Lei ucraniana sobre reintegração de Donbass legaliza violência, acredita senadora russa

A lei da reintegração de Donbass aprovada na Ucrânia legaliza a violência contra civis da região, acredita Olga Kovitidi, membro do Comitê do Conselho da Federação para a Defesa e Segurança da Rússia.
Sputnik

"O que é a lei da reintegração de Donbass? É a legalização jurídica da violência contra os civis de Donetsk e Donbass. O que é a lei de reintegração de Donbass? É o direito do presidente recorrer às Forças Armadas neste território", afirmou Kovitidi nesta terça-feira (27) durante uma coletiva de imprensa.

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Segundo ela, a lei viola os princípios básicos do direito internacional e tais organizações como a ONU e OSCE devem expressar sua posição quanto ao assunto. Kovitidi frisou que para assegurar a paz em Donbass não existe alternativa melhor que os acordos de Minsk.

Anteriormente, Pyotr Poroshenko assinou a lei sobre a reintegração de Donbass, que classifica a Rússia como "agressora" e os territórios não controlados por Kiev como "ocupados". Conforme o documento, as fronteiras e a lista dos povoados "ocupados temporariamente" nas regiões de Donetsk e Lugansk serão determinadas pelo presidente ucraniano com base nos dados do Ministério da Defesa e propostas do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia.

Enquanto isso, o comando operacional da República Popular de Donetsk relatou nesta terça-feira (27) sobre a crescente concentração de tropas ucranianas na área de Donetsk.

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"O aumento do agrupamento ofensivo das tropas inimigas está continuando. Em particular, na direção de Donetsk foi observada a chegada de um grupo de militares da Brigada de Infantaria Motorizada 56 para realização de preparativos e preparação de instalações para os principais destacamentos do grupo, destinados a reforçar a Brigada de Infantaria Motorizada 57, ao noroeste de Donetsk", afirmou aos jornalistas o vice-chefe do comando operacional da República Popular de Donetsk, Eduard Basurin.

O conflito em Donbass começou em 2014, quando as autoridades ucranianas lançaram uma operação militar contra as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk que se recusaram a reconhecer o novo governo em Kiev, que chegou ao poder depois do que consideraram um golpe.

Em fevereiro de 2015, as partes em conflito assinaram os acordos de paz de Minsk para acabar com os combates na região, mas a situação permaneceu tensa, com as duas partes acusando-se mutuamente de violações do cessar-fogo.

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