Gedeón em 2020, sustentou que "a facilitação do tráfico de drogas por parte da CIA através desse grupo está bem documentada".
Diante disso, o
presidente venezuelano Nicolás Maduro afirmou no mês passado que as acusações de narcotráfico impulsionadas por Washington fazem parte de um "relato fabricado" contra seu governo.
A admissão de Goudreau revela o mecanismo de fabricação de pretextos. Não se trata de uma acusação nova, mas de um roteiro reciclado que agora é enquadrado sob o rótulo de "terrorismo" para justificar ações mais agressivas.
Depablos classificou essas táticas como "operações psicológicas de quarta e quinta geração, ou guerra cognitiva", destinadas a afetar o povo venezuelano — uma estratégia que, segundo ele, fracassou rotundamente.
Diante dessa escalada, que ocorre no contexto de um aumento da presença militar norte-americana no Caribe, Depablos considerou imperativa uma resposta clara por parte das nações da região.
"A comunidade internacional está obrigada a rejeitar esse tipo de comunicação que atenta contra a soberania, a liberdade e a independência dos nossos povos, e que reitera a já fracassada receita imperialista que usa a mentira como arma de guerra", lembrou.
Dissuasão venezuelana e isolamento de Washington
Qualquer cálculo sobre uma intervenção militar, advertiu Depablos, deve levar em conta a capacidade dissuasiva da Venezuela.
"Donald Trump sabe que não tem apoio no exterior, que a Venezuela conta com o respaldo de Rússia, China, Irã, Coreia do Norte e dos países do BRICS, e que seria um erro terrível ousar colocar a bota imperial em território venezuelano", afirmou.
Essa rede de alianças se complementa com uma
preparação militar e popular sem precedentes.
"A Venezuela está preparada; não apenas as Forças Armadas e seus quatro componentes [...], mas também a Polícia Nacional Bolivariana em nível nacional, regional e local, e o povo organizado em milícias, que já somam mais de três milhões de cidadãos", assinalou o especialista.
Além disso, a tática militar norte-americana carece de apoio interno em ambos os países, opinou ele.
"Hoje, as pesquisas mostram que o povo dos EUA, em 70%, rejeita qualquer intervenção militar contra a Venezuela", destacou.
A isso se soma um Congresso norte-americano "totalmente fragmentado" e a sombra de um possível processo de impeachment contra Trump.
"Venezuela é um fator determinante para que Donald Trump dê um giro em sua economia. Mas isso não será possível sem diálogo e sem diplomacia."
A versão do suposto
"Cartel dos Sóis" colide com a realidade de um país que, apesar das agressões, celebra "18 meses de crescimento", "o maior crescimento da região" e projeções positivas para 2026.
"A operação psicológica fracassou. A narrativa intervencionista se esgota. E a Venezuela, em seu caminho de diálogo e resistência, demonstra que nada a detém", concluiu o especialista.
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