"De um ponto de vista mais amplo, uma moeda mais forte é semelhante ao processo de endurecimento da política monetária [por parte dos bancos]", explicou Mohit Kumar, do grupo bancário francês, citado pela Bloomberg.
A depreciação da taxa de câmbio da moeda norte-americana poderia travar o crescimento econômico e conter a inflação, criando desta maneira um espaço para que as taxas de juro continuem a ser reduzidas ainda mais.
"Se a taxa de câmbio do dólar não aumentar, haverá o risco de que a política de dinheiro barato acabará criando bolhas nos mercados de ativos, o que deixará os bancos centrais sem munição para lutar contra a próxima crise", advertiu Bloomberg.
Atualmente, os bancos centrais de cada Estado podem aplicar dois tipos de políticas monetárias: a política monetária expansiva e a política monetária contracionista.
A política monetária expansiva é implementada durante uma depressão para empurrar a economia e estimular o crescimento da atividade econômica. O uso desta política implica no aumento da oferta de dinheiro através da redução de juros. Se as taxas de juros diminuírem, os bancos comerciais começam a dar mais empréstimos e, como resultado, a oferta de dinheiro na economia aumenta.
A implementação de uma política monetária contracionista, por sua vez, consiste em usar contramedidas e é realizada durante o superaquecimento de uma economia.