A lógica diz que seria preciso uma certa coragem para encarar as urnas neste momento. Você se imaginaria sendo candidato em uma época de ânimos tão aflorados na política?
Jorge Formiga sim.
"Eu não me via 2 anos atrás nessa situação. Não aceitei convites e tal. Aí com essas questões mais graves que aconteceram agora no nosso país eu comecei a perceber mais essa questão política, partidos".
A Sputnik conversou com Jorge David Salgado, que tentará sua chance pela primeira vez, em 2018, como deputado estadual. O paulistano é um trabalhador comum. O Formiga, como é conhecido, orgulha-se de ter criado os filhos levando os filhos dos outros para a escola. Ele gosta tanto do trabalho com o transporte escolar, que passou a liderar sua categoria, tornando-se líder da União Geral do Transporte Escolar de São Paulo (UGETESP).
"O que me fez admitir essa possibilidade foi primeiro avaliar o momento, né? Essa conjuntura que aí está. Ver a possibilidade que as pessoas são diferentes desse estereótipo desses políticos que fazem campanha com grana. Eu sou diferente disso, estou em um partido que não tem recursos, mas que tem ética e, até aqui, o que eu posso dizer para você, honestidade", contou o perueiro ao telefone enquanto aguardava as crianças na porta de uma escola na Zona Leste de São Paulo para levá-las para casa.
Ele conta que essa escolha foi difícil, e que analisou tudo com cuidado, muito pelo receio do que conhece da política brasileira.
"Eu falei por mim, por aquilo que eu acredito, pelo peso que eu dou para o que é certo e o que é errado, e por último seria muito difícil para mim encarar meu filho me cobrando alguma coisa que eu tivesse feito alguma desonestidade, alguma composição, até porque eu estaria contradizendo tudo aquilo que eu disse para ele que era certo", afirma Jorge Formiga dentro de sua perua pouco antes de cobrar um abraço de uma das crianças que ia embora com a mãe. Uma das bandeiras de sua candidatura será o respeito e os direitos das crianças. Ele conta que sabe o que o espera caso vença as eleições, mas que não vê outro caminho senão ajudar no que chama de resistência aos maus políticos.
"A noção que eu tenho é que vai ser muita guerra e pouco resultado. Mas você tem que tentar, tem que ir para cima, porque se não houvesse essa resistência que aí está… Cara, se está assim com essa resistência, que tem pouca, mas tem, como seria se não tivesse nenhuma?".
Nenhum Natal no Brasil foi o mesmo depois de 2013. Isso provavelmente aconteceu também na sua família, um vírus do debate e da problematização. A discussão política invadiu os lares.
Ela está agora de mãos dadas com as piadas ruins do seu tio nas festas. Ao invés do pavê, o petê. As discussões passaram a ter lugar cativo na ceia. De repente, a candidata ou candidato que você defende tornou-se ponto central das suas relações, virou motivo de briga nas ruas e definiu rumos de muitas vidas.
Mas quando a tinta nova descasca, revelam-se as rachaduras nas paredes. Eclodiram questões importantes que já estavam no ar: o racismo, o machismo e a homofobia, que são parte da formação do país, passaram a ser uma questão mais presente em discussões no dia a dia e na mídia.
As redes sociais ficaram quase insuportáveis. Fala-se tanto sobre política quanto de novela ou futebol. As razões para esse frenesi são várias, e tocam a vida dos cidadãos. E é justamente no protesto que esse emaranhado tem ponto comum.
No meio da névoa e da hostilidade, o que une o brasileiro é a insatisfação com os políticos, a certeza da insuficiência do sistema estatal, e a insatisfação do descaso com o que é público. O brasileiro ama odiar seus políticos.
De que política estamos falando?
