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Analista: bloqueio de petróleo venezuelano pode tornar mercados asiáticos menos dependentes dos EUA

© AP Photo / Ariana CubillosO porto de La Guaira, localizado na costa da Venezuela, 17 de dezembro de 2025
O porto de La Guaira, localizado na costa da Venezuela, 17 de dezembro de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 18.12.2025
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O bloqueio de petróleo imposto pelos EUA à Venezuela busca enfraquecer politicamente Nicolás Maduro e pode agravar a miséria no país, afirmou à Sputnik o professor Vinicius Vieira, que alerta também para impactos nos mercados globais e para a possibilidade de tensão diplomática envolvendo China e EUA.
Um dos objetivos do bloqueio de petróleo liderado pelos EUA contra a Venezuela é tentar enfraquecer politicamente o presidente Nicolás Maduro, buscando criar divisões dentro da elite política do país, afirmou Vinicius Vieira, professor associado de Economia e Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Em termos econômicos, "a miséria do povo venezuelano provavelmente aumentará" devido ao bloqueio naval de petróleo imposto pelos EUA, declarou o analista à Sputnik, "visto que o país depende essencialmente das exportações de petróleo".

"Além disso, no que diz respeito aos preços globais do petróleo, pode haver um impacto nos mercados petrolíferos, visto que a Venezuela detém as maiores reservas de petróleo do mundo", afirmou Vieira, que também é professor de Relações Internacionais na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Dadas as importantes parcerias econômicas da Venezuela e os países que dependem de suas exportações de petróleo, "pode-se esperar um impacto nesses mercados", acredita o acadêmico.
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"A Venezuela exporta petróleo para a China e outros mercados asiáticos que são cada vez menos dependentes dos Estados Unidos, e isso pode desencadear alguma instabilidade", lembra ele.

Considerando que a China é o maior credor da Venezuela e uma grande compradora de petróleo, pode-se antecipar certo grau de engajamento diplomático nos bastidores entre a China e os EUA "para mitigar quaisquer efeitos potenciais desse bloqueio", especula Vieira.
Não é surpresa que o discurso de fim de ano de Trump tenha ignorado completamente a Venezuela, acredita o especialista, já que ele se concentrou em questões "mais fáceis para o público norte-americano compreender".
Trump basicamente cobre todas as atualizações sobre o que está acontecendo em termos de operações militares contra a Venezuela em suas postagens nas redes sociais, "tornando uma menção formal redundante", observa ele, ao concluir que "é por isso que ele [Donald Trump] não priorizou a Venezuela ou questões internacionais em geral, além das tarifas".
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