"A Suíça é o avô dos paraísos fiscais do mundo, um dos maiores centros financeiros offshore do mundo, e uma das maiores jurisdições de segredo do mundo ou paraísos fiscais", disse o relatório do grupo, intitulado "Financial Secrecy Index - 2018 Results".
Financial Secrecy Index 2018: watch and listen https://t.co/RFfWAu7CeXpic.twitter.com/hzMMSEn4LT
— Tax Justice Network (@TaxJusticeNet) 2 de fevereiro de 2018
O documento explicou que "a Suíça irá trocar informações com os países ricos, se for necessário, mas continuará a oferecer aos cidadãos dos países mais pobres a oportunidade de evadir suas responsabilidades de tributação".
"Esses fatores, juntamente com a perseguição agressiva e contínua de denunciantes do setor financeiro (recorrendo às vezes ao que parecem ser métodos não legais) são lembretes contínuos de por que a Suíça continua a ser a jurisdição secreta mais importante do mundo de hoje", disse o relatório.
O índice classifica os países segundo a assistência que seus sistemas jurídicos fornecem aos lavadores de dinheiro e para todas as pessoas que procuram proteger a riqueza obtida de forma corrupta. Quanto maior o caráter secreto, mais corrupto é o governo.
Para criar o índice, um valor referente ao segredo dos dados é combinado com um gráfico representando o tamanho da indústria de serviços financeiros offshore em cada país.
Estados Unidos
De acordo com o relatório, a falta de transparência dos Estados Unidos (60) está aumentando, o que resulta em atrair riqueza corrupta. Em 2013, os EUA estavam em sexto lugar, e em 2015 ficaram em terceiro na classificação.
"O aumento contínuo dos EUA no índice de 2018 decorre de uma mudança significativa na participação dos EUA no mercado global de serviços financeiros offshore. Entre 2015 e 2018, os EUA aumentaram sua participação de mercado em serviços financeiros offshore em 14%", afirmou o relatório. No total, os EUA representam 22,3% do mercado global de serviços financeiros offshore.
"Os EUA oferecem uma ampla gama de restrições secretas e isentas de impostos para não residentes, tanto a nível federal como ao nível de estados individuais", explicou o documento.
O relatório acrescentou que "o segredo financeiro fornecido pelos EUA causou danos incalculáveis aos cidadãos comuns de países estrangeiros, cujas elites usaram os Estados Unidos como um buraco para a riqueza saqueada".
As Ilhas Cayman, Hong Kong, Cingapura, Luxemburgo, Alemanha, Taiwan, Emirados Árabes Unidos e a ilha de Guernsey fecharam a lista dos 10 países mais corruptos.
As nações menos corruptas entre os 112 países mencionados pela classificação foram San Marino, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas e Montserrat.
Os países com menor índice de sigilo foram Reino Unido (42) e Eslovênia (42), Bélgica (44), Suécia (45), Lituânia (47), Itália (49) e Brasil (49).