A cientista Karine Prince, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) e seus colegas conseguiram resolver este enigma recorrendo à ajuda dos moradores locais, que concordaram em patrulhar as margens dos lagos e prestar informações aos cientistas. Após observar durante os últimos sete anos as aves dos Grandes Lagos da América do Norte, os especialistas entenderam finalmente a causa das epidemias.
"Nossas observações mostram que a subida da temperatura dos lagos leva à multiplicação ativa de algas o que, por sua vez, causa a morte em massa das aves", afirmou Prince.
Isso cria as condições perfeitas para a multiplicação das bactérias ligadas ao surgimento do botulismo.
Tal teoria, segundo os cientistas, explica por que as epidemias de botulismo ocorrem mais frequentemente do que antes — hoje em dia as temperaturas dos lagos são muito mais elevadas do que no passado devido ao aquecimento global e a crescentes ondas anômalas de calor.
Os cientistas pretendem continuar observando a doença das aves para avaliar o seu perigo tanto para as aves como para os habitantes da região.