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Mineradoras de Goiás recebem apoio dos EUA e ampliam disputa por terras raras, diz mídia
Mineradoras de Goiás recebem apoio dos EUA e ampliam disputa por terras raras, diz mídia
Sputnik Brasil
Mesmo sem acordo entre Brasil e EUA sobre minerais críticos, as mineradoras Serra Verde e Aclara já fecharam financiamentos com o banco estatal americano DFC... 15.12.2025, Sputnik Brasil
2025-12-15T06:23-0300
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Apesar de Brasil e Estados Unidos ainda não terem firmado um acordo governamental sobre minerais críticos, duas mineradoras com projetos avançados de terras raras em Goiás — Serra Verde e Aclara — já garantiram financiamentos do banco estatal americano DFC, abrindo caminho para que os EUA tenham prioridade no acesso à produção brasileira.Segundo apuração da Folha de S.Paulo, os contratos, que podem evoluir para participações acionárias, reforçam o interesse norte-americano em diversificar fornecedores e reduzir a dependência da China, responsável por 60% da extração global e 90% do refino de terras raras. Para o Brasil, porém, esses movimentos podem diminuir seu poder de barganha em futuras negociações bilaterais.A Serra Verde, única produtora de terras raras em operação no país, anunciou um empréstimo de US$ 465 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões) do DFC para ampliar sua mina em Goiás. Embora os termos não tenham sido divulgados, especialistas afirmaram à Folha ser provável que a empresa tenha se comprometido a direcionar parte da produção ao mercado norte-americano.A mineradora já ajustou contratos com clientes chineses para permitir o envio de material a compradores ocidentais. Hoje, apenas refinarias na China e na Malásia conseguem separar os elementos de terras raras, mas os EUA têm investido bilhões para desenvolver sua própria capacidade industrial para poder competir com Pequim.A Aclara, também com projeto avançado em Goiás, recebeu US$ 5 milhões (cerca de R$ 27 milhões) do DFC para concluir estudos de viabilidade e anunciou que construirá, até 2028, uma refinaria nos EUA para processar o concentrado extraído no Brasil. De acordo com a apuração, a planta norte-americana, segundo a empresa, poderá suprir mais de 75% da demanda dos EUA por terras raras pesadas para veículos elétricos.A empresa afirma que o financiamento não obriga o envio da produção aos EUA, mas a decisão de instalar o refino fora do Brasil contraria o interesse do governo brasileiro, que defende agregar valor internamente como condição para um acordo com Washington. Ainda assim, as negociações entre os dois países seguem sem avanços concretos.Modelos internacionais mostram caminhos possíveis: os EUA firmaram recentemente um acordo bilionário com a Austrália para fortalecer o processamento de minerais críticos. Especialistas, porém, avaliam que o Brasil, por ter um setor de mineração aberto ao capital estrangeiro, não depende necessariamente de pactos governamentais para atrair investimentos.Mesmo assim, há interesse norte-americano em formalizar entendimentos com o Brasil, garantindo prioridade no acesso a minerais estratégicos — como já ocorreu em acordo recente entre os EUA e a República Democrática do Congo. Esses movimentos reforçam a disputa global por cadeias de suprimento menos dependentes da China.
https://noticiabrasil.net.br/20251030/terras-raras-especialistas-explicam-por-que-parceria-com-os-eua-nao-faz-sentido-44734212.html
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Mineradoras de Goiás recebem apoio dos EUA e ampliam disputa por terras raras, diz mídia
Mesmo sem acordo entre Brasil e EUA sobre minerais críticos, as mineradoras Serra Verde e Aclara já fecharam financiamentos com o banco estatal americano DFC, abrindo caminho para que os Estados Unidos garantam prioridade no acesso às terras raras extraídas em Goiás.
Apesar de Brasil e Estados Unidos ainda não terem firmado um acordo governamental sobre minerais críticos, duas mineradoras com
projetos avançados de terras raras em Goiás — Serra Verde e Aclara — já
garantiram financiamentos do banco estatal americano DFC, abrindo caminho para que os EUA tenham prioridade no acesso à produção brasileira.
Segundo
apuração da Folha de S.Paulo, os contratos, que
podem evoluir para participações acionárias, reforçam o
interesse norte-americano em diversificar fornecedores e reduzir a dependência da China, responsável por 60% da extração global e 90% do refino de terras raras. Para o Brasil, porém, esses movimentos podem diminuir seu poder de barganha em futuras negociações bilaterais.
A Serra Verde, única
produtora de terras raras em operação no país, anunciou um empréstimo de US$ 465 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões) do DFC para ampliar sua mina em Goiás. Embora os termos não tenham sido divulgados, especialistas afirmaram à Folha ser provável que a
empresa tenha se comprometido a direcionar parte da produção ao mercado norte-americano.
A mineradora já ajustou contratos com clientes chineses para permitir o envio de material a compradores ocidentais. Hoje,
apenas refinarias na China e na Malásia conseguem separar os elementos de terras raras, mas os
EUA têm investido bilhões para desenvolver sua própria capacidade industrial para poder competir com Pequim.
A Aclara, também com projeto avançado em Goiás, recebeu US$ 5 milhões (cerca de R$ 27 milhões) do DFC para
concluir estudos de viabilidade e anunciou que construirá, até 2028, uma refinaria nos EUA para
processar o concentrado extraído no Brasil. De acordo com a apuração, a planta norte-americana, segundo a empresa, poderá suprir mais de 75% da demanda dos EUA por terras raras pesadas para veículos elétricos.
A empresa afirma que o financiamento não obriga o envio da produção aos EUA, mas a decisão de instalar o
refino fora do Brasil contraria o interesse do governo brasileiro, que defende agregar valor internamente como condição para um acordo com Washington. Ainda assim, as negociações entre os dois países
seguem sem avanços concretos.
Modelos internacionais mostram caminhos possíveis: os EUA firmaram recentemente um acordo bilionário com a Austrália para fortalecer o processamento de minerais críticos. Especialistas, porém, avaliam que o Brasil, por ter um setor de mineração aberto ao capital estrangeiro, não depende necessariamente de pactos governamentais para atrair investimentos.
Mesmo assim, há interesse norte-americano em formalizar entendimentos com o Brasil, garantindo prioridade no acesso a
minerais estratégicos — como já ocorreu em acordo recente entre os EUA e a República Democrática do Congo. Esses movimentos
reforçam a disputa global por cadeias de suprimento menos dependentes da China.
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