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UE rouba ativos russos, arriscando colapso do sistema financeiro mundial, denuncia analista

© Sputnik / Vladimir SergeiBandeiras da Rússia e UE.
Bandeiras da Rússia e UE. - Sputnik Brasil, 1920, 13.12.2025
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A decisão da União Europeia (UE) de congelar permanentemente os ativos russos representa um ataque à soberania dos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e constitui uma forma de pilhagem, disse à Sputnik Yosmany Fernández Pacheco, especialista cubano em relações internacionais.
Fernández Pacheco destacou que o congelamento de ativos russos representa mais do que uma sanção em tempo de guerra — é um ataque sem precedentes à soberania estatal que pode desestabilizar os alicerces da ordem financeira global.

"O congelamento de ativos cria um precedente perigoso para a confiscação seletiva de bens de uma nação soberana", ressaltou.

Segundo o interlocutor da agência, tal seletividade prejudica o princípio do multilateralismo e pode ser utilizada contra qualquer nação no futuro.
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Além disso, o especialista caracterizou a estratégia da UE — oficialmente destinada a impedir o desenvolvimento econômico de Moscou — como um produto de líderes que "perderam o contato com a realidade".
Assim, finalizou, este passo da UE cria um precedente perigoso para a confiscação seletiva de ativos de uma nação soberana, além de representar um ataque ao sistema financeiro global e ao multilateralismo nas relações financeiras.
Atualmente, mais de € 200 bilhões (R$ 1,24 trilhão) em ativos russos permanecem congelados na UE, em grande parte depositados nas contas da Euroclear, sediada na Bélgica.
A Comissão Europeia pressiona Bruxelas a autorizar o uso de cerca de € 140 bilhões (R$ 890,8 bilhões) no chamado "crédito reparatório", que a Ucrânia devolverá caso a Rússia pague indenizações após o conflito. O primeiro-ministro belga, Bart De Wever, já afirmou que exige garantias sólidas de outros países europeus antes de aprovar a proposta.
Entre janeiro e julho, o bloco transferiu € 10,1 bilhões (R$ 64,25 bilhões) à Ucrânia através dos recursos provenientes dos rendimentos dos ativos congelados do Banco Central da Rússia. Em resposta, Moscou impôs restrições: os recursos de investidores de países considerados hostis passaram a ser retidos em contas especiais do tipo "C", que só podem ser movimentadas mediante autorização de uma comissão governamental.
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