A parte curiosa dessa reação do brasileiro é que sua insatisfação tem se manifestado também de maneira política. Para compreender essa ideia, é necessário separar a política em duas vertentes. O pesquisador Jaime Alves, cientista da City University of New York, e da Universidad Icesi, da Colômbia, lembra, em entrevista à Sputnik, que a política não é só o que se pratica na Câmara e no Congresso. A política é algo bem comum, afinal somos seres políticos.
"Será que a senhora beneficiária do Bolsa Família é um ser apolítico ou ela é extremamente politizada? Eu acho que a cisão do Brasil entre nordeste e sudeste, entre pretos e brancos, entre os que têm e os que não têm é em si próprio uma manifestação dessa política, de uma vida política extremamente forte no Brasil", avalia o pesquisador.
Já a política considerada tradicional, a praticada profissionalmente por políticos, está em crise no país. Jaime Alves enxerga na instabilidade política de agora uma "profunda crise de legitimidade da classe política".
Não é difícil encontrar um brasileiro que não demonstra muito carinho ao falar de seus governantes. Todos os dias, as notícias sobre o Congresso Nacional e o desânimo com os serviços públicos aumentam essa impressão ruim, mesmo entre os privilegiados. Males da democracia.
"Eu viajo para outros países, eu tenho participado da vida política da Colômbia e dos Estados Unidos, por exemplo, e é extremamente frustrante a qualidade do serviço público no Brasil. […] É a frustração do brasileiro médio, do cidadão com o sistema público de direitos, de saúde pública, com a mobilidade urbana. Nossas cidades são caóticas", afirma.
A conversa, gravada por telefone, partiu de uma cidade que acaba de jogar a toalha: o Rio de Janeiro. A capital do Estado sob intervenção federal militar é um exemplo do que aponta Jaime.
Para ele, esse aspecto tão palpável na vida das pessoas se soma aos gastos exorbitantes do sistema público na formação dessa raiva incontida do brasileiro com a política.
Segundo Jaime, o sistema político brasileiro é caro. Em contraste com o ganho médio do brasileiro e da qualidade dos serviços públicos, os altos salários desses servidores, além de seus auxílios, não facilitam a relação com o povo. Enquanto o salário de um deputado federal chega aos R$ 33 mil reais, o salário médio do trabalhador brasileiro não passa de R$ 2,5 mil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), enquanto o salário mínimo é de R$ 954,00.
"Existe um ódio muito grande contra os políticos e não é sem razão"
Roque Ferreira, em entrevista à Sputnik, também fará sua estreia como candidato pelo PSOL, assim como Jorge Formiga. No entanto, o ex-membro e co-fundador do Partido dos Trabalhadores (PT), se candidatou a Deputado Federal pelo antigo partido em todas as eleições desde o fim da Ditadura Militar. Não venceu nenhuma.
Já versado, ele não tem nenhum problema em criticar o sistema político.
"No fundo, no fundo todo esse processo de você eleger deputado para deputado se tornar uma estatueta de luxo, um negociador, pavimenta o caminho de toda a corrupção", afirma.
Para ele, o processo político é viciado, e através da disponibilização de emendas, espalha pelo Brasil a negação sobre as bandeiras e plataformas, e abre caminho para candidaturas baseadas em negociatas regionais.
"Existe um ódio muito grande contra os políticos e não é sem razão. É por aquilo que eu expliquei, o que você vê na maioria das instituições políticas? Você vê esses políticos ganhando salários absurdos, envolvidos em toda a sorte de crime de corrupção, envolvido em toda sorte de roubalheira, e ao fim e ao cabo, todas as posições que esses caras tomam, na sua grande maioria, são posições que vão contra os interesses dos trabalhadores", aponta o ex-vereador e pré-candidato a deputado.
Fazer campanha para deputado federal em um estado como São Paulo é uma tarefa que demanda muitos recursos, o que, como aponta Roque Ferreira, já aí seleciona o tipo de candidato que consegue alçar voo. Ele mesmo afirma que por princípio, suas campanhas foram sempre auto sustentáveis e não aceitavam doações de empresas. O que amplia ainda mais a distância de outros candidatos.
