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Pressão tarifária dos EUA leva China a expandir vendas no Sudeste Asiático, diz mídia

© Foto / XinhuaVista aérea do cais de contêineres do porto de Zhoushan, na cidade de Ningbo, província de Zhejiang, leste da China, em 12 de julho de 2017
Vista aérea do cais de contêineres do porto de Zhoushan, na cidade de Ningbo, província de Zhejiang, leste da China, em 12 de julho de 2017 - Sputnik Brasil, 1920, 07.12.2025
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O avanço do protecionismo dos EUA está impulsionando uma reorientação comercial na Ásia, com as exportações chinesas para o Sudeste Asiático a crescerem rapidamente e a atingirem níveis recorde. Pressionada pela guerra comercial, Pequim reforça laços regionais enquanto países vizinhos enfrentam a concorrência de produtos chineses mais baratos.
As exportações chinesas para o Sudeste Asiático aceleraram de forma significativa, impulsionadas pelo ambiente de protecionismo crescente nos Estados Unidos. De acordo com o Financial Times (FT), a guerra comercial intensificada por Washington levou Pequim a reforçar seus laços econômicos com os vizinhos, resultando em um salto expressivo nas vendas para a região.
Entre janeiro e setembro, as exportações da China para as seis maiores economias do Sudeste Asiático cresceram 23,5%, passando de US$ 330 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) para US$ 407 bilhões (mais de R$ 2,2 trilhões). Esse avanço consolida uma tendência de cinco anos em que as vendas chinesas para esses mercados dobraram, ao mesmo tempo em que o superávit comercial de Pequim com a região atingiu níveis recorde.
Segundo especialistas ouvidos pelo FT, parte desse crescimento decorre de estratégias para contornar as tarifas impostas pelos EUA, que chegam a cerca de 47% sobre produtos chineses — muito acima das taxas médias de 19% aplicadas por países do Sudeste Asiático. Washington, por sua vez, tem alertado empresas contra o redirecionamento de mercadorias via terceiros países, ameaçando aplicar tarifas adicionais de "transbordo".
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Segundo o economista Roland Rajah, do Lowy Institute, a atual onda de exportações difere das anteriores por ser mais "pró-crescimento". Ele estima que até 60% das exportações chinesas para a região consistem em componentes destinados à montagem local e posterior reexportação, reforçando cadeias produtivas regionais.
No mercado de bens de consumo, a China vem consolidando sua posição como principal fornecedora, impulsionada pelo excesso de oferta e pela busca de novos destinos comerciais. Falando à apuração, economistas como Doris Liew destacam que o Sudeste Asiático se tornou o destino natural desse fluxo, graças à proximidade geográfica, à logística favorável e à escala de mercado.
O setor automotivo ilustra de forma clara essa mudança: consumidores da região têm trocado veículos japoneses por modelos elétricos chineses mais acessíveis, especialmente da BYD. A participação das montadoras japonesas caiu de 77% na década de 2010 para 62% em 2025, enquanto a China saltou de quase zero para mais de 5% das vendas anuais.
Diante da pressão competitiva, alguns governos do Sudeste Asiático tentaram impor barreiras às importações chinesas, mas medidas fragmentadas têm mostrado pouco efeito.
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