Bitcoin pode vir a 'morrer' depois de desvalorização fortíssima?

O bitcoin se desvalorizou 25%. O analista financeiro Dmitry Golubovski, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, explicou os motivos de sua queda.
Sputnik

Bitcoin mania: como 2017 se torna o ano de criptomoedas
O valor do bitcoin caiu mais de 25% em apenas 24 horas, segundo dados do site CoinMarketCap

De acordo com informações do portal, às 21h50 – no horário de Brasília, o bitcoin perdeu 25,1% de seu valor, passando a ser vendido por 10,5 mil dólares (R$ 34 mil).

Entre as possíveis razões da queda da moeda virtual mais popular do mundo, muitos especialistas apontam a questão de regulamentação de criptomoedas. O diretor do Banco Central da Alemanha, Joachim Wuermeling, afirmou que a regulamentação deve ser efetuada em escala global. Além disso, a agência Bloomberg comunicou que as autoridades da China tencionam expandir a proibição às bolsas de valores de criptomoedas, introduzida no país no ano passado. 

Além do mais, na semana passada, a mídia comunicou que a Coreia do Sul está preparando um projeto de lei para proibir comércio em criptomoedas. Posteriormente, a possibilidade de proibição completa foi desmentida pelo Ministério de Finanças do país, contudo, autoridades assinalaram sua intenção de limitar o comércio em moedas virtuais.

Bitcoin cai drasticamente depois de Coreia do Sul anunciar sua proibição iminente
O analista financeiro, Dmitry Golubovski, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, compartilhou sua visão quanto ao destino do bitcoin.

"Isso já aconteceu antes. Ao dar uma olhada na história do bitcoin, sua taxa de câmbio atingiu 1.000, depois ele caiu, e continuou assim até chegada de novos investidores interessados. O bitcoin é o análogo da bolha de 'dot-coms'. Ele não desapareceu, mas já virou uma indústria completa, um ramo separado. A Internet não 'morreu' devido ao colapso da bolha de 'dot-coms'; do mesmo modo, a criptomoeda não vai colapsar por causa de sua queda. O motivo de preocupação era a situação na Coreia do Sul, que, primeiramente, legalizou todas as moedas virtuais e, depois, ao perceber a popularidade delas, viu o perigo à economia nacional pela possibilidade de a maior parte do rendimento das pessoas se tornar virtual […] Assim como no ano passado o assunto de legalização ganhou fôlego, no momento, a questão das restrições à regulamentação vai substitui-la. Então, isso não surpreende", assinalou Golubovski. 

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