"Roque, quem está financiando a sua campanha? Minha campanha é auto financiada, quem tem que financiar são os trabalhadores, né. Isso é um princípio elementar, Independência política passa por independência financeira. Então é por isso que na maioria das vezes é muito difícil você eleger parlamentares", avalia Roque Ferreira.
Para ele, esse quadro diminui a qualidade do Congresso Nacional e capacidade de representar o povo.
"A maioria não são parlamentares. Não enxergam a política como um instrumento para mudar a sociedade, mudar a realidade do mundo, seja para o bem ou para o mal. Mas enfim, são grandes negociantes, são lobistas de outros interesses", conclui.
Mesmo assim, ele aponta que se candidatou todas essas vezes para levantar suas bandeiras e abrir as discussões de interesse de seu programa. O que, segundo ele, o sistema político político trabalha contra, fazendo com que o debate se afaste das pessoas, que se percebem cada vez mais distantes desse processo.
Para o pesquisador Jaime Alves, esse grande ambiente de debate no Brasil é uma demonstração de força política quando vem de baixo para cima. Mas a política praticada no Congresso está tão distante das pessoas, que é como se ela estivesse perdendo a própria legitimidade. Todo o brilho, a custo de ouro, do sistema político, somado a uma qualidade baixa de serviços públicos, tem por consequência uma espécie de desencanto.
É o que também acredita o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo, Cláudio Couto, ouvido pela reportagem da Sputnik.
"As pessoas não enxergam nos políticos, ainda que os elejam, necessariamente pessoas alinhadas às suas preferências, reais representantes das suas questões, dos seus interesses e dos seus valores".
Para Cláudio, a crise não é apenas localizada, é mundial, mas ele aponta também as especificidades que estariam vivendo os brasileiros. Entre elas, a profissionalização da política, que tem distanciado os representantes de suas bases.
"Eu entendo que isso ocorre de maneira especialmente aprofundada no Brasil nesse momento, porque para além desse distanciamento, entre representantes e representados, que ocorre no mundo todo, em parte decorre da inevitável profissionalização da política. […] Essa profissionalização faz com que os políticos desenvolvam uma série de interesses próprios que não necessariamente correspondem aos interesses da sociedade", aponta.
Um cenário que faz Jaime Alves demonstrar uma posição pouco esperançosa.
"Nós que estudamos essas questões somos totalmente frustrados, imagina as pessoas que não se adentram a entender os meandros da política brasileira. Todas as falcatruas, todos os sistemas de benefícios, toda essa hierarquia de cidadãos de primeira, segunda e terceira categoria que faz com que deputados e senadores sejam super excelências. Então acho que aí está uma das razões da ilegitimidade, a descrença. O único serviço público que chega ao cidadão brasileiro de maneira efetiva é a polícia. E aí?"
"A cara de nossa gente não está no Congresso"
Além do gasto e da falta de retorno, uma das razões que afasta o brasileiro da política é a disparidade entre os representantes e o povo.
"Nós temos um sistema político extremamente caro, extremamente ineficiente e que falta representatividade popular. A cara de nossa gente não está no Congresso. Falta representatividade de gênero, falta representatividade das minorias sexuais, falta representatividade da classe trabalhadora, e principalmente falta representatividade do povo negro", afirma o pesquisador Jaime Alves.
Esse modelo de democracia representativa que tem demonstrado desgaste no mundo todo, tem distorções notáveis no Brasil. Apesar de ter uma população de maioria negra, 54%, segundo o IBGE, apenas 3% das candidatas e candidatos eleitos nas eleições de 2014 eram negros. Foi a primeira em que os candidatos foram obrigados a declarar a própria cor à Justiça Eleitoral. No Congresso, dentre os 513 deputados federais eleitos, 103 eram negros. Ou seja, 20% dos representantes da Casa. Já no Senado a proporção é de 18,5%.
