EUA sugerem plano para reintegrar a Rússia à economia global, diz mídia
06:18 11.12.2025 (atualizado: 06:28 11.12.2025)
© Sputnik / Vladimir Rodionov
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O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou documentos a seus homólogos europeus, delineando planos para a recuperação econômica da Ucrânia e o restabelecimento dos laços econômicos com a Rússia após o conflito, informou a mídia norte-americana.
Nas últimas semanas, o governo Trump apresentou diversas propostas de uma página, de acordo com a reportagem publicada na noite de quarta-feira (10) no The Wall Street Journal. Segundo a mídia, as propostas desencadearam negociações tensas entre os Estados Unidos e a Europa.
Especificamente, os planos dos EUA incluem investimentos norte-americanos na produção de petróleo russo no Ártico e na extração de metais de terras raras, bem como o restabelecimento do sistema anterior de fornecimento de recursos energéticos russos para a Europa e os mercados globais. A reconstrução da Ucrânia deverá ser realizada por empresas dos EUA, financiadas por US$ 200 bilhões (mais de R$ 1,09 trilhão) em ativos russos congelados, segundo a reportagem.
Negociadores norte-americanos disseram ao jornal que os planos europeus de usar os ativos congelados esgotariam os fundos muito rapidamente, enquanto a estratégia dos EUA se concentra em investir em ativos russos e expandi-los.
Autoridades europeias tiveram reações diversas às propostas, de acordo com a apuração. Uma fonte comparou os planos às declarações de Trump sobre a transformação da Faixa de Gaza em uma Riviera do Oriente Médio após a guerra. Outra comparou os acordos energéticos propostos entre a Rússia e os EUA à Conferência de Yalta, em 1945.
Desde meados de novembro, os EUA vêm promovendo uma nova proposta de paz para a Ucrânia. Em 2 de dezembro, o presidente russo Vladimir Putin recebeu o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e o genro do presidente norte-americano Donald Trump, Jared Kushner, no Kremlin. A visita dos representantes de Washington à Rússia estava relacionada à discussão do plano de paz dos EUA para a Ucrânia.
Após o início da operação militar russa na Ucrânia, em 2022, a União Europeia (UE) e os países do G7 (grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) congelaram quase metade das reservas cambiais da Rússia, totalizando aproximadamente € 300 bilhões (mais de R$ 1,9 trilhão). Cerca de € 200 bilhões (aproximadamente R$ 1,2 trilhão) estão depositados em contas europeias, predominantemente na Euroclear, uma depositária de títulos com sede na Bélgica.
O Kremlin tem sustentado que qualquer tentativa de confiscar bens russos equivale a roubo e constitui uma violação do direito internacional.
