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Pressão tarifária dos EUA leva China a expandir vendas no Sudeste Asiático, diz mídia
Pressão tarifária dos EUA leva China a expandir vendas no Sudeste Asiático, diz mídia
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O avanço do protecionismo dos EUA está impulsionando uma reorientação comercial na Ásia, com as exportações chinesas para o Sudeste Asiático a crescerem... 07.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-07T06:09-0300
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As exportações chinesas para o Sudeste Asiático aceleraram de forma significativa, impulsionadas pelo ambiente de protecionismo crescente nos Estados Unidos. De acordo com o Financial Times (FT), a guerra comercial intensificada por Washington levou Pequim a reforçar seus laços econômicos com os vizinhos, resultando em um salto expressivo nas vendas para a região.Entre janeiro e setembro, as exportações da China para as seis maiores economias do Sudeste Asiático cresceram 23,5%, passando de US$ 330 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) para US$ 407 bilhões (mais de R$ 2,2 trilhões). Esse avanço consolida uma tendência de cinco anos em que as vendas chinesas para esses mercados dobraram, ao mesmo tempo em que o superávit comercial de Pequim com a região atingiu níveis recorde.Segundo especialistas ouvidos pelo FT, parte desse crescimento decorre de estratégias para contornar as tarifas impostas pelos EUA, que chegam a cerca de 47% sobre produtos chineses — muito acima das taxas médias de 19% aplicadas por países do Sudeste Asiático. Washington, por sua vez, tem alertado empresas contra o redirecionamento de mercadorias via terceiros países, ameaçando aplicar tarifas adicionais de "transbordo".Segundo o economista Roland Rajah, do Lowy Institute, a atual onda de exportações difere das anteriores por ser mais "pró-crescimento". Ele estima que até 60% das exportações chinesas para a região consistem em componentes destinados à montagem local e posterior reexportação, reforçando cadeias produtivas regionais.No mercado de bens de consumo, a China vem consolidando sua posição como principal fornecedora, impulsionada pelo excesso de oferta e pela busca de novos destinos comerciais. Falando à apuração, economistas como Doris Liew destacam que o Sudeste Asiático se tornou o destino natural desse fluxo, graças à proximidade geográfica, à logística favorável e à escala de mercado.O setor automotivo ilustra de forma clara essa mudança: consumidores da região têm trocado veículos japoneses por modelos elétricos chineses mais acessíveis, especialmente da BYD. A participação das montadoras japonesas caiu de 77% na década de 2010 para 62% em 2025, enquanto a China saltou de quase zero para mais de 5% das vendas anuais.Diante da pressão competitiva, alguns governos do Sudeste Asiático tentaram impor barreiras às importações chinesas, mas medidas fragmentadas têm mostrado pouco efeito.
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Pressão tarifária dos EUA leva China a expandir vendas no Sudeste Asiático, diz mídia
O avanço do protecionismo dos EUA está impulsionando uma reorientação comercial na Ásia, com as exportações chinesas para o Sudeste Asiático a crescerem rapidamente e a atingirem níveis recorde. Pressionada pela guerra comercial, Pequim reforça laços regionais enquanto países vizinhos enfrentam a concorrência de produtos chineses mais baratos.
As
exportações chinesas para o Sudeste Asiático aceleraram de forma significativa, impulsionadas pelo ambiente de protecionismo crescente nos Estados Unidos. De
acordo com o Financial Times (FT), a guerra comercial intensificada por Washington
levou Pequim a reforçar seus laços econômicos com os vizinhos, resultando em um salto expressivo nas vendas para a região.
Entre janeiro e setembro, as exportações da China para as seis maiores economias do Sudeste Asiático cresceram 23,5%, passando de US$ 330 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) para US$ 407 bilhões (mais de R$ 2,2 trilhões). Esse
avanço consolida uma tendência de cinco anos em que as vendas chinesas para esses mercados dobraram, ao mesmo tempo em que o
superávit comercial de Pequim com a região atingiu níveis recorde.
Segundo especialistas ouvidos pelo FT, parte desse crescimento decorre de estratégias para
contornar as tarifas impostas pelos EUA, que chegam a cerca de 47% sobre produtos chineses —
muito acima das taxas médias de 19% aplicadas por países do Sudeste Asiático. Washington, por sua vez, tem alertado empresas contra o redirecionamento de mercadorias via terceiros países, ameaçando aplicar tarifas adicionais de "transbordo".
Segundo o economista Roland Rajah, do Lowy Institute, a atual onda de exportações difere das anteriores por ser mais "pró-crescimento". Ele estima que até 60% das exportações chinesas para a região
consistem em componentes destinados à montagem local e
posterior reexportação, reforçando cadeias produtivas regionais.
No mercado de bens de consumo, a China vem consolidando sua posição como principal fornecedora,
impulsionada pelo excesso de oferta e pela busca de novos destinos comerciais. Falando à apuração, economistas como Doris Liew destacam que o Sudeste Asiático se tornou o destino natural desse fluxo, graças à proximidade geográfica, à
logística favorável e à escala de mercado.
O setor automotivo ilustra de forma clara essa mudança:
consumidores da região têm trocado veículos japoneses por modelos elétricos chineses mais acessíveis,
especialmente da BYD. A participação das montadoras japonesas caiu de 77% na década de 2010 para 62% em 2025, enquanto a China saltou de quase zero para mais de 5% das vendas anuais.
Diante da pressão competitiva, alguns governos do Sudeste Asiático tentaram impor barreiras às importações chinesas, mas medidas fragmentadas têm mostrado pouco efeito.
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