"O problema é que talvez essa sub representação de certos grupos mostre o caráter elitizado da sociedade brasileira que acontece também nos órgãos de representação, nos partidos políticos. Até os que defendem ideias igualitárias e defendem posições igualitárias, são partidos que padecem desse mesmo tipo de problema", aponta o pesquisador.
A situação da representatividade é ainda pior quando se observa o caso das mulheres. No Brasil, apenas 9% de todo o Congresso Nacional, ou seja, Câmara dos Deputados e Senado, são representantes femininas. Na Câmara, as 51 deputadas representam 9,9% das cadeiras, enquanto no Senado esse número foi de 13,6%, ou 11 senadoras.
A representação feminina brasileira foi considerada uma das mais baixas do mundo em 2015. Segundo dados colhidos em 190 países pela União Inter-Parlamentar, o Brasil está em 116º nesse quesito, atrás de países como Arábia Saudita, Indonésia e Paquistão.
Essa distância do povo, para Cláudio Couto, é uma questão de estrutura.
"Não se trata apenas de fazer uma opção política, de contemplar mais posições e mais características da sociedade. Se trata de uma estrutura que tenta reproduzir mais do mesmo sempre", continua Cláudio, para quem a mudança, só viria com políticas voltadas diretamente ao propósito de modificar essa situação.
"Isso não é o que causa o problema da representatividade. Sabemos que isso tem mais a ver com um outro problema que mencionei, que é o de que a classe política opera sob uma dinâmica própria, uma lógica própria, uma ética própria, que não corresponde àquela da sociedade", afirma Cláudio.
Para o pesquisador, a representatividade pode melhorar a situação, mas não necessariamente solucionar. Para ele o problema é a própria classe política, cuja dinâmica funciona para interesses próprios, o que seria a maior parte da causa da crise de legitimidade, o ódio aos políticos.
Polarização virtual, mundial e real: vivemos uma crise permanente?
A insatisfação com as instituições democráticas ocidentais não é exclusividade do Brasil. A crise política está manifesta em vários lugares do mundo. Com isso, a polarização e o discurso radical têm ganhado espaço.
Essa polarização não é exclusividade do Brasil. São exemplos de situações parecidas, os Estados Unidos, a França e mais recentemente a Colômbia.
No Brasil, o que parece ter dado início ao processo foram as manifestações de junho de 2013. É certo que sempre houve no Brasil muita roupa suja para ser lavada, mas com o andar da carruagem no país, a pilha não parava de aumentar.
Naquele ano, indicadores econômicos como o do boletim Focus, do Banco Central, ainda não mostravam que a economia do país iria desacelerar a partir do ano seguinte, e que a crise que assolava o mundo desde 2008 iria chegar finalmente ao Brasil. Ainda não era a economia.
Com os megaeventos da Copa das Confederações e a proximidade da Copa do Mundo, escândalos de corrupção foram sendo investigados. Bilhões seriam gastos, e em dois anos, as Olimpíadas repetiriam a mesma história. O povo assistia inquieto.
No livro Cidades Rebeldes, organizado pelo sociólogo britâncio David Harvey, uma razão para esse processo, parecida com que relatou Jaime Alves, é apontada: o esgotamento das cidades e a crescente insatisfação diante dos serviços públicos. Com isso, a insatisfação do brasileiro com a política atingiu recordes. As pessoas foram às ruas aos milhões, e logo as diferenças afloraram.
No ano seguinte, as eleições presidenciais marcaram um aprofundamento da crise. As opiniões e a disputa acirrada nas urnas agitaram as cidades de um jeito bem diferente do Carnaval. Com a vitória de Dilma Rousseff, veio a eclosão de protestos em massa contra seu governo, mais crise, mais discussão e mais denúncias.
Para Cláudio Couto, situações de crise levam naturalmente a essa polarização.
"Um momento de crise de valores e de crenças é propício a isso, porque uma nova ordem de valores e crenças não se estabeleceu ainda, a velha está em crise, mas continua presente, então você tem um conflito de posições", explica o cientista político.
