Em uma coletiva de imprensa com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, ressaltou que muitos aliados ocidentais fazem declarações populistas. "Esperamos dele [Macron] declarações que correspondam mais ao cargo de presidente. As nossas relações com a Federação da Rússia são tão fortes como antes. Mas não são alternativa às relações com os países ocidentais. Tal colocação da questão é incorreta".
Antes, Emmanuel Macron havia declarado que o ataque de mísseis contra a Síria foi "legítimo" e que todos os mísseis franceses lançados como parte do ataque conjunto contra as instalações sírias atingiram seus alvos.
Na entrevista ao canal BFM TV, o líder francês disse: "Com estes ataques e esta intervenção, dividimos os russos e os turcos sobre o assunto…os turcos condenaram o ataque químico e apoiaram a operação que efetuamos".
No sábado passado (14), os EUA, França e Reino Unido lançaram ataques aéreos contra a Síria em resposta ao alegado uso de armas químicas nos arredores de Damasco, em Douma. Recep Tayyip Erdogan saudou os ataques e classificou-os como "adequados", tendo criticado duramente o alegado ataque químico.
Depois das acusações, o governo sírio negou categoricamente estar envolvido no suposto ataque e declarou que os ataques aéreos são uma "agressão brutal".
Por sua vez, o presidente russo, Vladimir Putin, frisou que os ataques foram efetuados contra as normas e princípios do direito internacional.