Depois de publicar um monte de artigos dedicados às comparações do F-22 e F-35 com os concorrentes russos e chineses, a revista The National Interest decidiu comparar os próprios aviões norte-americanos como se fossem rivais.
Nesse sentido, o F-35A, a versão do F-35 que está "mais próxima" de uma aeronave de combate aéreo convencional, pode ser obrigado a assumir esse papel, diz a nota editorial.
Eles poderiam substituir o F-22?
"A resposta é que um F-35 não pode ser comparado a um F-22 como um avião de superioridade aérea porque não foi projetado como tal", escrevem os autores.
Segundo eles, desde o início "o F-22 era visto como o principal caça de combate aéreo, enquanto o F-35 foi projetado como um avião de ataque ao solo capaz de se defender".
Vale a pena acrescentar que este é um conceito bastante semelhante ao caça-bombardeiro russo Su-34, também desenhado como um avião tático capaz de entrar em um combate aéreo.
Deste modo, em um potencial "duelo", um F-22 muito mais rápido e manobrável destruiria seu irmão mais novo.
"Os ex-secretários da Defesa Donald Rumsfeld e Robert Gates não conseguiram prever a ascensão das grandes potências capazes de desafiar os EUA e cortaram as compras de aeronaves de superioridade aérea", assinala-se no artigo.
O que espera os caças sofisticados
Os 187 aviões F-22 comprados constituem menos de metade do que foi indicado nas análises como a quantidade necessária para o domínio do Pentágono nos céus, de acordo com os autores.
Esta experiência provavelmente será usada para as eventuais missões conjuntas do F-22 com o F-35: as duas aeronaves devem se completar.
"A Força Aérea precisa de um novo caça de superioridade aérea. Atualmente está sendo estudado o conceito de Caça Antiaéreo Penetrador (Penetrating Counter-Air Fighter) com um raio de ação extremamente grande, que deve se tornar o principal avião de combate aéreo dos EUA", revela a publicação.
Mas, de qualquer forma, "um F-35 não é um substituto de um F-22", concluem os autores.