Rússia, a última esperança dos familiares dos tripulantes do submarino San Juan

Os familiares dos tripulantes do ARA San Juan, desaparecido em 15 de novembro de 2017, enviaram uma carta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pedindo para que ele continue apoiando as buscas do submarino. A Sputnik Mundo entrou em contato com um deles.
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A ideia da missiva surgiu na base naval de Mar del Plata, local onde os familiares vieram em 1 de janeiro para receber informação oficial da Marinha. "Sabemos da mídia sobre o interesse de Putin em relação ao San Juan e, por isso, nos atrevemos a pedir-lhe com toda a humildade que não nos deixe", disse Luis Tagliapietra, um dos integrantes do grupo de familiares dos tripulantes do ARA San Juan.

"Em nome dos familiares dos 44 tripulantes do submarino, queremos pedir-lhe que não retire o seu apoio até que o ARA San Juan seja localizado, sabendo do esforço e da ajuda humanitária que o caracteriza", diz o texto da carta, à qual a agência de notícias Télam teve acesso.

Além disso, expressam a "incerteza de todo o povo argentino e das nações irmãs", na eventualidade de o país abandonar a operação.

De acordo com Tagliapietra, a iniciativa surgiu de algumas mães, que escreveram a carta e coletaram as assinaturas de todos os familiares. Luis assegurou à Sputnik Mundo que ele mesmo se encarregaria de a fazer chegar ao consulado russo em Buenos Aires para, a partir daí, esta ser enviada ao presidente russo.

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"Nós estamos pedindo todos os dias ao nosso presidente que siga com a pesquisa, mas o Governo optou pelo silêncio e por nos ignorar. Por isso recorremos ao presidente russo", explicou.

Em 27 de dezembro de 2017, o navio Atlantis da Marinha estadunidense abandonou as buscas do submarino. Atualmente são três as embarcações que continuam na zona: o destróier ARA Sarandi, o ARA Islas Malvinas e o Yantar da Marinha russa.

"Já passaram 48 dias desde que a tripulação desapareceu. Eu não sei se estão vivos ou não. O que sei é que temos que encontrá-los, porque hoje em dia, com a tecnologia e a logística que há no mundo, não é possível que um submarino de 66 metros de comprimento e 8 de largura, com 44 pessoas dentro, desapareça. Têm que ser encontrados estejam como estiveram", concluiu o interlocutor da Sputnik.

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