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EUA têm entendimento próprio sobre por que conflito na Ucrânia deve terminar logo, afirma Putin
EUA têm entendimento próprio sobre por que conflito na Ucrânia deve terminar logo, afirma Putin
Sputnik Brasil
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (4) que o seu homólogo Donald Trump e os Estados Unidos estão buscando ativamente uma... 04.12.2025, Sputnik Brasil
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Em entrevista ao India Today, em Moscou, o presidente da Rússia, Vladimir Putin abordou temas de importância global, desde os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, as relações russo-americanas e a parceria bilateral com Nova Deli.O líder russo destacou que o mundo passa hoje por uma mudanças aceleradas, com novos polos de desenvolvimento estão surgindo, e o Sul Global, incluindo o sul da Ásia ascendendo.A entrevista foi motivada pela visita de Putin à Nova Deli, onde se encontrará com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Ambas as nações são aliadas no combate ao terrorismo.Sobre as relações Rússia-Índia, Putin enfatizou que seus país agem apenas em benefício de seus próprios povos e não são contrários a nenhuma outra nação. O presidente também destacou a parceria entre ambos, lembrando que a parceria no setor de defesa é antiga e ímpar em todo o mundo. Em sua fala, ele adiantou que haverá declarações importantes sobre cooperação nuclear após as conversas bilaterais. Como exemplo da parceria dos dois países, Putin ressaltou a central nuclear de Kudankulam, de seis reatores e capacidade de 6 mil megawatts.A Rússia é o maior exportador de tecnologia nuclear pacífica do mundo. Sua empresa estatal, a Rosatom,possui 22 unidades em construção ao redor do mundo. A Rússia é também o único país do mundo capaz de produzir pequenos reatores nucleares (SMRs).No tema nuclear, ele voltou a questionar as tentativas de impor restrições à compra de produtos energéticos russos pela Índia, lembrando que apesar das sanções da Casa Branca, os Estados Unidos continuam comprando combustível nuclear russoEntrando no tema da relação bilateral com os Estados Unidos, Putin disse que Trump e Washington têm seus próprios entendimentos sobre por que o conflito na Ucrânia deve ser encerrado o mais rápido possível, acrescentando que o republicano é guiado pelos próprios interesses, assim como a Rússia é guiada pelos seus.O presidente russo também destacou que o seu homólogo norte-americano fala constantemente sobre seu desejo de reduzir as perdas na situação na Ucrânia, o que Putin julga ser sincero.Putin também se recusou a adjetivar Trump, acrescentando que "tais avaliações devem ser feitas pelos cidadãos do país que elegem seu líder nas eleições".Já sobre o conflito ucraniano, ele lembrou que a gota d'água para seu desencadeamento foi golpe de Estado que ocorreu em 2014, quando o Ocidente iniciou uma guerra de procuração contra a Rússia usando "mãos ucranianas".Ele recordou ainda que não houve uma "anexação" da Crimeia, mas sim que seus habitantes rejeitaram o golpe a Rússia ajudou os cidadãos. Por oito anos Moscou tentou encontrar uma saída pacífica para o problema.
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EUA têm entendimento próprio sobre por que conflito na Ucrânia deve terminar logo, afirma Putin
13:02 04.12.2025 (atualizado: 22:06 04.12.2025) O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (4) que o seu homólogo Donald Trump e os Estados Unidos estão buscando ativamente uma solução para o conflito na Ucrânia.
Em entrevista ao India Today, em Moscou, o presidente da Rússia, Vladimir Putin abordou temas de importância global, desde os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, as relações russo-americanas e a parceria bilateral com Nova Deli.
O líder russo destacou que o mundo passa hoje por uma mudanças aceleradas, com novos polos de desenvolvimento estão surgindo, e o Sul Global, incluindo o sul da Ásia ascendendo.
A entrevista foi motivada pela visita de Putin à Nova Deli, onde se encontrará com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Ambas as nações são aliadas no combate ao terrorismo.
Sobre as relações Rússia-Índia, Putin enfatizou que seus país agem apenas em benefício de seus próprios povos e não são contrários a nenhuma outra nação. O presidente também destacou a parceria entre ambos, lembrando que a parceria no setor de defesa é antiga e ímpar em todo o mundo.
"Não estamos apenas vendendo, estamos compartilhando tecnologia, e isso é muito raro no campo da cooperação militar-técnica, o que mostra o nível da nossa confiança interestatal."
Em sua fala, ele adiantou que haverá declarações importantes sobre cooperação nuclear após as conversas bilaterais. Como exemplo da
parceria dos dois países, Putin ressaltou a
central nuclear de Kudankulam, de seis reatores e capacidade de 6 mil megawatts.
A Rússia é o maior exportador de tecnologia nuclear pacífica do mundo. Sua empresa estatal, a Rosatom,possui 22 unidades em construção ao redor do mundo. A Rússia é também o único país do mundo capaz de produzir pequenos reatores nucleares (SMRs).
No tema nuclear, ele voltou a questionar as tentativas de impor restrições à compra de produtos energéticos russos pela Índia, lembrando que apesar das sanções da Casa Branca, os Estados Unidos continuam comprando combustível nuclear russo
Entrando no tema da relação bilateral com os Estados Unidos,
Putin disse que
Trump e Washington têm seus próprios entendimentos sobre por que o conflito na Ucrânia deve ser encerrado o mais rápido possível, acrescentando que o republicano é guiado pelos próprios interesses, assim como a Rússia é guiada pelos seus.
"Ele segue sua própria política e tem assessores. Suas decisões não são tomadas de forma impulsiva. Ele tem assessores que acreditam que a implementação de tal política tarifária, que envolve a imposição de tarifas adicionais sobre os parceiros comerciais, beneficia, em última análise, a economia americana."
O presidente russo também destacou que o
seu homólogo norte-americano fala constantemente sobre seu
desejo de reduzir as perdas na situação na Ucrânia, o que Putin julga ser sincero.
"Permitam-me enfatizar mais uma vez. Os EUA podem ter vários motivos. Motivos humanitários — para Trump pessoalmente, já que ele geralmente quer acabar com os combates e evitar mais perdas de vidas. Mas também podem existir interesses políticos relacionados ao fim do impasse entre a Rússia e a Ucrânia, ou motivos econômicos — incidentalmente, no setor de energia e em outras áreas."
Putin também se recusou a adjetivar Trump, acrescentando que "tais avaliações devem ser feitas pelos cidadãos do país que elegem seu líder nas eleições".
Já sobre o conflito ucraniano, ele lembrou que a gota d'água para seu desencadeamento foi golpe de Estado que ocorreu em 2014, quando o Ocidente iniciou uma guerra de procuração contra a Rússia usando "mãos ucranianas".
Ele recordou ainda que não houve uma "anexação" da Crimeia, mas sim que seus habitantes rejeitaram o golpe a Rússia ajudou os cidadãos. Por oito anos Moscou tentou encontrar uma saída pacífica para o problema.
"Não se trata de vitória, trata-se de proteger nossos interesses e as pessoas."
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