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Evento do PT no Rio de Janeiro discute formas de 'fechar a torneira' financeira do crime organizado
Evento do PT no Rio de Janeiro discute formas de 'fechar a torneira' financeira do crime organizado
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No seminário "O PT e a Segurança Pública", lideranças do partido discutiram iniciativas eficazes de combate ao crime organizado, com foco na asfixia financeira... 01.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-01T17:20-0300
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A experiência nacional e internacional mostra que encarceramento em massa, flexibilização de armas e políticas de extermínio de jovens negros não reduzem a criminalidade nem desarticulam o crime organizado. É o que afirmou a deputada federal Benedita da Silva (PT), em discurso de abertura do seminário "O PT e a Segurança Pública", realizado nesta segunda-feira (1°) no Rio de Janeiro, no Windsor Guanabara Hotel, região central da cidade.A iniciativa é feita em parceria com a Fundação Perseu Abramo, tem duração de dois dias e visa discutir a conjuntura da segurança pública no Brasil e propostas para combater o crime organizado.Em referência às camadas sociais mais altas e baixas, Benedita considerou ser "fácil criar uma consciência bélica e fazer um apartheid onde o povo de cima é importante e o povo de baixo é exterminante". Ela destacou que uma política de segurança pública deve ser "ampla"."A segurança é para todos nós. Por que excluir a favela da segurança? Por quê? Porque lá está um gueto que eles colocaram por falta de políticas públicas para o poder [do Estado] agir", prosseguiu.Além de Benedita, participaram do evento: o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo; o dirigente do diretório nacional do PT José Dirceu; Paulo Okamoto, diretor da Perseu Abramo; o presidente do diretório do PT no Rio de Janeiro, Diego Zeidan; o presidente nacional do PT, Edinho Silva; o ex-ministro da Segurança Pública Tarso Genro; e especialistas em segurança pública.À Sputnik Brasil, Freixo afirmou que o debate da segurança pública é um dos mais importantes na sociedade hoje e criticou a agenda do governador Cláudio Castro (PL-RJ) para o setor.Edinho Silva chamou atenção para a necessidade de incluir a tecnologia no combate à criminalidade e de "asfixiar" o crime organizado financeiramente para impedir que o dinheiro seja usado para adquirir armas e drogas, corromper autoridades e policiais, e cooptar jovens em situação de vulnerabilidade."Se você não fechar a torneira do dinheiro, qualquer política de segurança pública se torna uma política populista. […] Se não tiver políticas públicas para que os jovens e os adolescentes não sejam cooptados pelo crime, também não terá uma política [de segurança] eficaz; se não tiver uma política de reinserção de apenado — porque o crime organizado está dentro dos presídios, esse que cumpriu pena também vai voltar a ser cooptado pelo crime."José Dirceu afirmou que as últimas três décadas mostraram que o combate ao crime organizado por meio de "matanças" e "execuções" é ineficaz e apenas agrava o problema. Ele citou como exemplos mais eficientes abordagens como a da operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF), que mirou o fluxo financeiro do crime organizado rastreando brechas usadas por criminosos no sistema regulatório do mercado de capitais.Dirceu apontou ainda ser necessária a criação de um ministério dedicado apenas à segurança pública."A segurança pública exige uma administração própria, um ministério próprio, e por isso mesmo o governo propôs a PEC da Segurança Pública, está propondo um 'SUS' da segurança pública; existe um Fundo Nacional de Segurança Pública, um fundo nacional penitenciário."Benedita, em coletiva, opinou que "não é possível suportar" o modelo de segurança implementado em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.Ela também confirmou a jornalistas que pretende disputar uma vaga no Senado nas próximas eleições. Segundo Benedita, a ocupação do PT no Senado "faz parte da estratégia do partido"."A gente tem que ter uma estratégia muito grande de representantes futuros […], seja como governo ou dentro do Legislativo."
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Evento do PT no Rio de Janeiro discute formas de 'fechar a torneira' financeira do crime organizado
17:20 01.12.2025 (atualizado: 13:27 05.12.2025) No seminário "O PT e a Segurança Pública", lideranças do partido discutiram iniciativas eficazes de combate ao crime organizado, com foco na asfixia financeira das organizações criminosas e no uso de inteligência e tecnologia.
