Tribunal ucraniano decide manter preso jornalista russo Vyshinsky

O tribunal ucraniano de Kherson tomou a decisão de manter sob custódia o jornalista russo e chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, Kirill Vyshinsky, que foi detido em maio em Kiev.
Sputnik

"O coletivo de juízes decidiu não satisfazer a apelação dos advogados [de Vyshinsky]", declarou um juiz.

Além disso, a decisão do juiz de instrução sobre a detenção de Vyshinsky por um período de dois meses continua em vigor.

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Nessa conexão, o próprio jornalista russo afirmou não ter tido nenhumas dúvidas quanto ao resultado da demanda.

"Não tive dúvidas nenhumas que a decisão seria essa", declarou Vyshinsky depois da audiência.

Entretanto, a defesa do jornalista russo e chefe do portal RIA Novosti Ucrânia assegurou que planeja apelar ao tribunal da Ucrânia o mais cedo possível para pedir alteração da medida cautelar.

"No momento a medida cautelar de Vyshinsky prevê sua prisão preventiva. No futuro, quando as condições mudarem, vamos apelar [ao tribunal] para alterar sua medida cautelar", declarou o advogado do jornalista, Andrei Domansky.

Segundo eles, os advogados tencionam continuar a defendê-lo. Mas o jornalista tem direito a encontrar outros defensores em qualquer momento.

Vale destacar que, falando perante o tribunal, o ex-chefe do portal RIA Novosti Ucrânia, sendo um cidadão da Rússia, pediu ao presidente Vladimir Putin para tomar todas as medidas necessárias para sua libertação.

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O chefe do portal RIA Novosti Ucrânia foi detido em Kiev, em 15 de maio, acusado de apoiar as autoproclamadas República Popular de Donetsk (RPD) e República Popular de Lugansk (RPL). O jornalista pode ser condenado a 15 anos de prisão. Dois dias após a detenção, o tribunal ucraniano de Kherson decretou a prisão preventiva do jornalista por 60 dias.

Vladimir Putin qualificou a prisão de Vyshinsky de algo sem precedentes, e Moscou enviou uma nota de protesto a Kiev exigindo que parem com a violência contra jornalistas.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e o Conselho da Europa também expressaram preocupações pela detenção do jornalista russo.

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