O uso de lenços (ou hijab) em público é obrigatório para as mulheres na República Islâmica do Irã. As mulheres que participaram da manifestação sem a vestimenta foram acusadas de delitos de ordem pública e indiciadas criminalmente pelo Ministério Público. De acordo com o Al-Araby, as mulheres que mostram seus cabelos em público podem ser presas por até dois meses ou multadas em US$ 25.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, autoridades iranianas acusaram Alinejad, que trabalha para a organização de mídia financiada pelo governo dos EUA, a rádio Voz da América, de receber dinheiro de governos estrangeiros para custear a campanha.
As mulheres indiciadas hoje subiram em cabines telefônicas e usaram os lenços como bandeiras, amarrados em bastões. É um movimento semelhante ao que aconteceu em dezembro de 2017, quando uma mulher de 31 anos identificada como Vida Movahed, supostamente inspirada pela campanha de Alinejad, tirou seu hijab e amarrou-o a um bastão no meio de uma rua em Teerã.
"Condenamos as detenções relatadas de pelo menos 29 indivíduos pelo exercício de seus direitos humanos e liberdades fundamentais ao enfrentar o hijab compulsório", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert.