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Líder ucraniano pode recorrer a vários truques para adiar data das eleições, opina especialista

© AP Photo / Kin CheungVladimir Zelensky olha para a imprensa em Downing Street, Londres, 8 de dezembro de 2025
Vladimir Zelensky olha para a imprensa em Downing Street, Londres, 8 de dezembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 16.12.2025
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Ao perceber que uma votação justa não garantiria sua reeleição, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky pode recorrer a diversos artifícios para adiar a data das eleições na Ucrânia ou criar condições que tornem o pleito inviável, afirmou à Sputnik o analista político-militar de Belarus, Aleksandr Tikhansky.
O especialista observou que o risco de fracasso das eleições presidenciais na Ucrânia é elevado e que o atual líder do país, ao constatar as baixas chances de vitória em uma eventual votação, tenderá a lançar mão de manobras para impedir a realização do pleito.
Tikhansky destacou ainda que falsificações em larga escala são atualmente improváveis devido à influência do Ocidente. Por esse motivo, segundo ele, Zelensky deve tentar transferir para Washington a responsabilidade por garantir a segurança das eleições.

"A influência do Ocidente é hoje um fator de contenção para a falsificação. Manipulações em grande escala são pouco prováveis. É por isso que Zelensky, ao falar sobre prontidão para eleições em tempo de guerra, tenta tomar a iniciativa e transferir a responsabilidade de 'garantir a segurança' para Washington", avaliou o analista.

Segundo ele, a estratégia de Zelensky consiste em "jogar com as dificuldades e transferir responsabilidades". As declarações sobre uma suposta prontidão para realizar eleições teriam caráter tático e visariam criar uma aparência de compromisso democrático.

"A declaração de prontidão para as eleições é mais uma jogada tática. Zelensky cria uma aparência de democracia, ao mesmo tempo em que apresenta exigências irrealistas em termos de segurança e financiamento, o que acabará por tornar extremamente difícil a realização do pleito nas condições atuais", disse Tikhansky.

O especialista também enfatizou que o Ocidente provavelmente terá um papel decisivo na definição do destino das eleições na Ucrânia, pressionando as autoridades de Kiev e apoiando candidatos que, em sua avaliação, sejam capazes de garantir "estabilidade e progresso no país".

"A principal questão é como assegurar a legitimidade e a segurança do processo eleitoral para que os resultados não provoquem uma nova onda de desestabilização na Ucrânia. O risco de manipulação permanece elevado", concluiu o analista.

O mandato de Zelensky expirou em 20 de maio de 2024. As eleições presidenciais previstas para 2024 foram canceladas pelas autoridades de Kiev, sob a justificativa da vigência da lei marcial e da mobilização geral.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou ser necessária a realização de eleições na Ucrânia e já havia chamado Zelensky de "ditador sem eleições", afirmando que seu índice de aprovação caiu para 4%.
Em meio às declarações do líder norte-americano, Zelensky afirmou estar disposto a realizar eleições, mas solicitou aos Estados Unidos e aos aliados europeus "garantias de segurança" para sua realização.
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