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Telescópio da NASA detecta exoplaneta em 'forma de limão' que não deveria existir (FOTO)

© Foto / Space Telescope Science Institute Office of Public Outreach/NASA, ESA, and G. Bacon (STSci)Ilustração do exoplaneta WASP-121b, ou Tylos, e sua estrela
Ilustração do exoplaneta WASP-121b, ou Tylos, e sua estrela - Sputnik Brasil, 1920, 22.12.2025
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Astrônomos relataram a descoberta de um exoplaneta extremamente incomum, cuja forma e composição não se encaixam nas teorias existentes de formação de planetas, escreve Daily Mail.
O gigante gasoso, denominado PSR J2322-2650b, foi detectado pelo Telescópio Espacial James Webb e já gerou grande interesse na comunidade científica.
O exoplaneta é comparável em tamanho a Júpiter, mas suas características físicas são muito diferentes de tudo anteriormente observado por astrônomos. Sob a influência da gravidade extrema, ele tomou uma forma alongada semelhante a um limão. Os cientistas acreditam que a deformação é causada pela poderosa influência gravitacional da estrela em torno da qual ele gira, escreve o jornal.
Ao contrário da maioria dos exoplanetas conhecidos, PSR J2322-2650b não gira em torno de uma estrela comum, mas em torno de um pulsar – uma estrela de nêutrons. A massa de tal objeto é comparável à solar, mas comprimida ao tamanho de uma grande cidade. O planeta localiza-se a cerca de 750 anos-luz da Terra e apenas a 1,6 milhão de quilômetros do pulsar.
Devido à sua órbita próxima, está constantemente exposto a radiações intensas, incluindo raios gama. O "exoplaneta-limão" faz uma rotação completa em torno da sua estrela em apenas cerca de 7,8 horas.
Os pesquisadores ficaram particularmente surpreendidos com a composição química da atmosfera do planeta. Os dados do telescópio mostraram a presença de carbono molecular com quase total ausência de água, metano e dióxido de carbono.
De acordo com o coautor do estudo doutor Michael Zhang, da Universidade de Chicago, este tipo de atmosfera não foi observado em nenhum dos exoplanetas estudados.
PSR J2322-2650b é também o único gigante gasoso conhecido a orbitar uma estrela de nêutrons. Isso torna-o ainda mais misterioso, já que estrelas semelhantes normalmente destroem objetos próximos com a gravidade ou vaporizam-nos com a sua poderosa radiação.

A origem do planeta permanece pouco clara. De acordo com os pesquisadores, o exoplaneta não poderia ter sido formado como um planeta normal ou como resultado da destruição da estrela. Nenhum mecanismo conhecido de formação planetária explica tal enriquecimento extremo de carbono.

Uma possível hipótese sugere que, no processo de resfriamento dentro do planeta, o carbono e o oxigênio poderiam cristalizar, e depois os cristais puros de carbono subiriam para as camadas superiores e se misturariam com hélio. No entanto, esta teoria não explica a falta de nitrogênio e oxigênio na atmosfera.
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