Ele aponta que essa situação de rechaço à ordem política, ironicamente, se expressa de forma política, através do debate, da discussão, do protesto e do enfrentamento. No entanto, a polarização ideológica, segundo ele, vem temperada com os algoritmos do mundo virtual.
"Existe também tudo isso vindo acompanhado de uma polarização do ponto de vista ideológico, grupos que se acirram cada vez mais em posições firmes. Algo que, no meu entendimento, é insuflado e reforçado pela dinâmica das redes sociais, do mundo virtual, que devolve às pessoas cada vez mais aquilo que elas já têm, aquilo que ela já são", sentencia Cláudio Couto. Ele ainda vai mais fundo no papel das redes nesse processo.
"E aí elas vão, na verdade, operando dentro de uma bolha, reforçando suas próprias convicções, se tornando mais intolerantes e levam isso para fora da rede social depois. Tende-se a produzir um comportamento que é mimetizado no real da mesma forma que ocorre no mundo virtual. E aí se cria essa espiral de intolerância, essa espiral de agressividade política, essa espiral de esgarçamento de certas relações sociais", conclui.
Depois da tempestade vem a calmaria?
Em regimes democráticos, momentos de crise são normais. A própria democracia garante que haja o protesto das pessoas e a manifestação pública de desprezo aos governantes. Para o pesquisador da City University of New York, Jaime Alves, essa interpretação, no entanto, precisa ser ponderada. Para ele, a democracia como está, serve exatamente para a desigualdade, por definição, seria o governo de uma minoria.
"Não tem uma disfuncionalidade da democracia. A democracia sempre foi vista para isso. É um sistema de representatividade, e um sistema de representatividade é um sistema que funciona por exclusão", afirma Jaime.
Esse modelo, para Jaime, é o que funciona hoje no Brasil, e que se adapta às sublevações como as de agora, apesar de toda a insatisfação popular.
"Então nesse sentido nós não estaríamos vendo nenhum problema aqui, estaríamos vendo, na verdade, um sistema funcionando como ele deveria ser. Um sistema que funciona para garantir a ordem social, ainda que seja uma ordem social injusta, como é o caso da nossa", continua o pesquisador
Para Jaime Alves, os momentos de crise são momentos que podem apresentar soluções radicais, de rompimento com a ordem democrática da exclusão. No entanto, o pesquisador é pessimista quanto a essa possibilidade, e acredita que vivemos um momento que deve levar a uma acomodação de forças.
"O sistema brasileiro é um sistema extremamente sinistro, cruel e esse sistema é um sistema que consegue acomodar as forças. Ele consegue acomodar as forças em um momento de crise e transformar a crise em oportunidades para o capital, oportunidades para rearranjo das forças mais conservadoras do país", conclui.
"Eu espero que isso mude, entendo que isso em algum momento vá sofrer alguma alteração, mas sinceramente não poderia prever quando nem como. Porque nós estamos ainda vivendo um momento em que essa é a tendência que prevalece", afirma.
Cláudio entende que essa etapa ainda deve durar bastante tempo.
"Então acho que esse é ainda um cenário com o qual vamos conviver por bastante tempo antes que cheguemos a uma nova etapa de amadurecimento, inclusive amadurecimento do ponto de vista de criar novas normas e novas regras para lidar com esse tipo de problema. Até que isso aconteça, provavelmente vamos continuar vivendo essa radicalização", avalia o pesquisador.
Se por um lado alguns candidatos irão às urnas com esperança de contribuir nesse processo, por outro a descrença com a política não deve se resolver sem grandes mudanças. O voto segue sendo um instrumento importante, mas o protesto e o debate também são parte da política e devem continuar enchendo ruas e timelines.
Com o cenário ainda nublado e a temperatura subindo por causa das eleições de 2018, é melhor apertar os cintos: ninguém sabe qual direção o Brasil irá tomar.