Em meio aos debates quanto ao estatuto das criptomoedas na Rússia, o vice-presidente do Comitê do Conselho da Federação para a política econômica, Sergei Kalashnikov, acredita que a moeda digital pode ser utilizada dentro de comunidades regionais. O deputado citou como exemplo a Comunidade Econômica Eurasiática (CEEA), que integra a Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão.
"A meu ver, um determinado tipo de criptomoedas poderia se tornar a moeda para efetuar pagamentos mútuos, não somente dentro da CEEA, mas também de uma forma mais ampla", acrescentou o deputado, indicando que o uso do dólar como meio de pagamento universal liga os países que o usam ao sistema de reservas norte-americano. Além disso, segundo Kalashnikov, o uso de criptomoedas em pagamentos mútuos poderia representar uma forma mais democrática e objetiva.
Vale destacar que outros países que antigamente colocavam restrições severas às moedas digitais também vêm mudando sua postura, como a China, por exemplo. Até o líder chinês, Xi Jinping, qualificou o blockchain como parte da nova revolução industrial. No momento, as autoridades chinesas estão tentando elaborar normas para regulamentar essa área.
De acordo com ele, Xangai e Pequim ocupam o 5º lugar no mundo no que se refere ao desenvolvimento de soluções tecnológicas.
"Eu acredito que o futuro do blockchain na China é bem favorável. No momento, os chineses estão tentando legitimar o mercado de criptomoedas […] Muitos pensavam que isso levaria menos tempo do que leva na realidade. Contudo, cedo ou tarde, essa questão será resolvida. Acho que o desenvolvimento do blockchain na China será forte. É que os melhores programadores vivem precisamente lá", assinalou o analista.