Netanyahu tem 'sangue palestino nas mãos' e conduz 'Estado do apartheid', diz Erdogan

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificando-o como um líder de um "Estado do apartheid" e aconselhou-o a dar uma "lição de humanidade" lendo os 10 Mandamentos.
Sputnik

Erdogan escreveu o comentário no Twitter um dia depois de 59 manifestantes palestinos terem sido mortos por forças israelenses na fronteira de Gaza.

Erdogan: EUA são 'parte do problema', não solução, ao mudar embaixada para Jerusalém

O tweet também disse que Netanyahu "tem o sangue dos palestinos em mãos" e que "não pode encobrir crimes ao atacar a Turquia".

Netanyahu já havia usado a rede social para chamar Erdogan de "partidário do Hamas" e disse que o líder turco não deveria tentar "pregar moralidade" a Israel.

Na terça-feira, Erdogan anunciou que a Turquia retiraria seus embaixadores de Washington e Tel Aviv e expulsaria o embaixador de Israel em Ancara em resposta à morte de vários palestinos na Faixa de Gaza no mais sangrento dia de protestos em semanas.

Horas depois, Israel reagiu expulsando o cônsul turco em Jerusalém.

Os palestinos protestavam contra a abertura da nova embaixada dos EUA em Jerusalém, cuja parte leste eles reivindicam como sua própria capital.

Ancara disse que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e abrir uma embaixada lá estava "violando a lei internacional e todas as resoluções relevantes da ONU".

'Não há ligação entre mudança da embaixada dos EUA e mortes de palestinos', diz Haley

A Turquia tem sido um dos maiores críticos da resposta de Israel aos recentes protestos. O porta-voz do governo turco, Bekir Bozdag, disse na segunda-feira que Ancara considera os EUA igualmente responsáveis pelo derramamento de sangue.

"Os Estados Unidos são parte do problema, não a solução", avaliou.

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