Com sensores potentes e uma blindagem espessa, os Leopard 2 são representam toda uma força no campo de batalha.
Porém, de fato, não têm visto combate suficiente até o momento.
No início dos anos 2000, Berlim vendeu 354 tanques descomissionados Leopard 2A4 a Ancara, escreve o jornalista.
Em 2016, estes blindados entraram em combate na fronteira com a Síria no âmbito da Operação Escudo do Eufrates contra o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em outros países).
Nos combates perto da cidade de Al-Bab, o Exército turco perdeu ao menos dez blindados, destroçados pelos explosivos caseiros e mísseis antitanque, o que os militares da Turquia qualificaram de "um trauma" em conversações com seus colegas alemães.
Sem serem acompanhados pela infantaria e sem um perímetro de defesa adequado, os tanques turcos acabaram sendo um alvo fácil para as emboscadas.
Ao ver a ineficácia de seu equipamento bélico em missões de contrainsurgência, Ancara pediu a Berlim para que modernizasse seus blindados com sistemas de defesa mais modernos e convenientes para missões deste tipo, semelhantes às modificações mais recentes do Leopard, o 2A6 e 2A7.
No entanto, o caso foi complicado pela seletividade de Berlim na hora de vender equipamentos e as tensões políticas entre os dois países, sublinha o autor.
Desta forma, a Turquia ficará com seus Leopard 2 atuais, pouco protegidos contra os mísseis antitanque, tanto dos terroristas como das milícias curdas, "até que chegue um momento mais oportuno politicamente" para retomar a negociação do acordo, concluiu o autor.