Cientista político: Reino Unido se vinga da Rússia por causa de Ghouta Oriental

Uma parte dos países ocidentais começou ataques informativos contra a Rússia. A nível oficial são feitas as acusações e pressuposições mais incríveis contra Moscou. Qual o objetivo de fazer artificialmente da Rússia um país inimigo e por que a tensão aumentou nos últimos dias?
Sputnik

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Basam Rajam, cientista político, falando com a Sputnik Árabe, destacou que "atual ataque informativo e político do Reino Unido contra a Rússia está diretamente ligado com os êxitos na libertação de Ghouta Oriental dos militantes. O Reino Unido, os EUA e a França estão fazendo tudo para impedir a ofensiva contra os militantes em todo o território sírio.

"Vimos como estes países tentaram fomentar a guerra na Ucrânia, atacando assim a Rússia. Várias vezes tentaram expulsar a Rússia da Síria, aplicando sanções, criando listas de sanções. Tentaram influenciar a Rússia através do Conselho da Segurança da ONU, por exemplo, levantando a questão das armas químicas, mas eles nem conseguiram realizar uma investigação objetiva sobre o assunto", frisou Basam Rajam.

Para o analista, o ataque contra a Rússia é coordenado a partir dos EUA. O envenenamento de Sergei Skripal, no qual Moscou não tinha qualquer interesse, e toda a onda informativa que surgiu em torno do assunto, está fora da política, é uma pressão aberta contra a Rússia por suas vitórias na Síria.

"Acredito que o envenenamento de Skripal foi organizado pela inteligência dos EUA e Reino Unido, e Donald Trump sabia disso. Chego a esta conclusão analisando para quem este atentado pode ser benéfico. Eles podem tirar proveito de acusar a Rússia. Os EUA e Reino Unido querem minar as posições da Rússia no Conselho de Segurança da ONU", disse Rajam.

Por sua vez, o jornalista Andrei Ontikov acredita "que as acusações contra a Rússia estão realmente relacionadas com sua posição sobre a Síria, pois Moscou não deixou que os países ocidentais derrubassem o governo sírio. Outra razão importante para a agressão por parte dos países ocidentais é a reunificação da Crimeia com a Rússia", destacou.

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"Dizem no Ocidente que as sanções impostas contra a Rússia acabam por afetar os próprios países [ocidentais], pedem seu levantamento. Mas, depois da história do envenenamento de Skripal, há que esperar o endurecimento das sanções", opinou o jornalista.

Ele acrescentou que os estadunidenses buscam retornar ao modelo de mundo unipolar, só que, depois de a Rússia ter começado a atuar na Síria, a política mundial virou multipolar. Fica claro que os EUA não estão contentes com este fato, porque isso os impede de alcançar seus próprios interesses, resumiu.

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