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Projeto arqueológico investiga como os primeiros agricultores europeus lidavam com o lixo (FOTO)

© Depositphotos.com / NeryxArqueólogo trabalhando no local com ferramentas
Arqueólogo trabalhando no local com ferramentas - Sputnik Brasil, 1920, 27.11.2025
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Um novo projeto arqueológico busca esclarecer como o lixo do período Neolítico pode ajudar a entender a adaptação dos primeiros agricultores europeus a um modo de vida mais sedentário.
Diferentemente dos grupos caçadores-coletores, essas comunidades, estabelecidas há cerca de 8 mil anos, passaram a acumular objetos e restos do cotidiano e, pela primeira vez, precisaram desenvolver estratégias para lidar com seus resíduos. Em vez de afastar o lixo das moradias, como é comum hoje, esses povos frequentemente o armazenavam em fossas dentro de seus próprios terrenos.
A professora Penny Bickle, do Departamento de Arqueologia da Universidade de York (Reino Unido), afirma que essa prática pode revelar uma relação distinta com o descarte.

"Manter o lixo perto de casa pode sugerir um senso de propriedade, talvez eles se sentissem responsáveis por seus resíduos", disse.

© Foto / Universidade de York (Reino Unido)Projeto arqueológico que explora como as comunidades neolíticas lidavam com o aumento do lixo
Projeto arqueológico que explora como as comunidades neolíticas lidavam com o aumento do lixo - Sputnik Brasil, 1920, 27.11.2025
Projeto arqueológico que explora como as comunidades neolíticas lidavam com o aumento do lixo
Ela acrescentou que alguns itens poderiam ser reaproveitados, destacando que nem todas as culturas veem o lixo como algo a ser descartado longe de casa.
O projeto, liderado por especialistas da Universidade de York e da Universidade Livre de Berlim, utiliza técnicas avançadas para identificar, por exemplo, cerâmicas que foram reutilizadas. Para o pesquisador Bruno Vindrola-Padros, da Universidade de Quiel (Alemanha), o comportamento desses povos pode ter também uma dimensão afetiva.

"Alguns objetos carregam significados que vão além do uso prático, como vemos em rituais funerários", afirmou.

Ele ressalta que compreender essas atitudes antigas pode reformular a maneira como pensamos o lixo hoje.
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Os cientistas estudarão quatro sítios arqueológicos entre os Bálcãs e o Báltico, analisando cerâmicas e ossos de animais para reconstruir a trajetória desses objetos, desde o uso inicial e o reaproveitamento até o abandono final.
A professora Henny Piezonka, da Universidade Livre de Berlim, desconfia que os primeiros agricultores não viam o lixo como um problema da mesma forma que é encarado atualmente. Por esta razão, os pesquisadores pretendem investigar essa questão com mais profundidade e entender os desafios de ter resíduos à porta de casa, bem como as oportunidades para repará-los, remodelá-los, reaproveitá-los e reutilizá-los.
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