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Intervenção militar: 'ídolo' de Bolsonaro, general vê semelhanças entre 2018 e 1964

Comandante das tropas brasileiras no Haiti, o general da reserva Augusto Heleno consegue enxergar semelhanças entre os clamores vistos em 2018 em favor de uma intervenção militar no Brasil e a situação na véspera do golpe militar de 1964.
Sputnik

"Há um crescimento exponencial desse tipo de manifestação. Não é igual a 1964, mas é semelhante, guardadas as enormes diferenças e devidas proporções. A semelhança é esse clamor popular pela intervenção militar", afirmou Heleno ao jornal Folha de S. Paulo.

A recente greve dos caminhoneiros, que já dura nove dias e que segue causando transtornos e desabastecimento pelo país, viu também uma crescente manifestação a respeito de uma possível ação de militares para a tomada do poder, a quatro meses para as eleições.

Para o general da reserva – tido como um nome forte para ocupar em 2019 o Ministério da Defesa em um governo liderado pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) –, embora os militares sintam-se lisonjeados pelo prestígio, a solução não passa pela caserna.

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"É um sentimento que vai crescendo na população que enxerga nos militares a solução para o problema nacional. Mas as Forças Armadas estão vacinadas, não pretendem isso, não buscam isso e de maneira nenhuma trabalham para isso", analisou.

A ideia de uma intervenção militar hoje não seria sustentável, segundo Heleno, não em razão de uma possível mudança dos valores militares, mas sim diante de uma nova geração "que viveu o período militar" e que não quer esse "caminho esdrúxulo".

"Ainda que se faça uma força danada para denegrir tudo o que foi feito, a imagem que ficou daquela época [ditadura] é que era um país mais organizado, que a população tinha uma vida melhor", acrescentou o general da reserva.

Anteriormente, Heleno já declarou que Bolsonaro é o seu candidato à Presidência da República, até porque o parlamentar e ex-capitão do Exército foi seu cadete.

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