A experiência nacional e internacional mostra que encarceramento em massa, flexibilização de armas e políticas de extermínio de jovens negros não reduzem a criminalidade nem desarticulam o crime organizado. É o que afirmou a deputada federal Benedita da Silva (PT), em discurso de abertura do seminário "O PT e a Segurança Pública", realizado nesta segunda-feira (1°) no Rio de Janeiro, no Windsor Guanabara Hotel, região central da cidade.
A iniciativa é feita em parceria com a Fundação Perseu Abramo, tem duração de dois dias e visa discutir a conjuntura da segurança pública no Brasil e propostas para combater o crime organizado.
"É fundamental lembrarmos das raízes profundas dos problemas que enfrentamos hoje: a desigualdade social e espacial; a concentração de oportunidades; o mercado ilegal de armas e drogas; e a fragilidade de políticas públicas essenciais, como educação e saúde", enumerou Benedita.
Em referência às camadas sociais mais altas e baixas, Benedita
considerou ser "fácil criar uma consciência bélica e fazer um apartheid onde o povo de cima é importante e o povo de baixo é exterminante". Ela destacou que uma
política de segurança pública deve ser "ampla".
"A segurança é para todos nós. Por que excluir a favela da segurança? Por quê? Porque lá está um gueto que eles colocaram por falta de políticas públicas para o poder [do Estado] agir", prosseguiu.
Além de Benedita, participaram do evento: o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo; o dirigente do diretório nacional do PT José Dirceu; Paulo Okamoto, diretor da Perseu Abramo; o presidente do diretório do PT no Rio de Janeiro, Diego Zeidan; o presidente nacional do PT, Edinho Silva; o ex-ministro da Segurança Pública Tarso Genro; e especialistas em segurança pública.
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Sputnik Brasil, Freixo afirmou que o debate da segurança pública é um dos mais importantes na sociedade hoje e criticou a agenda do governador
Cláudio Castro (PL-RJ) para o setor.
Edinho Silva chamou atenção para a necessidade de incluir a tecnologia no combate à criminalidade e de "asfixiar" o crime organizado financeiramente para impedir que o dinheiro seja usado para adquirir armas e drogas, corromper autoridades e policiais, e cooptar jovens em situação de vulnerabilidade.
"Se você não fechar a torneira do dinheiro, qualquer política de segurança pública se torna uma política populista. […] Se não tiver políticas públicas para que os jovens e os adolescentes não sejam cooptados pelo crime, também não terá uma política [de segurança] eficaz; se não tiver uma política de reinserção de apenado — porque o crime organizado está dentro dos presídios, esse que cumpriu pena também vai voltar a ser cooptado pelo crime."
José Dirceu afirmou que as últimas três décadas mostraram que o combate ao crime organizado por meio de
"matanças" e
"execuções" é
ineficaz e apenas agrava o problema. Ele citou como exemplos mais eficientes abordagens como a da operação Carbono Oculto, da Polícia Federal (PF), que mirou o fluxo financeiro do crime organizado rastreando brechas usadas por criminosos no sistema regulatório do mercado de capitais.
"Será que a operação que foi feita no [Complexo do] Alemão e na Penha tem resultados, apesar do apoio popular? Se não tem resultado, como nós vamos impedir que esse estado de coisas continue, essa insegurança, que você não pode sair com um anel, uma aliança no dedo, você não pode sair com um colar, com um celular, com um relógio nas ruas?", questionou.
Dirceu apontou ainda ser necessária a criação de um ministério dedicado apenas à segurança pública.
"A segurança pública exige uma administração própria, um ministério próprio, e por isso mesmo o governo propôs a PEC da Segurança Pública, está propondo um 'SUS' da segurança pública; existe um Fundo Nacional de Segurança Pública, um fundo nacional penitenciário."
Benedita, em coletiva, opinou que "não é possível suportar" o modelo de segurança implementado em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
"Uma política de segurança sem inteligência, sem planejamento. O que nós queremos é assegurar que nós não vamos botar os trabalhadores, que são os policiais, na frente de um batalhão bem-armado sem ter uma estratégia e um planejamento para que o resultado não seja aquele que nós queremos, que é prender, que é esvaziar o bolso do traficante. E esses não estão na favela."
Ela também confirmou a jornalistas que pretende disputar uma vaga no Senado nas próximas eleições. Segundo Benedita, a ocupação do PT no Senado "faz parte da estratégia do partido".
"A gente tem que ter uma estratégia muito grande de representantes futuros […], seja como governo ou dentro do Legislativo."
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