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Plano europeu de guerra contra a Rússia é devaneio de elite política fora da realidade, diz analista

© AP Photo / Ministério da Defesa da RússiaSoldados do Exército russo disparam contra um drone ucraniano em um local não divulgado na Ucrânia, em 10 de novembro de 2025
Soldados do Exército russo disparam contra um drone ucraniano em um local não divulgado na Ucrânia, em 10 de novembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 02.12.2025
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À Sputnik Brasil, especialista diz que os preparativos da Europa para um confronto com a Rússia refletem a busca por alguma relevância no cenário global, após a constatação de subordinação por décadas aos EUA, e alerta que o embate causaria uma guerra talvez nunca antes vista no continente.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, alertou ontem (1º) que a Europa está se preparando para uma guerra contra a Rússia e que a aposta agora é se será possível evitar a completa destruição do continente.
A fala de Szijjarto está alinhada a de analistas internacionais que apontam que países europeus elevaram significativamente os gastos militares de modo a estarem prontos, já em 2029, para um conflito contra a Rússia a ser travado em 2030.
As análises apontam que, entre as ações contra a Rússia cogitadas pelos europeus, estão operações cibernéticas, ofensivas conjuntas e exercícios militares surpresa liderados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O pretexto seria uma retaliação a supostas provocações russas com drones no espaço aéreo de países europeus.
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À Sputnik Brasil, o mestre em relações internacionais pela Universidade Estatal de São Petersburgo, escritor e analista político Valdir Bezerra afirma que a Europa age dessa forma pelo receio de manter-se irrelevante do ponto de vista geoestratégico global e pela constatação de sua subordinação de décadas aos EUA no âmbito de defesa.

"Seja como for, alimentar a ideia de um confronto direto com a Rússia é algo absurdo. A história já demonstrou que quando determinadas potências europeias, apoiadas por diversos países do continente, tentaram subjugar a Rússia militarmente, o resultado não foi lá muito positivo para os europeus, para dizer o mínimo", afirma.

Ele avalia que o confronto cogitado pelos europeus pode ser mais uma forma de sabotar as negociações do fim do conflito ucraniano, e lembra que a Europa já tem sabotado as iniciativas de paz por meio de declarações de seus líderes principais, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que defendem o envio de tropas franco-britânicas para a Ucrânia, ou mesmo por seu apoio à continuidade da ajuda financeiro-militar a Kiev.
"O grande problema da Europa, na verdade, foi ter acreditado na falsa suposição de que a Rússia pretende atacar o continente no futuro, algo que somente a russofobia entranhada em sua elite política pode explicar."
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O analista alerta que um confronto entre países europeus e a Rússia causaria uma guerra talvez nunca antes vista no continente, já em crise por conta do conflito ucraniano, com impactos diretos – e negativos – na economia e no ânimo das populações envolvidas.
"Todavia, a verdade é que os cidadãos europeus não têm a menor intenção de embarcar numa aventura dessas. Esse tipo de devaneio, ou seja, de entrar em conflito com a Rússia, é algo típico de uma elite política completamente dissociada da realidade e que não é capaz de medir as consequências de seus atos irresponsáveis", aponta.
Para Bezerra, os europeus se opõem a uma negociação com a Rússia para a paz na Ucrânia porque entendem a sua pouca relevância no processo decisório global.
"Até por isso que as principais tentativas de retomada das negociações acerca da Ucrânia têm se dado entre os atores principais desse enredo, EUA e Rússia, que, cada um a seu modo, podem ser considerados países verdadeiramente soberanos nas relações internacionais. O mesmo não se pode dizer da Europa, razão pela qual sua liderança tem tentado atrapalhar o processo de paz", conclui o analista.
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