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Planos dos EUA para supernavios esbarram em custos, atrasos e falta de estratégia

© AP Photo / Marinha dos EUA / Christine Montgomery, oficial de 2ª Classe / HandoutDestróier guiado de mísseis USS Leyte Gulf dos EUA navega com seu homólogo USS Truxtun como parte dos Jupiter Oak, exercícios conjuntos com Israel, no mar Mediterrâneo, 24 de janeiro de 2023
Destróier guiado de mísseis USS Leyte Gulf dos EUA navega com seu homólogo USS Truxtun como parte dos Jupiter Oak, exercícios conjuntos com Israel, no mar Mediterrâneo, 24 de janeiro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 23.12.2025
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Promessas de uma frota "100 vezes mais poderosa" esbarram na falta de verbas, em atrasos industriais e em dúvidas estratégicas, enquanto especialistas apontam que o projeto contradiz a própria doutrina naval dos EUA.
O governo Trump apresentou uma visão grandiosa para o futuro da Marinha dos Estados Unidos: uma nova classe de navios de guerra de superfície equipados com mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares, armas hipersônicas, lasers e canhões eletromagnéticos, além de uma nova geração de porta-aviões. A promessa incluía ao menos 25 embarcações maiores e mais potentes do que qualquer destróier atual.
Segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, esses navios seriam "os mais rápidos, os maiores e 100 vezes mais poderosos" já construídos, marcando o retorno de um tipo de plataforma que a Marinha deixou de produzir em 1944. À época, o abandono ocorreu por motivos que permanecem relevantes: custo elevado, complexidade técnica e utilidade limitada no cenário de guerra contemporâneo.
Hoje, porém, o projeto da chamada "Frota Dourada" de Washington enfrenta obstáculos básicos. Não há recursos reservados no orçamento do Pentágono, e fontes internas ouvidas pela mídia norte-americana afirmam que sequer existem planos de engenharia finalizados. Especialistas lembram que projetar e construir uma nova classe de navios fortemente armados costuma levar cerca de uma década.
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Maduro critica postura dos EUA e pede foco nos problemas internos
O cronograma sugerido, algo em torno de dois anos e meio, é considerado irrealista até mesmo para reformas modestas, muito distante do necessário para erguer um encouraçado com capacidade nuclear. A situação se agrava diante do quadro atual dos estaleiros norte-americanos, que acumulam atrasos em praticamente todos os navios em construção, muitos deles superiores a um ano.
Além disso, operar uma frota composta por embarcações únicas e altamente complexas significaria assumir custos permanentes com treinamento, peças de reposição e logística por décadas. A indústria naval dos EUA enfrenta ainda problemas estruturais: falta crônica de mão de obra, infraestrutura envelhecida e gargalos persistentes na cadeia de suprimentos.
Ex-oficiais da Marinha alertam que manter um programa desse porte poderia comprometer investimentos em outras áreas essenciais, desde a manutenção da frota atual até o desenvolvimento de aeronaves de próxima geração, a menos que navios mais antigos fossem aposentados antes do previsto.
Observadores internacionais destacam que a proposta vai na contramão da estratégia naval adotada nos últimos anos, que prioriza sistemas menores, não tripulados e distribuídos, considerados mais adequados para conflitos modernos do que grandes embarcações tripuladas.
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